Confiança do consumidor aumenta em fevereiro, aponta dados da Fecomércio

Para especialista, momento pede que empresas invistam na capacitação de suas equipes para aproveitar o bom momento do mercado.

São Paulo– O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apontou que o consumidor paulistano está mais confiante. No segundo mês do ano, a expansão foi de 7,5% e atingiu o recorde de 170,1 pontos, ante os 158,3 pontos de janeiro, em escala que varia de 0 a 200 pontos e demonstra otimismo quando acima dos 100. A maior pontuação alcançada até hoje foi em agosto de 2010, quando o indicador atingiu 164,5 pontos.

Segundo Carlos Cruz, diretor do IBVendas (Instituto Brasileiro de Vendas), as empresas precisam preparar suas equipes para aproveitar esse bom momento do mercado e aumentarem seus lucros. “É importante que as empresas percebam que com o consumidor confiante teremos um aumento nas vendas. No entanto, para crescer é preciso que as equipes estejam bem treinadas, pois o aquecimento do mercado não gerará lucros automaticamente. Neste momento há a necessidade de se investir em treinamentos e cursos de profissionalização para que o vendedor desenvolva técnicas que o ajudem a realizar bons negócios”, explica.

O Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), grupo que mede a percepção futura dos consumidores, também apontou um crescimento de 5,6% e avançou, saindo de 162,6 pontos em janeiro para 171,7 pontos em fevereiro. O resultado foi impulsionado pela elevação de 8,5% na confiança dos consumidores com mais de 35 anos. No período, o maior nível de otimismo foi detectado entre as pessoas com renda superior a 10 salários mínimos, para as quais a expectativa cresceu 1,3% e atingiu 174,6 pontos. “Equipes de vendas de alta performance conseguem aumentar seus lucros por saber explorar as necessidades específicas de cada consumidor. Para isso, o vendedor tem que ser profissional e contar com um repertório de técnicas que renderão melhores resultados,”, destaca Carlos Cruz.

De acordo com a pesquisa, o desempenho do mercado de trabalho é o principal fator para o crescimento do cenário econômico em geral. A alta foi alavancada pelo aumento da massa salarial, a estabilização do emprego em baixos patamares e maior número de pessoas ocupadas, principalmente neste período do ano em que já entra em vigor o reajuste do salário mínimo. Carlos Cruz ainda conclui: “por mais que as pessoas estejam dispostas a comprar, atualmente, fazer uma venda é possível apenas para quem consegue provar que as soluções oferecidas trarão benefícios. Por isso, buscar uma especialização e criar estratégias concretas para acompanhar esse otimismo dos consumidores é fundamental”.