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12/09/2007 - 09:14

Faturamento das MPEs paulistas em alta pelo 7º mês consecutivo

Pesquisa do Sebrae-SP mostra que os pequenos negócios faturaram mais R$ 385 milhões na comparação de julho/07 com julho/06 .

Os donos das 1,3 milhão de micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas tiveram, na média, aumento de 1,8% no faturamento real, na comparação de 12 meses (julho/07 sobre julho/06), o que representa uma receita total de R$ 21,4 bilhões. O nível do pessoal ocupado ficou estável, com 5,7 milhões de pessoas trabalhando nos empreendimentos de pequeno porte da capital, Região Metropolitana de São Paulo, Grande ABC e interior. O faturamento médio das MPEs em julho de 2007 foi de R$ 16.112,73 por empresa.

Estes são os principais resultados dos Indicadores SEBRAE-SP, pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), realizada com a colaboração da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com 2,7 mil micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo, dos setores de comércio, indústria de transformação e serviços. Mensalmente, são avaliados os índices de faturamento, pessoal ocupado, rendimento dos empregados, gastos com salários e expectativas das MPEs para faturamento da empresa e para a economia brasileira.

Esta foi a maior alta registrada num mês de julho desde 2004, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo o economista Pedro João Gonçalves, do Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae-SP, “este resultado é um indicador de que os pequenos negócios paulistas estão se beneficiando com a melhora na atividade econômica do país, a partir da recuperação da renda do trabalhador e maior oferta de crédito ao consumidor”.

O pessoal ocupado nos pequenos negócios apresentou estabilidade, na comparação de julho de 2007 com junho de 2007.

A amostra da pesquisa é representativa das mais de 1,3 milhão de MPEs da indústria de transformação (11%), comércio (57%) e serviços (32%). Elas representam 98% das empresas formais e ocupam cerca de 67% da mão-de-obra do setor privado, em todo o Estado de São Paulo.

Otimismo - Acompanhando a recuperação da receita, a expectativa dos proprietários das MPEs paulistas com relação ao faturamento real também aumentou. Em agosto de 2007, 37% dos entrevistados disseram acreditar que o faturamento vai subir nos próximos seis meses (contra 27% em agosto/06) e 50% acreditam na estabilidade do faturamento.

Com relação à economia brasileira, o otimismo também é elevado: 37% esperam melhoria nos nível de atividade econômica nos próximos seis meses (ante 23% em agosto/06) e 48% dos entrevistados apostam na estabilidade da economia.

Para o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, as MPEs começam a aproveitar o movimento favorável da economia brasileira: “As micro e pequenas empresas estão dando a sua contribuição no processo de retomada do crescimento do país. Esse movimento poderá ser ainda maior se os municípios regulamentarem rapidamente suas respectivas “Leis Gerais Municipais” em favor dos pequenos negócios. Segundo estudos do Sebrae-SP, a implantação da Lei Geral nos três níveis de governo vai favorecer o aumento da formalização de empresas, geração de empregos e massa de salários, contribuindo para o desenvolvimento do país.

Setores - Setorialmente, o comércio foi o que mais se destacou no quesito expansão da receita: +6,1%, enquanto a indústria teve alta de 0,8%. As pequenas empresas de serviços não acompanharam a recuperação e, no período, registram queda de 5% no faturamento.

Os indicadores apurados pela pesquisa revelam que o nível de pessoal ocupado sofreu ajustes em julho de 2007, com queda de 4,2% em serviços e de 2,7% na indústria. O comércio registrou expansão de 4,1% na comparação de 12 meses.

No comércio, o varejo como um todo se beneficiou pela melhora da economia. Os principais destaques estão nos segmentos favorecidos pela melhora da renda do trabalhador, como confecções, minimercados e mercearias, e em atividades beneficiadas pela ampliação do crédito ao consumidor, como o varejo de materiais de construção e de materiais de escritório e informática.

Grande ABC e interior lideram a alta - A pesquisa monitora o desempenho das MPEs em todo o Estado e apresenta dados para quatro regiões: capital (cidade de São Paulo), Grande ABC, Região Metropolitana de São Paulo (39 municípios) e interior.

Ainda na comparação entre julho de 2007 sobre julho de 2006, as MPEs do Grande ABC e do interior foram as que mais contribuíram para a expansão do faturamento real: 20,9% e 10,1%, respectivamente. Já a capital (-3,1%) e a Região Metropolitana (-4,7%) registraram queda na receita.

Com relação ao pessoal ocupado, a queda do número de vagas no período também se concentrou na região metropolitana e no município de São Paulo: -3% e -0,5%, respectivamente. Interior (+3%) e Grande ABC (+2%) foram os principais responsáveis pela manutenção do nível do pessoal ocupado.

Segundo Gonçalves, a Região Metropolitana, e em particular o município de São Paulo, onde se concentra expressivo número de MPEs de serviços, “aguarda a continuidade do processo de recuperação da renda dos trabalhadores para uma melhora do seu desempenho.”

Rendimento dos empregados e folha de salários - Em julho, o rendimento real dos empregados teve aumento de 3,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esses dados reiteram resultados da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra que o rendimento médio dos trabalhadores cresceu na comparação de 12 meses (julho/07 contra julho/06): +2,5% na média das seis principais regiões metropolitanas do país (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo).

O gasto das MPEs com a folha de salários teve alta de 3,7% em julho de 2007, na comparação com o mesmo período do ano passado, já descontada a inflação. Essa expansão é explicada pela melhora no rendimento dos empregados. Segundo a pesquisa, em média, os pequenos negócios tiveram uma folha de pagamentos de R$ 2.071,03, sendo que setorialmente o comércio registrou a maior alta (+17,2%).

A pesquisa completa no www.sebraesp.com.br, clicar em “Conhecendo a MPE”, seção “Indicadores”.| Por: Sebrae/SP

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