Focus: mercado segue projetando mais inflação em 2013

Segundo a pesquisa Focus, a expectativa mediana para o IPCA em 2012 permaneceu em 5,24% na semana passada, ao passo que a projeção mediana para 2013 subiu uma vez mais, passando de 5,02% para 5,11%.

A mediana das expectativas das instituições Top 5 de médio prazo para o IPCA 2012 ficou mantida em 5,18%, enquanto que a das instituições Top 5 de curto prazo recuou de 5,22% para 5,20%.

A mediana suavizada das projeções para o IPCA nos próximos 12 meses, por sua vez, subiu de 5,27% para 5,28% nesta última leitura do Focus. As projeções para os IGPs também aumentaram: a mediana do IGP-DI avançou para 4,95% (ante 4,92% na semana passada), enquanto a do IGP-M subiu de 5,10% para 5,16%;

A mediana das expectativas para o crescimento do PIB ficou estável em 3,30% para 2012 e em 4,10% para 2013. O mercado também manteve em 2,82% sua estimativa para o crescimento do PIB em 2011 – número ainda acima de nossa estimativa (2,7%). De posse dos números do IBC-Br, divulgados na quinta-feira ( 16/02) pelo BCB, bem como de outros indicadores, a LCA avalia que o PIB do 4º trimestre de 2011 tenha crescido 1,3% YoY e 0,1% QoQ.

Para a taxa de câmbio, as projeções ficaram estáveis em R$ 1,75 para 2012 e 2013. Na semana passada o BC voltou a atuar no câmbio através do swap cambial reverso, que foi determinante para sustentar a taxa de câmbio acima de R$/US$ 1,70. Cabe, entanto, uma ressalva: o investidor estrangeiro voltou a apostar contra o dólar no mercado futuro e sustentou uma posição vendida superior a US$ 2,1 bilhões – a maior desde dezembro/11.

Em relação aos próximos passos da política monetária, não ocorreram mudanças na avaliação do mercado. A expectativa mediana seguiu indicando taxa Selic a 9,50% no encerramento deste ano. Para 2013, no entanto, a expectativa é de que o Copom tenha que tornar a apertar as condições monetárias e subir o juro básico para 10,50%.

Na semana passada, o resultado do CAGED acima da expectativa mediana pressionou para cima os prêmios das taxas longas de juros, incentivados pela perspectiva de que o BC terá que reverter o atual afrouxamento monetário mais à frente para conter a inflação. Ainda assim, a LCA mantém a avaliação de que a Selic deve permanecer em 9,5% no decorrer de 2013 com o BC optando por combater a aceleração da inflação com medidas macroprudenciais.

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