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15/02/2012 - 11:02

“Chico Bastos - O Pescador”


O livro conta a história de um dos idealizadores do Grupo Ipiranga. Entre o seu legado, estão ainda universidades, faculdades, museus, centros esportivos e sociais. Obra é uma homenagem de Carlos Alberto Martins Bastos, sobrinho de Chico Bastos.

O livro “O Pescador” traz a biografia de Francisco Martins Bastos, ou Chico Bastos, como era conhecido um dos gaúchos mais respeitados e admirados do século 20 por seu humanismo e espírito empreendedor. O uruguainense foi um dos pioneiros da indústria de refino de petróleo no país. Em 1936, deu início a uma aventura empresarial bem sucedida que um ano depois culminou no nascimento de um dos maiores grupos privados nacionais da década de 80: as Empresas Petróleo Ipiranga.

“Francisco Martins Bastos foi um dos grandes líderes do século XX. Considerado e ouvido por presidentes, governadores e lideranças, nunca se furtava a contribuir – e sempre com otimismo – para o engrandecimento do Rio Grande e do Brasil”, Lauro Barcellos, oceanólogo, Diretor do Museu Oceanográfico da Fundação Universidade do Rio Grande.

O projeto do livro começou em maio de 2007, como uma forma de perpetuar o agradecimento de seu sobrinho Carlos Alberto Martins Bastos, a quem o personagem central sempre nutriu uma amizade paterna. “Meu querido Tio Chico, com seus sábios conselhos, sempre me ensinou a necessidade de procurar cada vez mais o conhecimento permanente”, enfatiza Carlos Alberto.

Dos seus 80 anos, Chico Bastos viveu 51 em Rio Grande (RS) para onde se transferiu quando foi coordenar as obras de instalação da Refinaria Ipiranga. A cidade deve muito a ele. Com o olhar sempre voltado à educação e cultura, e diante das dificuldades em repor funcionários na empresa, idealizou uma escola profissionalizante para qualificação pessoal. A soma dos seus esforços resultou, em 1956, na criação da Escola de Engenharia e o curso técnico. Foi responsável também pela criação da faculdade de medicina, em 1966, e da Fundação Universidade do Rio Grande (FURG), em 1969.

Algo incomum acontece no final do ano de 1938 na indústria brasileira. A Ipiranga torna-se uma das primeiras empresas a distribuir participação dos seus lucros aos trabalhadores, após ser apurado o movimento de um ano inteiro. Esse dispositivo só seria oficializado pela Constituição da República em 1946. O funcionário Homero Lauda é o apontador de quem entra e sai no serviço diário da Refinaria Ipiranga. Diz ele: “A diretoria resolveu dar um salário extra aos funcionários, sob o nome de participação nos lucros. O dr. Bastos foi dizendo para todos que teríamos um prêmio pelo trabalho realizado. O primeiro valor pago representou quase um mês de salário. Desde então, passamos a ganhar esse dinheirinho extra, uma vez por ano. Houve anos de lucros maiores para a empresa, então chegamos a ganhar de quatro a cinco salários de participação.” Com isso, o funcionário da Ipiranga passa a ganhar 13 salários por ano, antecipando-se à criação do décimo terceiro salário, que só seria implantado pelo governo anos depois. (“O Pescador, cap. 13 página 217).

A obra de 376 páginas, com muitas ilustrações e mais de 100 entrevistas, foi escrita pelo jornalista Willy César e marca a sua estreia neste gênero literário. Natural do Rio Grande, o escritor trabalhou com Bastos na Ipiranga e destaca que reviver a sua história e trazê-la aos leitores é um grande desafio e responsabilidade.

O título que ilustra a capa da publicação foi inspirado na filosofia que Chico Bastos seguiu até a morte, baseando-se na vida do pescador que, para ele, “nunca desiste dos seus sonhos”. A pesca também foi uma de suas paixões: ainda jovem praticava nos arroios e rios da região de Uruguaiana. Em vários momentos da vida, agradeceu o título de doutor honoris causa concedido pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em 1971, baseando seu discurso na figura do pescador, referindo-se à Faculdade como peixe grande, fazendo uma analogia ao romance de Hemingway “O velho e o mar”.

Francisco Martins Bastos faleceu em abril de 1987, mesmo ano em que a Ipiranga completou seu cinqüentenário de existência. Bastos ocupava nessa época o cargo de Presidente do Conselho de Administração.

Obra: Chico Bastos – “O Pescador”|Editora: UniverCidade Editora|Autor: Willy Cesar | 376 Páginas |Onde encontrar: enviar e-mail para [email protected] ou [email protected] |Distribuição gratuita (estoque limitado).

Autor - Willy Cesar Rodrigues Ferreira é jornalista profissional, formado pela Universidade Católica de Pelotas. Atua em jornalismo desde 1974, na cidade do Rio Grande/RS, onde nasceu e sempre residiu. O começo foi em outubro de 1974, com a publicação do seu primeiro trabalho, o jornalzinho Atocha, pelo grêmio estudantil da escola. Trabalhou como jornalista no jornal Agora (1979); na Rádio Minuano (1981 a 1982); nas assessorias de Comunicação Social da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (de 2001 a 2005); nas Empresas Petróleo Ipiranga (1986 a 1996); na Prefeitura Municipal do Rio Grande (1997 a 2001) e na Festa do Mar (1991 a 1992 e 2006 a 2007). Para a TV Furg, produziu e apresentou 22 documentários sobre a história da cidade e do cinema, entre 2003 e 2004. Para a RBS TV Porto Alegre, fez a pesquisa para o episódio “Na rota dos imperadores”, da série “Histórias Extraordinárias”, em 2009. Produziu documentários para a TV Câmara Municipal de junho a dezembro de 2010, em Rio Grande/RS.

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