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04/02/2012 - 06:41

Obstrução nasal pode causar baixa performance escolar

Desequilíbrio respiratório provoca até hiperatividade.

Em tempo de início do ano letivo, a expectativa quanto ao desempenho das crianças na escola é grande. Porém, como nem sempre o resultado tão aguardado é alcançado, é normal que pais e professores acreditem que os motivos são indisciplinares, mas a causa pode ser mais simples e profunda: o ato de respirar erradamente como resultado de uma obstrução nasal.

“A criança com obstrução nasal constante necessita respirar pela boca e não transporta oxigênio suficiente aos tecidos cerebrais. Com isso, o nível de atenção diminui e sentem-se cansadas, o que interfere na aprendizagem”, - explica a fonoaudióloga Elenice Pereira do Grupo Fonovital. As causas do mal são variadas. O problema geralmente começa na fase de bebê, já que sua anatomia permite naturalmente que realize a respiração/sucção/deglutição. Com o crescimento, diante de uma obstrução nasal transitória recorrente (como as infecções das vias aéreas superiores), obstrução nasal crônica (como a hipertrofia adenoidea) ou ainda pela perda da memória muscular de vedação labial por maus hábitos a criança pode vir a respirar pela boca, e pode manter esse hábito até a fase adulta.

Respirar pela boca de dia e a noite, dormir mal e não se alimentar bem são os principais sintomas que as crianças com obstrução nasal apresentam. Jovens desatentos, que perderam o interesse por atividades corporais na escola e comumente irritadas também podem apresentar o distúrbio. “Algumas apresentam voz nasalizada e outras são prejudicadas até no peso ideal para idade”, - ressalta a fonoaudióloga. Para tratar o problema, a criança deverá ser avaliada pelo otorrino que irá solicitar exames e prescreverá medicamento, se for necessário. A fonoterapia vai auxiliar no fortalecimento da musculatura orofacial, na conscientização da respiração nasal e na correção de algum outro desvio que prejudique o restabelecimento da função correta.

Respiradores orais - O nariz é o órgão perfeito para a respiração, pois permite o aquecimento, a umidificação e a filtração do ar que chega aos pulmões. Entretanto, nem sempre o ar passa pelas fossas nasais, e quando vai direto para os pulmões na temperatura externa ao corpo, sem estar filtrado e umidificado, irrita a mucosa de todo trajeto respiratório. Como resposta, o organismo produz secreção que dificulta ainda mais a respiração e pode ocasionar em uma infecção.

Segundo a fonoaudióloga, didaticamente, são considerados respiradores orais todos os indivíduos que utilizam a boca como hábito, como necessidade absoluta ou como suplência para respirar. Muitas são as consequências que surgem deste hábito, tais como: ronco, apneia do sono, despertares frequentes, pesadelos, sonolência diurna, baixa performance escolar, comportamento alterado, hiperatividade, déficit de atenção, cefaleia, infecções de vias aéreas, bruxismo, distúrbios da deglutição, da fala, alterações craniofaciais (maxila sem crescimento, protrusão dos dentes incisivos superiores, mordidas abertas e cruzadas, lábios hipotônicos, flacidez da musculatura orofacial), alterações morfofuncionais da face e até pulmonares.

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