Enquete feita com exclusividade para revista revela otimismo de empreendedores para 2012

Analistas se dizem surpresos com o resultado: quase 70% dos entrevistados afirmaram que ampliarão os negócios; Pergunta foi feita para 1.200 donos de empresas brasileiras.

Pesquisa publicada na revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PEGN) mostra que 69,7% dos pequenos e médios empresários brasileiros planejam expandir ou diversificar os negócios em 2012. Aproximadamente um terço (27,9%) afirma que deverá conduzir a empresa sem grandes mudanças. A pergunta que gerou esse dado, “O que você mais deseja profissionalmente em 2012?”, foi feita com exclusividade para a publicação.

O universo da pesquisa abrangeu 1.200 empreendedores, que foram entrevistados pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em parceria com o banco Santander, entre os dias 1 e 5 de setembro de 2011. Participaram os setores da indústria, do comércio e de serviços.

O superintendente de Pequenas e Médias Empresas do Santander, César Fischer, se disse bastante surpreso com o resultado. “Jamais imaginei uma resposta como essa. Se alguém me perguntasse, eu diria que a porcentagem dos que querem expandir chegaria a 25%, no máximo”, disse ele à revista.

Para o professor do Insper, José Luiz Rossi Junior, os números mostram que a confiança na realização de investimentos cresceu. “O empreendedor está vendo problemas a curto prazo, mas está esperançoso no médio e longo prazo”, analisa.

Confiança tem leve queda-Se de um lado, a visão dos empreendedores é positiva, do outro, a confiança diminuiu: passou de 73,7 a 73,4 pontos em escala de 0 a 100, de acordo com o Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN). O estudo é realizado trimestralmente.

O economista Genilson Fernandes Santana, entrevistado pela PEGN, avalia que os últimos meses do ano que termina representam um período ruim, mas aposta em melhorias. “A economia deve acelerar de novo quando sentirmos as medidas do governo”, disse. Na última semana de 2011, a Serasa Experian divulgou indicador apontando que a partir do primeiro trimestre do próximo ano a economia inicia um novo ciclo de crescimento.