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17/02/2012 - 11:34

Na mira da insegurança

Segurança. Não importa se ela vem do setor público ou privado. O que as pessoas querem é sentir-se protegidas. O risco de roubo, sequestros relâmpagos e outros crimes são adversários do bem-estar e da saúde mental das pessoas. A violência no Distrito Federal é crescente.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria de Segurança Pública, em 2011, foram registrados 675 casos de sequestros, contra 504 em 2010 – representando um aumento de 33,9%. O ano mal começou e pelo menos 73 casos foram registrados pela Polícia Civil. Este tipo de crime não é previsto no Código Penal Brasileiro, aprovado em 1940. Mas na falta de tipificação do crime, os bandidos presos vêm sendo processados por roubo com restrição de liberdade, em concurso com extorsão. As penas variam de seis a quinze anos para cada um dos crimes cometidos.

Para reverter o quadro atual, as autoridades investem expressivamente em equipamentos eletrônicos, instalados por empresas de segurança privada. Para se ter uma ideia, Brasília possui, hoje, cerca de 250 mil câmeras de vigilância instaladas, o que significa uma média de dez habitantes para cada câmera. Ou seja, nenhuma cena escapa às câmeras em órgãos públicos, shoppings e até quadras. O cenário de vigilância permanente é uma ferramenta importante para coibir crimes. Entretanto, somente o uso de câmeras não é a solução efetiva.

Deixar para as máquinas a tarefa de proteger os cidadãos pode ser uma imprudência. Constranger criminosos é o principal benefício do aparato eletrônico. Este, porém, não tem o poder de abordar uma pessoa. Para defender o patrimônio e a sociedade, a presença de homens capacitados é necessária. Os vigilantes, com curso de formação, são treinados para a atividade, eles têm um planejamento estratégico que torna o local menos vulnerável possível.

A parceria entre a segurança privada e pública é um meio de reduzir o temor da população. Também não adianta haver avenidas e super quadras vigiadas constantemente se a origem do problema não é eliminada. Educação deve ser prioridade do governo. O estudo permite oportunidades de trabalho aos menos favorecidos. Temos, portanto, que reconstruir a estrutura social do país para superar o temor ao sair de casa. Só assim poderemos – quem sabe – viver sem a necessidade de um escudo.

.Por: Irenaldo Lima, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no Distrito Federal (Sindesp-DF).

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