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02/03/2012 - 11:26

Motivo de orgulho para a torcida

A Copa do Mundo da Fifa de 2014 será um grande catalisador de investimentos privados e de ações do setor público para montar a infraestrutura necessária à sua organização. O megaevento esportivo atrairá olhares de mais de 30 milhões de espectadores e a visita de mais de 600 mil pessoas, entre profissionais, fãs e turistas em busca de um país hospitaleiro e bonito por natureza. De acordo com o relatório Brasil Sustentável – Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014, produzido pela Ernst & Young Terco em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, o país receberá até 2,98 milhões de visitantes adicionais, geração de receita extra de até R$ 5,94 bilhões às empresas brasileiras e investimentos de R$ 14,5 bilhões nas cidades-sede que devem impactar os PIBs municipais em R$ 7,18 bilhões.

Pouco mais de dois anos até o grande evento, e a cerca de um ano da Copa das Confederações, quando seis das 12 cidades-sede irão se apresentar, temos a chance de mostrar ao mundo a capacidade brasileira de realização. Vejo o período que se aproxima como oportunidade para impor uma marcha de desenvolvimento constante e consistente nos próximos dez anos, bem diferente do milagre econômico passado, que empurrou o país para uma inflação corrosiva e à estagnação.

Nossos desejos para a Copa e as Olimpíadas no Brasil incluem passar do status de uma grande aposta para uma realidade de desenvolvimento, com a atração de investimentos e a consolidação do país na economia global. Mais ainda, desejamos os reflexos inevitáveis, como o aumento de empregos, renda, produção, consumo e, consequentemente, de riqueza. A oportunidade de desenvolvimento de negócios e da economia nacional é inegável. No entanto, tais investimentos trazem riscos e a necessidade de capital e de mão-de-obra qualificada, além de mudanças nos modelos tecnológicos, de negócios e estruturas de gestão.

Vivemos agora, em 2012, uma verdadeira corrida para fechar o ciclo de projetos complementares à infraestrutura de suporte e serviços. Só então será possível partirmos para o ciclo decisivo— o de operação —, quando teremos dado o pontapé inicial para o maior evento midiático do planeta, capaz de transformar o comportamento do cidadão, do empresariado e dos governantes brasileiros em prol de uma gestão eficiente.

A lista de compromissos para a realização da Copa e dos eventos associados inclui os estádios, a base de tecnologia da informação, centros de mídia (IMCs) e de transmissão dos jogos (IBCs) e instalações dos Fan Parks (grandes áreas de lazer para diversão pública e gratuita). E não acaba por aí: a infraestrutura local deve atender aos padrões para viabilizar o evento, com complexos hoteleiros para recepcionar as seleções e torcedores e capacidade de transporte. Diante disso, não há muito tempo para que as empresas se adaptem aos impactos na economia brasileira estimados em R$ 143 bilhões. Para as empresas que já deveriam ter suas estratégias de negócio traçadas, o momento é de se lançarem na realização de planos de negócios, competição ou associação a empresas internacionais e na capacitação de profissionais.. Está em jogo o futuro das próximas gerações e lideranças deste país. O setor privado entra de vez nesse jogo, trazendo sua capacidade de realização e compartilhando experiências e melhores práticas com o setor público. Só com essas duas forças juntas, alcançaremos a inovação e a integração de um país continental. União é a palavra de ordem na criação de uma agenda positiva para alcançar o ciclo virtuoso que o cenário promete.

Cumprir exigências impostas pela Fifa significa muito mais do que selar a imagem do Brasil como país capaz de organizar com seriedade uma competição de dimensões internacionais. Alcançaremos outro patamar socioeconômico e estrutural, chegando mais perto do almejado status de quinta maior economia do planeta. A vitória em campo será motivo de orgulho, mas buscamos também a vitória fora do campo, com competência, profissionalismo e desenvolvimento. Este será o grande capital e legado para uma nação que, muito além de ser conhecida como país do futebol ou economia emergente, quer ser um expoente entre os países desenvolvidos. Podemos ser motivo de orgulho de uma torcida ainda maior.

.Por: Marcos Nicolas, Diretor Executivo da Ernst & Young Terco

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