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25/02/2012 - 10:09

Primeira etapa do Projeto Carnaval gera negócios para diversos setores da economia brasileira


Evento tem a participação de 200 estrangeiros, que vêm ao país fazer negócios.

A primeira etapa do Projeto Carnaval, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com entidades setoriais, aconteceu no último fim de semana, com a presença de compradores, investidores e formadores de opinião de mais de 30 países. Eles vieram ao país participar de agendas de negócios, que incluíram visitas a fábricas e lojas, rodadas de negociação, reuniões com empresários e instituições brasileiras. Como parte da programação, assistiram aos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.

O Projeto Carnaval é uma ferramenta de promoção comercial inovadora, realizada desde 2009 pela Apex-Brasil, e já teve a participação de mais de 700 convidados estrangeiros. Neste ano, eles se reúnem com representantes brasileiros de 33 segmentos dos setores de agronegócios, alimentos e bebidas; máquinas e equipamentos; economia criativa; tecnologia; saúde; e casa e construção. Em 2012, a Agência está trazendo 200 convidados, e a expectativa é superar o volume de negócios de 2011, que, em 12 meses, chegou a US$ 413 milhões.

"Acreditamos que parte do que o Brasil é está demonstrado no Carnaval, que reúne tecnologia, inovação e criatividade, valores que também estão presentes na nossa forma de fazer negócios", disse o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira. "Além de um grande espetáculo, o Carnaval é também um negócio importante para as empresas brasileiras, que envolve diversos setores da economia. Nós trabalhamos com a visão de que esse evento cria possibilidades de negócios para o Brasil no mercado internacional", completou.

A segunda etapa do Projeto Carnaval acontece nesta semana, com a participação de um outro grupo em novas agendas empresariais e no desfile das escolas de samba campeãs do Rio de Janeiro. Para a diretora de Gestão e Planejamento da Apex-Brasil, Ana Paula Guimarães, o evento, organizado há quatro anos pela Apex-Brasil, tem trazido resultados consistentes para as empresas brasileiras. "Estamos trazendo compradores, investidores e formadores de opinião de diversos países que interagem com mais de 30 setores da economia brasileira, e isso com certeza se traduzirá em negócios, que já estão começando a acontecer", afirmou.

Negócios -Da área de biotecnologia, a presidente da BayBio (associação americana sediada na Califórnia e responsável por 50% do mercado de biotecnologia nos Estados Unidos), Gail Maderis, participou de seis reuniões com empresas de biofármacos. Também veio ao Brasil o presidente da HTBI, importante centro tecnológico da China, que esteve em dez reuniões e visitas a empresas de biomedicina, bioenergia e meio ambiente. "As possibilidades abertas com vinda desses visitantes foram essenciais para o segmento, reforçando a importância do Projeto Carnaval para os parceiros da Apex-Brasil. Estimamos que esses contatos gerem negócios de até US$ 18 milhões", informou Kátia Aguiar, da Fundação Bio-Rio.

O setor de cafés especiais já comemora contratos fechados durante o Projeto Carnaval. Um carregamento de 600 sacas de cafés finalistas do Concurso Cup of Excellence foi negociado por um valor 50% acima da média de mercado, totalizando um contrato de US$ 500 mil. Para o comprador Eiji Inoue, da Wataru&Co, foi uma ótima oportunidade para estreitar relacionamento com os produtores de café e conhecer mais a cultura brasileira. "O Brasil tem um dos melhores cafés especiais do mundo e também uma cultura rica e muito bonita", disse.

Nove compradores da África do Sul, do Chile e da Venezuela visitaram fábricas de balas, chocolates e confeitos e fecharam negócios imediatos no valor de US$ 590 mil, com expectativa de outros US$ 8,5 milhões nos próximos 12 meses. "Foi uma grande oportunidade de conhecer novas empresas, fazer contatos e ter novas ideias para negócios e produtos", disse Bruce Hughes, da Monteagle, da África do Sul. "Ações como essa possibilitam o estreitamento da relação com clientes internacionais, motivam campanhas de vendas e vão ao encontro da realização de negócios de longo prazo", avalia Rafael do Prado Ribeiro, da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB).

Empresários do México, da Costa Rica e da Argentina interessados em equipamentos e tecnologia para a produção de etanol discutiram com as empresas brasileiras os detalhes de seus projetos. No caso da Argentina, o convidado possui três usinas que utilizam tecnologia brasileira e pretende ampliá-las, além de abrir uma quarta unidade. "Nossa empresa já cresceu quase 1000% nos últimos dez anos utilizando a tecnologia brasileira, e, agora, queremos ampliar nossa produção para atender à crescente demanda do nosso país por energia", disse o gerente da empresa, José Coronel. De acordo com o secretário executivo do Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA), Flávio Castelar, o negócio deve ser fechado no segundo semestre e poderá chegar a US$ 500 mil.

