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17/02/2012 - 10:20

Evolução do IBC-Br sinaliza PIB praticamente estagnado no 4º trimestre de 2011

Segundo o Banco Central, em dezembro de 2011 o IBC-Br superou em 1,5% o nível observado no mesmo mês de 2010, avançando 0,6% sobre novembro na série livre de influências sazonais. Esses números vieram em linha com a estimativa mediana do mercado (+1,6% YoY e +0,6% MoM) e ficaram um pouco abaixo da estimativa da LCA (+1,8% YoY e +0,7% MoM). Vale notar que o resultado de novembro foi revisado de uma alta dessazonalizada de 1,1% para 1,3%, pela atualização dos fatores sazonais.

Com o resultado de dezembro, o IBC-Br acumulou uma variação de +0,3% no trimestre outubro-dezembro de 2011, apresentando uma aceleração ante a variação de -0,2% verificada no trimestre julho-setembro.

De posse dos números do IBC-Br, bem como de outros indicadores, a LCA estima que o PIB brasileiro a preços de mercado tenha apresentado uma variação interanual de 1,3% no 4º trimestre de 2011, avançando 0,1% sobre o 3º trimestre em termos dessazonalizados.

A abertura mostra que o Consumo das Famílias, que havia ficado estagnado no 3º trimestre, já deve ter voltado a crescer em um ritmo forte no final de 2011. Por outro lado, a Formação Bruta de Capital Fixo deve ter aprofundado a queda que já havia sido observada no período julho-setembro. A Variação de Estoques deve ter subtraído uma parte relevante do crescimento do PIB no 4º trimestre – algo que pode ser notado pela evolução do PIB Indústria, pelo lado da oferta, com forte retração pelo segundo trimestre consecutivo, a despeito da retomada da demanda interna (puxada pelo consumo das famílias e do governo) no último trimestre do ano passado.

Confirmado esse resultado para o 4º trimestre, o PIB brasileiro deve ter fechado 2011 com uma alta de 2,7%, vindo de +7,5% em 2010. O carry-over para 2012 – isto é, a variação média anual em 2012 sob a hipótese de que o PIB dessazonalizado se mantenha estável ao longo de todos os trimestres deste ano – é de +0,2 p.p., bastante abaixo do carry-over médio histórico (de cerca de 1 a 1,5 p.p.).

Para janeiro de 2012, a LCA estima que o IBC-Br tenha superado em 2,0% o do mesmo mês de 2011, o que corresponderia a um avanço dessazonalizado de +0,2% sobre dezembro. Como o carry-over do 4º trimestre é bastante elevado (por conta da forte expansão do IBC-Br em novembro e dezembro), um avanço de 0,2% em janeiro seguido por variações dessazonalizadas nulas em fevereiro e março deste ano seria suficiente para fazer com que a variação trimestral do IBC-Br passasse de +0,3% no 4º trimestre de 2011 para +0,9% no 1º trimestre de 2012, feito o ajuste sazonal.

Desse modo, a LCA avalia que o PIB brasileiro, depois de ficar praticamente estagnado durante todo o 2º semestre de 2011, deverá registrar expansão no intervalo de +0,5% a +1,0% no 1º trimestre deste ano. O ajustamento de estoques ainda incompleto em alguns setores, bem como a demanda de investimento ainda titubeante, deverá pesar sobre os dados de atividade neste começo de ano, sobretudo na indústria.

A LCA -Presente no mercado há 16 anos, a LCA é uma das mais respeitadas e atuantes consultorias econômicas do país. Com uma equipe de mais de 70 especialistas em economia, conta com ampla experiência em inteligência de mercados, economia do direito, investimentos e finanças corporativas, análises macroeconômicas e políticas. Além da expressiva atuação nacional, hoje a LCA atende clientes internacionais e já exportou sua tecnologia e produtos para mais de dez países da Europa, Américas e Ásia.

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