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17/01/2012 - 10:36

Festival Europalia é encerrado na Bélgica

Ministro interino prestigia encerramento do festival e avalia proposta de continuidade de ações .

Brasília- O maior festival de cultura brasileira fora do país – o Europalia.Brasil, realizado desde outubro na Bélgica e estendendo-se para França, Holanda, Alemanha e Luxemburgo – terminou no dia 15 de janeiro (domingo), com promessa de continuidade de ações. O ministro interino da Cultura, Vitor Ortiz, esteve em Bruxelas na última sexta-feira para a cerimônia oficial de encerramento do evento, onde visitou algumas exposições e conversou com o embaixador do Brasil na Bélgica, André Amado, sobre a promoção da cultura brasileira no exterior.

O festival Europalia é realizado a cada dois anos, homenageando a cada edição um país diferente. Nesta edição, é o Brasil, que teve sua cultura exposta em mais de 500 eventos. Para isso, o governo brasileiro investiu R$ 30 milhões e contou com o apoio de empresas públicas e privadas do Brasil.

Ortiz visitou as exposições Brazil.Brasil, Art in Brazil e Índios no Brasil, além de ser recebido pelo embaixador brasileiro para um almoço. No final da sexta-feira, participou da cerimônia de encerramento da Europalia Brasil, no Club Brasil, onde assistiu ao show de MPB da brasileira Dione Costa. Na cerimônia, entregou o certificado de premiação de Ponto de Memória à brasileira residente na Bélgica Regina da Silva Barbosa. Também estiveram presentes ao evento o Comissário Geral da Europalia, Pierre Alain de Smedt, o embaixador brasileiro na Bélgica, André Amado, e o presidente da Funarte, Antonio Grassi.

“Nós estamos empenhados em garantir que não tenham sido apenas esses poucos meses e muitos dias”, disse Ortiz. Ele lembrou que a homenagem do Europalia ao Brasil tem um significado especial para o momento por que passa o país. “O mundo passa a olhar o Brasil pelo modo como esperamos por muitos anos”, afirmou. Na ocasião, ele entregou o certificado de premiação do Ponto de Memória do projeto “MEBrasil” – um ponto de memória na Bélgica, que pretende valorizar a cultura brasileira a partir dos fluxos migratórios para a Bélgica nos últimos 30 anos. Trata-se da primeira ação concreta de continuidade da promoção da cultura brasileira naquele país. “Esperamos, a partir de agora, outras cooperações com a Bélgica”.

Ao agradecer o recebimento da premiação, Regina da Silva Barbosa disse que o Ministério da Cultura está dando a ela e todos os envolvidos no Ponto de Memória a possibilidade de continuidade do projeto de promoção da cultura brasileira na Europa depois da Europalia. “A Europalia está acabando, mas os laços permanecem. Que seja apenas o começo de manter a memória do Brasil na Bélgica”. Além da Bélgica, outros dois projetos escolhidos no edital do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) vêm da Espanha (Memória Oral da Imigração Brasileira na Espanha, proposto por Elisa Tavares Duarte) e Uruguai (Batuque, proposto por Luciano da Luz Moucks).

“Nenhum país fez um investimento tão forte em um festival como fez o Brasil, que mostrou que a imagem global da cultura brasileira é a diversidade”, disse Smedt. “A saudade, a emoção e o amor do país vão ficar aqui”, concluiu. Já o embaixador brasileiro lembrou que o país não pode ser simplificado por caricaturas. “Mostramos, nesta Europalia, que o Brasil vai além disso. Estamos muito orgulhosos”, disse Amado. (Leia entrevista com o embaixador do Brasil na Bégica, André Amado)

Exposições -Entre as exposições visitadas pelo ministro está a Brazil.Brasil, inaugurada pela presidenta Dilma Rousseff e pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, no Espaço Cultural Bozar, na capital da Bélgica, em 4 de outubro, abrindo as atividades da 23ª edição do Festival Internacional de Artes da Europa – Europalia. A exposição levou ao público europeu, pela primeira vez, uma grande síntese do que foi produzido nas artes plásticas do país, nos últimos três séculos.

No mesmo espaço cultural (Bozar), Ortiz viu também a “Art in Brasil”, que acompanha a evolução da arte brasileira desde os anos 1950 até os dias atuais. Há quatro módulos cronológicos na exposição (Vontade Construtiva, Anos 1960-1980, Construção e desconstrução na arte brasileira (anos1990 a2000), que intercalam trabalho de artistas específicos mais detalhadamente, caso de Alfredo Volpi, e o contexto – por exemplo – do papel da arquitetura no período da ditadura (1964-1985).

Outra exposição visitada por Ortiz foi a “Índios no Brasil” – um dos maiores sucessos da Europalia, que acabou sendo prorrogada até 14 de abril. A mostra reúne artefatos e objetos de diversas culturas indígenas, provenientes dos principais museus antropológicos brasileiros. A seleção de peças tem como eixo norteador principal a intenção de ressaltar a diversidade, a representatividade e a contemporaneidade das artes indígenas.

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