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18/02/2012 - 07:23

Governo do Estado do Rio e Petrobras inauguram Ponte Estaiada na Ilha do Fundão


No dia 17 de fevereiro (sexta-feira), foi inaugurada a primeira ponte estaiada do Rio de Janeiro, com a presença do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, do gerente executivo do Centro de Pesquisas da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga, e do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

A construção, chamada de Ponte do Saber, faz parte de programas da Petrobras em responsabilidade social e ambiental, no entorno do Canal do Fundão, junto ao Governo do Estado. Erguida sobre o Canal do Fundão, a nova passagem, de 780 metros de extensão, será uma alternativa de saída da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, para a Linha Vermelha. A previsão é de que receba cerca de 25 mil veículos por dia.

O diretor Paulo Roberto destacou a importância da revitalização da região para a cidade e para a indústria naval do estado. “Esse empreendimento não é só a ponte. É a recuperação do Canal do Fundão e de um cartão postal da cidade. E, com a possibilidade do aumento da profundidade do Canal do Fundão, também beneficiará a indústria de construção de navios”, destacou.

O nome Ponte do Saber é uma referência ao Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que abriga o Parque Tecnológico e o Centro de Pesquisas da Petrobras, um dos maiores centros de pesquisa aplicada do mundo. O parque tecnológico vem atraindo ultimamente centros de pesquisa de empresas de grande relevância na indústria de petróleo e gás.

As ações no entorno do Canal do Fundão ainda contemplam a dragagem do canal, que está em fase de conclusão, a revegetação de manguezais e reurbanização. Além dos ganhos ambientais, será possível aumentar a operações de pequenos estaleiros da Ilha do Fundão e do Caju, além de melhorar o trânsito da Cidade Universitária, onde está instalado o Centro de Pesquisas da Petrobras.

Além da desobstrução da navegação no canal que beneficiará o setor naval, a dragagem também trará resultados para a economia pesqueira local. Com a recuperação dos manguezais e a gradativa liberação da passagem das marés, peixes e caranguejos voltarão a povoar as águas do canal.

“Esta obra vai permitir uma evolução muito grande para a cidade. É uma ponte que liga uma ilha do saber, a Ilha do Fundão, que tem vários laboratórios instalados, renomados cientistas, milhares de trabalhadores e estudantes, enfim, uma comunidade inteira envolvida com o conhecimento, com o restante da cidade de forma mais fácil e rápida”, disse Sérgio Cabral.

Além de cartão postal, a nova ponte é, segundo o governador, o símbolo do início do processo de pacificação dos complexos da Maré, Manguinhos e Jacarezinho. Essas comunidades vão se juntar dentro de pouco tempo aos complexos da Penha e do Alemão, já pacificados.

A passagem tem um vão livre de 200 metros, 96 metros de altura na parte mais elevada e uma extensão de 780 metros. A ponte é suspensa por 15 estais frontais e seis de retaguarda. Os cabos de sustentação metálicos são ancorados em um único pilar. A construção da Ponte do Saber faz parte do plano diretor da UFRJ. Há pouco mais de um ano, quando das negociações para ampliação do Programa de Revitalização do Canal do Fundão, a universidade solicitou a inclusão da obra.

O programa é de responsabilidade da Secretaria do Ambiente e financiado com recursos da Petrobras, no valor de R$ 320 milhões. Segundo o secretário Carlos Minc, há ainda várias obras em andamento. O projeto, que deve terminar no final de maio, vai acabar com um passivo ambiental na entrada do Rio, que era um anticartão postal da cidade, e gerar empregos e renda.

“A dragagem vai melhorar a pesca e a navegabilidade do Canal do Fundão, além de recuperar os estaleiros Riomar, antigo Caneco, e o Inhaúma, ex- Ishikawagima, que vai ser operado pela Petrobras, e criar mais de quatro mil novos empregos “, justificou Minc.

O plano prevê a dragagem de mais de 3,5 mil metros cúbicos de material, aprofundando o leito do Canal do Fundão em quatro metros e da área dos estaleiros em sete metros, o que vai permitir a navegação de embarcações de grande calado. Também foram recuperadas 180 mil plantas dos manguezais e plantadas outras 140 mil mudas.

Segundo Minc, a urbanização da Vila Residencial da UFRJ, onde vivem 1,7 mil pessoas, também foi incluída no programa. O lugar recebeu obras de pavimentação e ganhou rede de distribuição de água e troncos coletores de esgotos, ligados à Estação de Tratamento (ETE) Alegria, no Caju, impedindo o despejo de mais de 300 mil litros de dejetos in natura na Baía de Guanabara. Também foram reforçados os pilares de sustentação de todas as pontes sobre o Canal do Fundão.

“Agora, com recursos da Secretaria do Ambiente, vamos implantar ainda três pequenos cais ao longo do Canal do Fundão para os pescadores do Complexo da Maré. O mar agora vai estar pra peixe”, garantiu Minc.

Também participaram da inauguração o vice-governador e coordenador executivo de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Antônio Levi da Conceição, entre outras autoridades e convidados, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.

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