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02/02/2012 - 10:32

Número total de fusões e aquisições globais caiu 14% no 4º trimestre de 2011, aponta Ernst & Young

No Brasil, o valor total de transações anunciadas sofreu uma queda de 38% no período e está, agora, em seu nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010.

São Paulo — O número de Fusões & Aquisições mundiais caiu 14% no quarto trimestre de 2011, em comparação ao trimestre anterior, e 18% em relação ao mesmo período em 2010, segundo o M&A Tracker, divulgado pela Ernst & Young. Globalmente, o valor das transações caiu 25% em relação ao trimestre anterior e, agora, está no nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010.

O valor médio dos acordos no último trimestre ficou em US$ 277 milhões, o que representa uma queda de 13%, comparando-se ao terceiro trimestre. Segundo Ricardo Reis, líder de fusões e aquisições da Ernst & Young Terco, “a queda no volume e no valor dos acordos foi globalmente desencadeada por uma contínua incerteza, provocada pela crise da zona do euro e de seus efeitos na economia global”.

Na medida em que incertezas sobre o crescimento continuaram a desencorajar o apetite pela tomada de riscos, o quarto trimestre de 2011 registrou uma queda acentuada também nas atividades transnacionais, as quais representaram 30% de todas as transações globais.

Os últimos três trimestres do ano registraram uma alta proporção de acordos em dinheiro, reflexo da depreciação do preço das ações, o que fez do financiamento via ações uma opção pouco atrativa.

Brasil-Seguindo a tendência mundial de queda no volume de atividade trimestral, o número de acordos mirando companhias brasileiras registrou uma queda de 15% no terceiro trimestre e de 16% no último trimestre do ano – ambos em comparação ao período anterior.

“No País, a queda na quantidade de acordos no quarto trimestre de 2011 parece ter sido parcialmente regida por uma pausa para reavaliação estratégica dos investidores estrangeiros por empresas brasileiras”, afirma Reis.

Os acordos transnacionais e entre diferentes regiões globais registraram uma queda de 20 e 26 pontos percentuais, respectivamente. Atualmente, o total de acordos entre países e regiões representou 28% e 22%, respectivamente, seguindo uma tendência de queda de longo prazo.

O valor total de transações anunciadas sofreu uma queda trimestral de 38% e está, agora, em seu nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010. “A queda em valor foi, em parte, potencializada pela queda na quantidade de acordos, mas também é resultado de um declínio trimestral significativo de 26% na média do valor das operações.”

O valor médio dos acordos para transações envolvendo o Brasil como alvo está agora em US$ 293 milhões. “Acordos envolvendo o Brasil como alvo também estão levando um tempo maior para serem concluídos. Houve uma queda na velocidade de conclusão, que, atualmente, está em seu mais baixo nível desde o primeiro trimestre de 2010”, acrescenta Reis.

Regiões e Setores-Todas as regiões do mundo registraram um declínio nas atividades de M&A no quarto trimestre quando comparadas ao terceiro. Essa queda, porém, foi atenuada pelo volume de acordos na Ásia (declínio de apenas 6%) e em países denominados pelo estudo como MENA (Oriente Médio, Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Tunísia e Iêmen), cujo declínio foi de 9%.

Os campeões em queda por valor de acordos foram Europa Central e do Leste (61%) e Oceania (51%). Com a crise da zona do Euro como pano de fundo, as F&A na Europa Ocidental continuaram a cair: em volume, houve uma queda de 18%, enquanto que, em valor, a queda foi de 22% - ambas maiores do que na América do Norte (que inclui Canadá, EUA e Porto Rico), com declínio de 14% e 21%, respectivamente.

A América Latina (México, América Central e ilhas caribenhas, exceto Porto Rico), por sua vez, registrou uma queda de 20% em número de acordos e de 36% em valor. Para Reis, “uma vez que a situação da zona do euro se equalizeos níveis de acordos devem voltar a subir”.

O setor automotivo foi o único que registrou um aumento tanto no valor (6%) quanto no volume (11%) de acordos no quarto trimestre. Media & Entertainment (22%), Mining & Metals (6%), Oil & Gas (15%) e Power & Utilities (26%), por sua vez, registraram um aumento apenas no valor dos acordos, em relação ao terceiro trimestre.

Entre os setores com pior desempenho, segundo o valor de M&A, estão as áreas de Asset Management, Banking, Consumer Products e Telecoms, os quais registraram quedas de 56%, 50%, 41%, 74%, respectivamente.

O M&A Tracker é compilado pela Ernst & Young e o M&A Research Centre (MARC), da Cass Business School, de Londres, utilizando seis diferentes fontes de dados sobre transações. Os níveis de atividade de M&A foram registrados trimestralmente pela Bloomberg, CapitalIQ, Dealogic, Mergermarket, Thomson e Zephyr. Os dados foram consolidados e comparados com os níveis de atividade do primeiro trimestre de 2010, utilizando uma metodologia patenteada de média ponderada.

Perfil da Ernst & Young e sobre a Ernst & Young Terco-A Ernst & Young é líder global em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e consultoria. Em todo o mundo, a empresa tem 152 mil colaboradores unidos por valores pautados pela ética pelo desenvolvimento das pessoas e pelo compromisso constante com a qualidade. A empresa faz a diferença ajudando colaboradores, clientes e as comunidades em que atua a atingirem todo seu potencial.

No Brasil, a Ernst & Young Terco é a mais completa empresa de consultoria e auditoria com mais de 4.100 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de grande, médio e pequeno portes, sendo que 117 companhias são listadas na CVM (dado referente a dezembro de 2010). [http://www.ey.com.br].

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