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28/01/2012 - 08:47

Ideal do Bem

No próximo dia 30/1, completam-se 64 anos do assassinato do líder pacifista indiano Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948). Num mundo marcado pela violência, é sempre bom recordar o exemplo vitorioso do Mahatma (“grande alma”) ao alcançar, por meio da filosofia da não violência, a independência da Índia.

Em 1891, Gandhi formou-se em Direito na Inglaterra e depois voltou à Índia, onde exerceu a profissão. Dois anos depois, iniciou um movimento na África do Sul — àquela altura colônia britânica —, no qual objetivava lutar contra o racismo e pelos direitos dos hindus. Em 1914, voltou a seu país e difundiu seu movimento, cujo método preponderante era a resistência passiva, pregando a não violência como forma de luta. Em 1922, foi detido após organizar uma greve contra o aumento de impostos, sendo condenado a seis anos de detenção. Porém, foi libertado em 1924. Em 1930, liderou a marcha para o mar, uma caminhada de 320 quilômetros para protestar contra o valor dos tributos britânicos e a proibição aos indianos de fabricar sal (...). Finalmente, em 1947, foi proclamada a independência da Índia. Gandhi trabalhou também para evitar o embate entre hindus e muçulmanos, que estabeleceram um Estado separado, o Paquistão, dividido em duas frações, uma das quais, anos depois, se tornou Bangladesh. Acusado pela divisão territorial da Índia, atraiu o ódio dos nacionalistas hindus. Um deles o assassina a tiros no ano seguinte, quando Gandhi tinha 78 anos. Na época, foi cremado, e mais de um milhão de indianos compareceram ao seu funeral. Parte de suas cinzas foi jogada nas águas sagradas do rio Jumna. Passados 49 anos de sua morte, outra parte de suas cinzas foi lançada, numa cerimônia especial, no rio Ganges, na cidade de Allahabad, local sagrado para os hinduístas.

Civilização civilizada? Só com diálogo! Numa entrevista que concedi à jornalista portuguesa Ana Serra, ressalto que Religião, Filosofia e Política não rimam com intolerância. A Ciência, idem. Observem a reflexão de Voltaire (1694-1778): “A tolerância é tão necessária na política como na religião; só o orgulho é intolerante”.

E outra coisa: jamais se deve pregar um Criador que apavore as criaturas, porém que as deixe mais responsáveis e fraternas. Dias desses, li — na obra “Farmácia de Pensamentos”, da pesquisadora Sonia de Aguiar, com a qual fui presenteado pelo veterano jornalista gaúcho Luiz Carlos Lourenço — a seguinte sentença do dinâmico cantor, compositor e ex-ministro brasileiro da Cultura Gilberto Gil: “A arte, a religião e a ciência são maneiras diferentes para atingir os mesmos fins. Mas, no fundo, todas elas procuram respostas para as mesmas perguntas”.

Indagações que apenas serão elucidadas quando a Fraternidade se tornar o fundamento do diálogo religioso, político, filosófico e científico numa sociedade planetária que se arvora civilizada. Diante disso, cabe aqui esta palavra do velho Goethe (1749-1832): “Aquele que tem vontade firme molda o mundo à sua imagem”.

Tragédia no Rio de JaneirOo-No centro do Rio de Janeiro/RJ, ao lado do Theatro Municipal, três prédios, de 20, 10 e quatro andares vieram abaixo, por volta das 20h30 de quarta-feira, 25/1, causando grande transtorno e sofrimento.

Aos familiares das vítimas desse trágico acontecimento e a todos que padecem de suas consequências, nossa solidariedade e oração. Nunca se soube que Jesus jamais deixasse de responder ao apelo de uma Alma sentida.

A prefeitura do Rio está levantando as causas para que, depois de devidamente apuradas, garantam medidas ainda mais eficazes para evitar casos semelhantes.

.Por: José de Paiva Netto ? Jornalista, radialista e escritor |[email protected] — www.boavontade.com

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