Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

06/01/2012 - 08:04

2012 projeta uma alta de 2,5%, aponta LCA

Já em 2011, aprodução industrial deverá crescer apenas 0,2%.

Segundo o IBGE, a produção física da indústria em novembro se situou em nível 2,5% inferior ao registrado no mesmo mês de 2010 – o que representou pequena alta de 0,3% em relação a outubro, descontada a sazonalidade. Estes resultados foram algo mais fracos do que as expectativas medianas do mercado (-2,4% YoY e +0,5% MoM, segundo coleta da Bloomberg), mas ficaram próximos das estimativas da LCA (-2,5% YoY e +0,4% MoM). Vale destacar que houve pequena revisão do resultado de outubro de -0,6% MoM para -0,7% MoM, por conta da atualização dos fatores sazonais.

Com exceção da categoria de bens duráveis, que registrou queda de 0,9% na comparação marginal (sempre com ajuste sazonal), todas as demais categorias registraram alta nesta leitura de novembro. O destaque positivo coube à produção de bens semiduráveis, que avançou 2,2%. No mesmo sentido, a produção de bens de capital registrou alta de 1,6%, ao passo que a de intermediários (setor que responde por mais da metade da indústria) subiu 0,5%.

No acumulado entre janeiro e novembro de 2011 (Ytd), em relação ao mesmo período de 2010, a indústria de bens de consumo seguiu com pior desempenho entre as categorias (-1,7% nos bens duráveis e -0,2% nos semiduráveis). Não à toa, os dados mais recentes da FGV mostraram que este setor é o que mais tem reportado nível excessivo de estoques.

Em linha com o avanço da produção física da indústria geral, o índice de difusão – proporção dos ramos de atividade que registraram expansão no mês, na série dessazonalizada – registrou alta entre outubro (37,0%) e novembro (66,7%), situando-se acima da média histórica de 54,4% (1991-2010). Esse aumento da difusão indica que, a despeito de modesta, a aceleração foi bastante espraiada entre os diferentes setores industriais.

Dentre os setores que vem apresentando pior desempenho no acumulado de 2011 (jan-nov), destacam-se as indústrias têxtil, de calçados e de vestuário : – ramos particularmente afetados pela concorrência com produtos chineses. Câmbio valorizado (em boa parte do ano passado), elevada carga tributária e pesados encargos trabalhistas são alguns dos fatores que têm minado a competitividade dos produtos brasileiros em relação àqueles importados do continente asiático.

Segundo estimativas da LCA, o consumo aparente de bens industriais permaneceu estável (0%) em novembro, após ter recuado 1,5% em setembro e 1,0% em outubro. Nesta última leitura, as exportações recuaram 0,5% sobre outubro, ao passo que as importações encolheram 2,0%. Convém destacar que essa medida de consumo aparente engloba tanto a variação da demanda final por bens industriais (consumo e investimento) como da variação de estoques (na indústria e no comércio).

Perspectivas-Os indicadores recentes de atividade seguiram confirmando a expectativa de que a indústria encerrará 2011 com desempenho modesto. O resultado de novembro do Caged confirmou a tendência de diminuição das contratações formais no setor. Já os indicadores prospectivos da FGV mostraram que os empresários continuaram a reportar estoques excessivos na leitura de dezembro, enquanto que o NUCI permaneceu praticamente estável.

Outro indicador de “pulso” da atividade industrial, o Índice de Gerentes de Compras do setor fabril (PMI Manufacturing), a despeito de ter avançado de 48,7 em novembro para 49,1 em dezembro, se manteve pelo sétimo mês consecutivo em nível inferior aos 50 pontos, linha divisória entre expansão e retração. Esta alta do PMI (a terceira seguida na comparação marginal), porém, é também indicativo de que o setor industrial pode ter deixado para trás seu pior momento.

Em suma, estes são indícios que reiteram a percepção de que dificilmente a produção industrial deve ter alcançado crescimento superior a 0,5% em 2011, mesmo considerando um forte avanço na margem em dezembro – o que também praticamente invalida a projeção mediana divulgada no último relatório Focus do BC (de 30/dez), que aponta crescimento de 0,78% da produção industrial em 2011. Para que observemos um crescimento desta magnitude, seria necessário um avanço na margem de cerca de 6% em dezembro, o que nos parece improvável, considerando os argumentos supracitados.

Um modelo econométrico elaborado pela LCA para prever a PIM a partir dos dados do PMI Manufacturing (além de outros, como ONS, Fenabrave e MDIC) sugere que a produção industrial deve ter registrado uma variação interanual em torno de -2,0% em dezembro, o que, descontada a sazonalidade, representa alta próxima de 0,3% em relação a novembro.

Nos próximos dias a Anfavea divulgará os resultados de dezembro da indústria automobilística, o que nos permitirá calibrar melhor a estimativa para a PIM. Os licenciamentos de automóveis e comerciais leves da Fenabrave mostraram queda de 0,54% ante novembro, na série livre de influências sazonais – o que indica contribuição neutra/negativa do setor para o resultado de dezembro da indústria.

Com efeito, a LCA rebaixa de 0,5% para 0,2% a estimativa de crescimento da produção industrial em 2011. Para 2012, a LCA projeta uma alta de 2,5%.

LCA -Presente no mercado há 16 anos, a LCA é uma das mais respeitadas e atuantes consultorias econômicas do país. Com uma equipe de mais de 70 especialistas em economia, conta com ampla experiência em inteligência de mercados, economia do direito, investimentos e finanças corporativas, análises macroeconômicas e políticas. Além da expressiva atuação nacional, hoje a LCA atende clientes internacionais e já exportou sua tecnologia e produtos para mais de dez países da Europa, Américas e Ásia.

Entre os clientes da LCA estão empresas líderes de bens de consumo e de produção, players de destaque nos serviços e no varejo, os principais escritórios de advocacia, bancos, instituições financeiras e grandes investidores em infraestrutura.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira