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Ministro avalia que não há competitividade sem qualidade mas diz que devido as parcerias públicos-privadas até 2010 os resultados do setor vão dobrar

O Brasil está no caminho certo na busca da competitividade no Turismo, ao optar pelo processo de normalização e certificação do setor, um dos programas mais abrangentes do atual governo. Essa é a opinião do especialista Cláudio Moura e Castro, exposta na sessão plenária "O Fator Qualidade", a primeira das três que acontecerão no 3° Fórum Mundial de Turismo para Paz e Desenvolvimento Sustentável - Destinations2006, que acontece em Porto Alegre, até o dia 2 de dezembro.

De acordo com o especialista, o Brasil ainda não está na rota do turismo internacional de aventura - permanece atrás inclusive de países como Peru e Colômbia - por não ter ainda um sistema pleno de Certificação que assegure aos turistas a qualidade dos serviços prestados no setor.

Para o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, que participou da plenária, a "qualidade percebida pelo cliente é a chave da questão" para permitir que o Brasil seja competitivo no mercado turístico internacional, com centenas de destinos competindo entre si na atração dos viajantes. E nesse quesito o Brasil ainda tem muito a aperfeiçoar, disse o ministro, citando os resultados de pesquisas realizadas junto aos turistas internacionais. Os estudos mostram o item "qualidade dos serviços" como o número um do ranking das reclamações dos turistas internacionais. Em segundo lugar vem a "sinalização", que não deixa de ser um serviço.

"Ainda assim, 95% deles querem voltar, portanto o que temos que fazer é treinar, treinar, treinar e treinar, e com objetividade", afirmou o ministro. Mares Guia assinou, como testemunha, o ato de criação do Comitê Setorial de Qualidade no Turismo do Rio Grande do Sul, que aconteceu durante a plenária. Participaram ainda da sessão Tito Conti, presidente do Instituto Internacional de Qualidade; Joal Teitelbaum, presidente do Comitê Setorial gaúcho; e Henryk Handuh, da OMT.

O ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, acredita que os resultados do setor vão, "no mínimo, dobrar", até 2010. Isso graças aos aumentos gradativos de investimentos públicos - governo federal, estados e municípios - que vêm sendo obtidos nos últimos quatro anos, mas também pela possibilidade de ampliação das parcerias público-privadas, inclusive com empresas de aviação, para que, com o aumento da promoção e marketing do Brasil no exterior o número de vôos charters para o país aumente.

"Nós não esperamos menos do que de US$ 9 bilhões a US$ 10 bilhões em entrada de divisas, trazidas pelos turistas estrangeiros, em 2010; para isso, vamos investir US$ 120 milhões na promoção do Brasil no exterior, em 2007", disse Walfrido, ao participar da abertura do Seminário sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs), promovido pelo governo brasileiro em conjunto com a Organização Mundial de Turismo (OMT), na manhã de hoje (30.11), primeiro dia de trabalhos do 3° Fórum Mundial de Turismo para Paz e Desenvolvimento Sustentável - Destinations2006, em Porto Alegre.

Para esse resultado se concretizar, os investimentos terão que alcançar US$ 150 milhões em 2008 e US$ 200 milhões em 2009, somente em promoção internacional. Os investimentos médios nessa área têm sido, tradicionalmente, de US$ 10 a US$ 15 milhões, anuais. "Nesse ano de 2006, porém, nós já vamos investir US$ 65 milhões em promoção internacional, e teremos um orçamento total de R$ 1,5 bilhão, quatro vezes maior do que iniciamos o governo, em 2003, apenas RS$ 130 milhões", contou Walfrido, para quem o Turismo vive hoje um momento "revolucionário", pois é a primeira vez que é gerenciado com "foco", e possui "planos muito ousados".

"Estamos numa rota de sucesso e melhoria de crescimento, mas ainda temos que enfrentar dois gargalos: o primeiro é que os investimentos têm que crescer numa velocidade muito grande, e por isso a importância das parcerias público-privadas; o segundo é aumentar a oferta de assentos nos vôos internacionais, para conseguirmos atrair os turistas que vêm dos Estados Unidos, Europa e Ásia, que só podem chegar de avião", disse o ministro. Até setembro, 6,5 milhões de passageiros haviam desembarcado dos vôos internacionais.

Walfrido comemorou a melhora do cenário econômico do país, que permite a volta dos investimentos, na busca do crescimento econômico para 5 ou 6% ao ano. "Estamos extraordinariamente melhores do que há quatro anos, portanto agora é a hora do desenvolvimento sustentável, o que nos demanda mais recursos para investir e aí entram as parcerias público-privadas", afirmou o ministro. Ele apontou a 'gestão de destinos", no setor turístico, como uma das possibilidades de novos investimentos por meio das PPPs, e cujo grande exemplo, já existente, é o do Instituto Estrada Real, em Minas Gerais.

O seminário contou com palestras do secretário-geral da OMT, Francesco Frangialli; Oktay Varlier, presidente da Associação Turca de Investidores em Turismo; Carlos Mussi, da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal); Donald Hawkins, da George Washington University, e Lelei Lelalau, da Counterpart International. | Por:AE

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