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25/01/2012 - 12:00

Com a volta às aulas pais devem pensar sobre mesada

A Educação Financeira para as crianças deve começar desde cedo. Assim, além da escola, os pais possuem um papel fundamental nesse processo. Mas, como os pais podem fazer isso? São várias as formas, uma delas é a mesada. Para os pais que ainda não disponibilizam esta ferramenta para os filhos, este período de volta às aulas é uma ótima oportunidade para avaliar a possibilidade.

A primeira dúvida em relação a esse tema é a idade com que a criança deve iniciar o contato com o dinheiro. Isso dependerá de cada caso, entretanto, a partir dos três anos, quando a criança começa a demonstrar desejos próprios, já é o momento de iniciar a analisar a melhor forma de inserir a educação financeira (não a mesada), mostrando o processo de troca do dinheiro por produtos.

Um ponto muito importante é explicar para seu filho por meio de conversas, jogos e brincadeiras, que nem tudo que ele quer ou assiste na TV é para ele comprar. Estimule-o a refletir e pensar sobre como utilizar dinheiro, priorizando os sonhos. Reserve as datas especiais (como o Natal, aniversário) para dar brinquedo à criança, isso evitará que ela queira tudo o tempo todo.

Depois desses passos, quando os jovens já estiverem acostumados com o contato com o dinheiro, já é a hora de progredir na educação financeira dos filhos começando a dar as mesadas. Contudo, cuidados devem ser tomados para que esse artifício realmente atinja sua finalidade.

Um deles é definir qual a finalidade que a mesada terá, ou seja, qual o limite de dinheiro que essa criança irá administrar, e qual o prazo que receberá (geralmente, semanal ou mensal). Isso variará de acordo da finalidade do dinheiro em cada caso, desde para a compra de doces, revistas e figurinhas, ou até os jovens, que já estão mais avançados na forma de cuidar das finanças, que podem assumir o pagamento da escola e cursos que realizam.

O que sempre observo na utilização da mesada é que a evolução do seu valor deve ser gradativa, sempre acompanhada de conversas que mostram a importância desse dinheiro e porque ele deve ser utilizado com responsabilidade. Também deve mostrar as crianças à importância de poupar parte para realização de pequenos sonhos, como o de guardar dinheiro por um período para compra de um brinquedo ou mesmo uma bicicleta.

É interessante educar os jovens a criarem planilhas anotando durante o mês onde vão gastar seu dinheiro, isto fará que eles possam analisar melhor e evitar gastos desnecessários e até mesmo eliminando excessos. As sobras para os mais novos podem ser postas em cofrinhos, que é um ótimo incentivador para pouparem, sempre lembrando que o dinheiro deverá ter objetivo, para que a criança saiba priorizar sonhos antes de sair gastando.

É fundamental também que se mostre aos jovens a importância de conquistar os valores que recebem, entretanto, não é interessante associar esse dinheiro a desempenho escolar, pois, o estudo deve ser incentivado pela importância que ele terá para vidas dessas crianças. Uma criança que só estuda para garantir a mesada no fim do mês poderá ter um rendimento muito baixo se, por algum motivo, a família deixar de ter condições de dá-la. Além de, limitar o desenvolvimento intelectual a essas metas atingidas.

Os benefícios da mesada são inegáveis: além de desenvolver o senso de responsabilidade, a administração de uma mesada pode ensinar o quanto pode ser difícil fazer o dinheiro render quando não se tem controle sobre os próprios impulsos de consumo. Assim, não se deve complementar com frequência a falta de dinheiro ocasionada pela má administração da mesada.

Muitas crianças e adolescentes gastam além da conta e passam a recorrer sistematicamente aos pais para conseguir mais dinheiro. Se os pais cedem aos pedidos, não ensinarão a controlar os impulsos, criando a ilusão de que pode gastar sem limites. Quando isso acontece, a mesada perde a sua função.

Mostre a seu filho a importância de priorizar seus sonhos e que poupar é o caminho mais curto para a independência financeira.

.Por: Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e Editora DSOP, autor dos livros Terapia Financeira, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.

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