O setor de produção publicitária recebeu seis profissionais dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Alemanha e da Espanha com o objetivo de fortalecer a imagem do Brasil como polo de produção audiovisual, bem como fomentar negócios nessa área junto a profissionais da publicidade internacional. Além de rodadas de negócios com as produtoras brasileiras, a agenda contemplou visitas técnicas a estúdios e locações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ao todo, mais de 20 produtoras foram beneficiadas diretamente por essa ação. Durante a presença desses compradores na 7ª edição do FilmBrazil Experience, foi fechado um contrato que já vinha sendo negociado com uma produtora norte-americana para um trabalho que será filmado na cidade de São Paulo e veiculado em mais de 200 países, com investimentos de até US$ 300 mil.

Uma empresa da indústria de panificação fechou um contrato de distribuição no Chile e espera negociar US$ 250 mil nos próximos 12 meses. Nessa visita ao Brasil, o empresário Reinaldo Cabrera conheceu a fábrica e se reuniu com executivos brasileiros em São Paulo. "Foi uma experiência absolutamente nova, durante a qual conhecemos uma bela manifestação folclórica e fizemos contatos interessantes para os nossos negócios", disse o comprador chileno.

Também participou do Projeto Carnaval a empresa mexicana de tecnologia da informação para o setor de construção Imperquimia, considerada uma das empresas com maior crescimento no México. Da Inglaterra veio o representante da Medlink, uma associação de equipamentos médicos, que se reuniu com empresas brasileiras com as quais deve estabelecer contratos de distribuição na Europa. "Além de compras diretas, também buscamos parcerias que nos ofereçam inovação e propostas sustentáveis", disse o diretor Kevin Kiely. "Já existe uma lista de produtos em que as empresas inglesas estão interessadas, e estamos buscando exportadores brasileiros que possam estabelecer essas parcerias, que podem chegar pelo menos a cinco até o final do ano", informou Paula Portugal, da Associação Brasileia da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório (ABIMO).

Duas empresas da Colômbia, Gabrica e Logus Representaciones, e a russa Liss foram convidadas pelo setor de produtos para animais de companhia e visitaram fábricas e pontos de vendas de produtos pet. "A participação no Projeto Carnaval teve o intuito de fidelizar, consolidar e aumentar a realização de negócios das empresas brasileiras", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), José Edson Galvão de França.

O setor de produtos orgânicos trouxe três compradores dos Estados Unidos e da Itália, interessados nas biojoias brasileiras e em roupas de algodão orgânico. Segundo a representante do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), Alethéa de Freitas Macena, o Projeto Carnaval foi uma excelente oportunidade para esses compradores conhecerem empresas de três setores importantes na produção de orgânicos no Brasil: cosméticos, biojoias e têxteis.

Jornalistas -Pelo menos seis entidades setoriais convidaram jornalistas e formadores de opinião para conhecerem o setor produtivo brasileiro. O jornalista português Miguel Pacheco, da Agência Dinheiro Vivo e do jornal Diário de Notícias, esteve em contato com o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. "Portugal é um dos mercados-alvo do setor, e a divulgação no país irá ampliar nossa visibilidade e capacidade de atuação, especialmente nos pontos de venda", disse Silvana Gomes, diretora da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

Do setor de moda, vieram os jornalistas Robb Young, do International Herald Tribune, e Beatriz Portuguez, da Marie Claire América Latina. Eles visitaram ateliês, se encontraram com estilistas no Rio de Janeiro e fizeram um circuito pelo varejo carioca. Duas editoras das revistas norte-americanas InStyle e Women´s Health, Jennifer Kramer e Jennifer Yoo, também visitaram as principais lojas de marcas brasileiras e conheceram de perto a criatividade e a ousadia dos designers e estilistas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ambas ficaram surpresas com a qualidade dos calçados e artefatos desenvolvidos pelos designers e elogiaram as cores e os materiais utilizados. "Conhecemos a autenticidade do processo criativo do Brasil e o cuidado com que elaboram suas coleções", apontou Jennifer Kramer. A indiana Pooja Agarwal, que escreve para publicações da Europa, do Oriente Médio, da Rússia e da Ásia, veio ao Brasil conhecer o setor de joias.

O setor de agronegócios trouxe dois jornalistas do Panamá: Blanca Edith Gomez, do jornal Ecos del Agro, e Raúl Oscar, do jornal La Estrella de Panamá. Também participou da visita o jornalista Daniel Paolo Albertazzi Morales, das revistas Desarrollo Agropecuario e El Criador Equino Internacional, da Costa Rica. A editora executiva da revista Wine Enthusiast (uma das principais publicações sobre vinhos dos Estados Unidos), Susan Lynn Kostrzewa, também visitou 13 vinícolas da região da Serra Gaúcha e deve publicar um artigo nos próximos meses. "Foi minha primeira vez na América do Sul, e não esperava encontrar estrutura tão boa nas vinícolas, muito modernas e bem preparadas e com vinhos de ótima qualidade, principalmente os espumantes", disse.

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