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19/01/2012 - 09:34

BNDES desembolsou R$ 140 bilhões em 2011


Infraestrutura responde por 40% das liberações. Participação das MPMEs sobre o total dos repasses chega a 36% e operações de crédito são quase 900 mil.

Os desembolsos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), fecharam o ano de 2011 em R$ 139,7 bilhões. O resultado ficou dentro das expectativas do Banco e permitiu que a instituição continuasse contribuindo para a expansão dos investimentos na economia brasileira, com ênfase para o setor de infraestrutura, dados apresentados pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho em entrevista coletiva à jornalistas.

De acordo com os dados, um dos principais destaques do desempenho do ano passado foi o fato de o BNDES ter registrado o maior número de operações de sua história. Foram 896 mil financiamentos, uma alta de 47% em relação a 2010, ampliando o acesso ao crédito do Banco, especialmente para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

O total liberado para MPMEs, de R$ 49,8 bilhões, foi recorde, e a proporção dos recursos destinados às empresas de menor porte também fechou o ano no maior patamar da história, de 36% sobre os desembolsos totais. O Cartão BNDES foi um dos fatores que impulsionaram este crescimento. As liberações do Cartão atingiram R$ 7,6 bilhões, com aumento de 76% em relação a 2010.

A descentralização geográfica do crédito também foi destaque. As regiões Norte e Nordeste responderam por 22% dos desembolsos totais do Banco, uma alta em relação aos 17% de 2010. A participação das duas regiões no desembolso do BNDES está em linha com sua contribuição ao PIB brasileiro.

Apesar de representarem queda de 17% em relação aos desembolsos de 2010, de R$ 168,4 bilhões, as liberações ficaram em patamar semelhante às realizadas naquele ano. Subtraindo-se os R$ 24,7 bilhões aplicados pelo BNDES na capitalização da Petrobras, os desembolsos de 2010 atingiram R$ 143,6 bilhões.

A operação excepcional feita em 2010 com a empresa também teve impacto estatístico sobre os outros indicadores do BNDES, na comparação com 2011. As consultas por financiamentos do Banco encerraram o ano em nível elevado, de R$ 195,2 bilhões, embora tenham recuado 24% na comparação com 2010. As aprovações ficaram em R$ 164,5 bilhões, o que representou uma queda de 18%.

Estratégia – “A atuação do BNDES em 2011 ajudou o País a manter a expansão dos investimentos acima do crescimento do PIB, permitindo que o Brasil crescesse sem a ocorrência de gargalos e pressões inflacionárias”, destaca.

“Ao mesmo tempo, o desempenho refletiu as medidas adotadas no ano passado, quando o Banco alterou as taxas de juros do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), reduziu seu nível de participação sobre o total dos financiamentos e suprimiu linhas de giro que haviam sido criadas no momento mais agudo da crise (pré-embarque para bens de consumo e PEC). Com isso, o BNDES busca ampliar o espaço para que cresça a atuação do setor privado na concessão de crédito de longo prazo”, adianta Coutinho.

Setores – O maior destaque de 2011 foram os repasses do Banco para os grandes projetos estruturantes. O setor de infraestrutura liderou os desembolsos, com R$ 56,1 bilhões ou 40% do total liberado. Os montantes mais significativos foram para transporte rodoviário, com R$ 26 bilhões, e energia elétrica, com R$ 15,9 bilhões.

Para a indústria foram liberados R$ 43,8 bilhões (participação de 32%), com ênfase em material de transporte (R$ 8,2 bilhões), química e petroquímica (R$ 7,1 bilhões), alimentos e bebidas (R$ 6,8 bilhões) e indústria mecânica (R$ 4,5 bilhões). Para comércio e serviços, o BNDES destinou R$ 29,2 bilhões (21% do total) e à agropecuária, R$ 9,8 bilhões (7%).

“Os financiamentos de máquinas e equipamentos nas linhas do BNDES PSI contribuíram fortemente para os investimentos em todos os setores apoiados pelo Banco. Em 2011, os desembolsos do PSI — programa que tem prazo de vigência até dezembro próximo — somaram R$ 42,5 bilhões”, frisa.

Recursos internacionais- Luciano Coutinho, disse ainda que a instituição poderá voltar ao mercado internacional, este ano, em busca de recursos. “No ano passado, nós captamos de maneira muito bem sucedida e estamos até com folga em moeda estrangeira. Vamos analisar. Como essa é uma operação de curto prazo, não há nada ainda programado nesse sentido”.

A captação feita pelo BNDES em 2011 alcançou 200 milhões de francos suíços, por meio da emissão de bônus com vencimento em 2016. Segundo a assessoria do banco, essa foi a primeira operação feita na moeda pela instituição desde 1997, dentro da política de diversificação de fontes de recursos. Desde 2008, o BNDES fez três captações em dólar, no valor total de US$ 3 bilhões, e uma de 750 milhões de euros.

Coutinho afirmou que as prioridades de financiamento são as áreas de inovação tecnológica, as pequenas empresas e a ampliação dos investimentos em infraestrutura, “necessários ao desenvolvimento do Brasil, além de uma política de apoio ao desenvolvimento regional, olhando para regiões mais pobres do país”.

“Petróleo e gás, tecnologia da informação, matriz energética com aumento do apoio às energias renováveis também são áreas consideradas prioritárias para financiamento pelo banco este ano”, conclui Luciano.

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