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03/03/2012 - 13:36

Inadimplência

A inadimplência de Crédito PF vem apresentando, desde janeiro de 2011, uma tendência de crescimento. Esse panorama é generalizado pelos produtos, com exceção apenas para o Crédito Imobiliário.

Vale considerar que, como o percentual de inadimplência do ponto de partida (janeiro/2011) se encontrava em nível historicamente baixo, o que observamos para 2011 foram os meses de janeiro a abril com indicadores de inadimplência menores que os apresentados nestes mesmos meses nos anos de 2009 e 2010. No entanto, a partir de maio de 2011, foi supetado o patamar de 2010, fazendo com que dezembro de 2011 apresentasse os mesmos patamares do mesmo mês em 2009, ano fortemente impactado pela crise internacional.

Conforme projetamos na Revista Risk Trends, informe de tendências da GoOn, projetou-se que a inadimplência em janeiro de 2012 sofreria alta, o que de fato foi observado. Em 2012, nos meses de fevereiro a março, a projeção apontava tendência de queda, que foi revertida para abril, que aponta patamar 7,9% (5% de piora sobre o indicador de janeiro deste ano).

Dessa forma, pode-se dizer que a tendência de alta da inadimplência não foi revertida no início de 2012. Essa alta está levando o índice para percentuais de 7,5% a 8,0%. Esse patamar figura no terço pior da série histórica dos últimos 12 anos (ou seja, de 130 meses ele figura entre os 40 piores).

Observamos, nos concessores de crédito, ações na direção de contenção de inadimplência e preocupação latente com o cenário do mercado.

Cenário financeiro (carteira e spreads)-Esse cenário torna-se ainda mais preocupante quando observa-se a tendência dos volumes de crédito e dos spreads.

O cenário para o Crescimento do Volume do Mercado de Crédito Livre para Pessoa Física é de desaceleração: taxas de variação chegaram a 30% de crescimento estão em patamares de 20%, com tendência de queda.

Os spreads, que registravam quedas sistemáticas desde o inicio de 2003 - com exceção do período da crise financeira internacional (2008/2009) - apontam crescimento de 11% nos últimos 12 meses. No entanto esse crescimento não é suficiente para compensar a alta da inadimplência já comentada.

Conclusão-Esse mundo mais complexo e desafiador (inadimplência em alta, crescimento a menor velocidade e spread mais apertados) demanda dos gestores de Crédito e Cobrança um parque mais complexo de ferramentas, gestão e análises.

.Por: Breno Costa, economista e sócio-diretor da GoOn - consultoria de riscos de crédito

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