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10/01/2012 - 09:09

Estudos identificam importantes inadequações no consumo de Vitamina D e cálcio, nutrientes relacionados à saúde óssea

A ingestão inadequada de alimentos que são fonte de cálcio e vitamina D pode comprometer a massa óssea, principalmente na fase de crescimento, que vai da infância a adolescência, mas também em indivíduos adultos.

De acordo com o estudo BRAZOS (Brazilian Osteoporosis Study), mulheres e homens brasileiros com mais de 40 anos de idade, de todas as regiões e de diversas classes socioeconômicas, consomem nutrientes relacionados à saúde óssea de maneira inadequada. A ingestão diária de cálcio foi, em média, 1/3 daquela recomendada para o gênero e faixa etária. Além disso, 99% dos indivíduos ingeriam diariamente abaixo de 1200 mg, que é a quantidade recomendada desse micronutriente.

A ingestão média de vitamina D foi equivalente a 1/4 da recomendação diária para o gênero e faixa etária e, assim como o cálcio, o consumo pela maior parte da população (99,3%) está abaixo dos valores recomendados.

A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), apresentou dados semelhantes para a ingestão de vitamina D. Foi constatada a inadequação de 99,6% entre os homens, de 19 a 59 anos, e de 99,2% entre as mulheres da mesma idade. Em indivíduos com mais de 60 anos, a inadequação foi superior a 99% para ambos os sexos. Entre crianças e adolescentes, o quadro foi semelhante, apresentando inadequação de 99,4% entre meninos de 10 a 18 anos e de 99% e 98,8% entre meninas de 10 a 13 anos e 14 a 18 anos, respectivamente.

No início de 2011, um relatório publicado pelo Institute of Medicine (IOM), baseado em cerca de mil publicações e no depoimento de cientistas, atualizou as Ingestões Diárias Recomendadas (Dietary Reference Intakes) para cálcio e vitamina D. Para atingir as recomendações, é necessário o consumo de três porções diárias de alimentos fontes: leite e seus produtos derivados.

Ao considerarmos a dieta inadequada observada nesses estudos, assim como a importância do cálcio e da vitamina D para a saúde óssea, é essencial que mudanças simples, como o aumento da ingestão de alimentos ricos nestes nutrientes, bem como o uso de alimentos fortificados e de suplementos nutricionais, sejam adotadas para adequação nutricional e prevenção de patologias.

É importante salientar que a prática regular de exercícios físicos e a exposição ao sol, de preferência antes das 10h e após as 14h, também são fundamentais para a manutenção da saúde dos ossos. Os raios ultravioleta modificam a estrutura da vitamina D para que ela possa ser aproveitada pelo organismo. Apenas a vitamina D utilizada em alimentos fortificados e suplementos nutricionais não requer ação da luz solar, pois já está pronta para exercer suas funções.

Os pesquisadores alertam também que, embora no Brasil a exposição solar ocorra praticamente o ano todo, o uso de filtros solares pode limitar a disponibilidade da vitamina D.

.Por: Maria Fernanda Elias – Nutricionista, Mestre em Saúde Pública e Doutoranda em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo.

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