Pintor sacro carioca recebe homenagem em Minas Gerais

O pintor carioca Mário Mendonça - um dos maiores artistas brasileiros de arte sacra contemporânea - recebe no dia 13, a medalha Colar do Mérito da Corte de Contas ministro José Maria de Alkmin. A homenagem deve-se ao conjunto de sua e, em particular, pelo museu que o artista vai inaugurar em breve na cidade de Tiradentes (MG), onde mantém atelier há 30 anos.

Em quatro décadas, Mário Mendonça pintou cerca de dois mil quadros e participou de exposições no Brasil e exterior, nas quais mostrou, principalmente, suas representações sacras. Além de coleções particulares, suas obras fazem parte de acervos importantes como os do Museu do Vaticano (Itália), do Ibero Amerikanisches Institut (Alemanha), do Museu Ludmila Jiukava (Bulgária) e do Museu Nacional de Belas Artes (Brasil), entre outros.

Várias igrejas do Rio de Janeiro contam com interpretações de Mário Mendonça para a Via Sacra, entre as quais a Matriz da Ressureição e a Matriz de Nossa Senhora, ambas em Copacabana, e a Matriz de Santo Agostinho, na Barra da Tijuca. Um desses conjuntos de obras, a Via Sacra da Fraternidade, que encontra-se no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, no Engenho Novo, foi objeto de estudo da tese de Ângela Cacicedo para a conclusão de pós-graduação em Teoria da Arte na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. A autora analisou o universo político-simbólico na obra do pintor.

O artista atribui a temática religiosa predominante em sua obra à influência da família. Cristo me comove sempre, desde criança, diz. Em 1984, o poeta e crítico de arte Walmir Ayala, ao descrever a obra do pintor, elevou o artista à categoria máxima: ... o tema sacro na pintura brasileira contemporânea atinge em Mário Mendonça seu mais alto momento.