Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

09/02/2012 - 13:54

Firjan: índice de exportação do Rio foi o que mais cresceu em 2011

Estudo elaborado pela federação, IFPE revela que 14,6% da produção industrial do estado foi destinada ao mercado internacional.

O Índice Firjan de Produção Exportada (IFPE), que mede a proporção de exportações sobre o total da produção da Indústria de Transformação, apontou que o estado do Rio de Janeiro atingiu patamar de 14,6% em 2011. Em comparação com os quatro estados analisados pelo indicador (São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais), o Rio foi o que apresentou maior aumento de sua parcela na produção industrial brasileira destinada ao exterior, com 5,7 pontos percentuais a mais do que o registrado em 2010 (8,9%). Na indústria fluminense, no ano passado, enquanto a produção avançou 2,9%, as exportações cresceram 69,3%.

O IFPE é calculado a partir dos volumes na produção da Indústria da Transformação e nas vendas para o exterior, sem considerar variações de preços e comércio de produtos básicos, como minério de ferro, soja e petróleo. O principal objetivo do indicador é destacar a inserção da Indústria de Transformação no cenário internacional.

A indústria de Metalurgia atingiu recorde no IFPE-RJ em 2011, com quase 25% da produção estadual absorvida pelo mercado internacional. As exportações no setor cresceram de forma significativa: 476%, impulsionadas pelas vendas de semimanufaturados de ferro e aço, provenientes do novo complexo siderúrgico instalado na capital fluminense, fator crucial para o crescimento do desempenho estadual e brasileiro do indicador.

A indústria Química também incrementou suas exportações, estimulada pela venda de plásticos, contabilizando 22,1% de sua produção destinada ao mercado internacional. Registraram recuo no IFPE-RJ os segmentos de Refino de petróleo e Higiene pessoal, Perfumaria e Cosméticos, justificado pela retração das exportações de gasolina e produtos de cabelo, respectivamente.

IFPE apresentou crescimento no cenário nacional, atingindo patamar de 22%

O IFPE-Brasil também registrou alta em 2011. O índice atingiu 22%, revertendo o quadro de queda do ano anterior, quando desceu a 21,6%, menor nível desde 2002.

Impulsionado pelo novo complexo siderúrgico fluminense, o setor de Metalurgia foi um dos principais responsáveis pelo avanço do índice, com 33,8% de sua produção absorvida pelo mercado internacional.

Destaque também para o crescimento em Máquinas e equipamentos (21,1%) e Veículos automotores (17,4%), estimulado pelo incremento nas vendas de tratores e automóveis. Chamou atenção ainda o desempenho da indústria de Artefatos de couros, com 69,1% de sua produção voltada ao mercado externo, além do avanço da indústria Química. O setor atingiu em 2011 seu maior IFPE desde 1996, com 17,6% de sua produção vendida para fora do país.

O crescimento revela que o setor industrial brasileiro buscou oportunidades no exterior em um ano de arrefecimento da economia nacional, em que o desempenho do Produto Interno Bruto brasileiro não acompanhou a média mundial. Enquanto o PIB do Brasil avançou 2,9%, o de outros países cresceu, em média, 3,8% no ano passado, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional.

O IFPE -O índice classifica os setores industriais em três categorias, de acordo com o volume da produção industrial exportada: . Baixo IFPE, quando menos de 10% da produção é destinada à exportação, caso de segmentos como Artigos de mobiliário (8,2%) e Minerais não metálicos (7,3%).

.Médio IFPE, quando de 10% a 30% da produção é destinada à exportação, caso da indústria Têxtil (11%); Química (17,6%); Bebidas (20,2%) e Produtos Alimentícios, único segmento a apresentar pequena retração em relação a 2010, caindo de 30,5% para 29,5%.

.Alto IFPE, quando mais de 30% da produção industrial é destinada à exportação, caso da indústria de Metalurgia (33,8%); Couros (69,1%) e Celulose e papel (41,7%), único segmento a apresentar leve queda, saindo de 42% em 2010 para 41,7%

Com exceção das indústrias de Produtos alimentícios e de Celulose e papel, todas demais indústrias classificadas com Médio e Alto IFPE incrementaram a parcela da sua produção destinada ao exterior em 2011. Em contraste, todos os segmentos industriais com Baixo IFPE recuaram por ser um grupo composto por setores intensivos em trabalho e matérias-primas ou de alta tecnologia, onde o Brasil sofre forte concorrência e apresenta baixa competitividade, a exemplo da indústria de Confecção, vestuário e acessórios (1,7%), que há quatro anos vem registrando mínimas históricas em seu volume de exportações.

Histórico do IFPE-Até os anos 2000, quando poucos setores nacionais da indústria possuíam competitividade internacional, o Brasil exportava, em média, 15% de sua produção industrial. Na década seguinte, o patamar do IFPE saltou para casa dos 20%, não só pela desvalorização cambial no período como também pela diversificação da pauta exportadora e pela conquista de novos mercados. O recorde do IFPE foi registrado em 2005, quando 25% da produção industrial brasileira foi destinada ao mercado externo.

A partir de então, a conjuntura de solidificação da economia nacional e ascensão da China como concorrente direto da indústria no país levou os empresários a direcionar sua produção para o mercado interno. Esse posicionamento refletiu-se numa curva descendente para o IFPE, que só se inverteu em 2009 com a crise financeira internacional. Em 2010, a economia brasileira registrou o maior crescimento econômico em 24 anos (7,5%), impulsionado pela produção industrial, que avançou mais de 10%. [www.firjan.org.br].

.[ Link do Índice Firjan de Produção Exportada (IFPE) pode ser baixado no site http://ow.ly/8WUmC ].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira