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24/02/2012 - 08:59

Hospital Santa Isabel implanta gestão de risco hospitalar e promove palestra sobre o tema


Um em cada dez pacientes sofre algum dano durante a internação, em hospitais de países desenvolvidos. Nas nações mais pobres, estima-se um número muito maior. Infelizmente no Brasil não existem estatísticas sobre o problema.

O Hospital Santa Isabel acaba de implantar o serviço de Gestão de Risco Hospitalar e Segurança do Paciente. E esse foi o tema da 8ª Jornada Científica promovida pela Instituição, no dia 16 de fevereiro (quinta-feira). “Sem dúvida, é mais um diferencial do nosso hospital. Pouquíssimas instituições de saúde realizam esse trabalho no Brasil. Aqui em São Paulo estamos entre as cinco que já implementaram o serviço formalmente, de extrema importância para detecção precoce de situações negativas que podem provocar danos e até a morte de um paciente”, comemorou o diretor médico, Frederico Carbone.

Nos Estados Unidos, estima-se que até 98 mil pessoas morrem, por ano, vítimas desses erros. Um número maior do que as mortes por AIDS ou acidente automobilístico. Um estudo realizado na Universidade de Harvard reviu 30 mil prontuários médicos. 3,7% deles apresentaram algum evento adverso e 13,6% desses eventos levaram ao óbito do paciente.

Segundo o mesmo estudo, 50% dos erros poderiam ser evitados. “E é em busca dessa melhoria que nós estamos. Muitos enfermeiros reclamam para preencher uma série de prontuários, protocolos e documentos, mas esse controle é fundamental para determinarmos metas de redução de eventos adversos”, explica a palestrante e coordenadora de Risco do Hospital Santa Isabel, Maria Alice Poppe Pereira.

Durante o encontro, ela explicou que o Brasil já possui um programa de adesão voluntária, mantido pela Associação Paulista de Medicina e Conselho Regional de Medicina de São Paulo cujo objetivo é contribuir para a melhoria contínua da qualidade hospitalar. Já para o controle de qualidade de materiais hospitalares, a Anvisa criou a Rede de Hospitais Sentinela, que é um sistema de gerenciamento de risco especialmente nas áreas de farmacovigilância, hemovigilância e tecnovigilância.

Ao final da palestra, Frederico Carbone lembrou que, para capacitação da equipe, é necessário que todos assumam responsabilidades e divulguem os erros, sem medo de punições. “Com a Gestão de Risco Hospitalar e Segurança do Paciente vamos criar a cultura de modificar algo que saiu errado ou saiu do controle para criarmos as barreiras necessárias”, concluiu.

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