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06/03/2012 - 11:07

A incidência de infarto em mulheres tem crescido e deverá passar a de os homens, em poucos anos

Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as mulheres precisam estar atentas à prevenção já que, no caso delas, muitas vezes o infarto não apresenta qualquer sintoma, como a tradicional dor no peito.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC – promove um amplo alerta para as mulheres, pela passagem do Dia Internacional da Mulher – 8 de março. Nunca morreram tantas brasileiras por infarto, como nos últimos anos. Há cinquenta anos de cada dez mortes por infarto nove eram homens e uma mulher. Atualmente essa proporção está em seis homens e 4 mulheres. “Se nada for feito, em pouco tempo, as mulheres passarão os homens em mortes por infarto”, conta o diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Alberto Machado.

Em 2010, 41.211 mulheres foram vítimas de infarto, enquanto os homens ainda lideram com 57.534 mortes. Já entre todas as doenças cardiovasculares, o que inclui, além do infarto, o AVC (derrame), doenças hipertensivas, entre outras, a proporção entre homens e mulheres é quase a mesma. Das 320.074 mortes, 52,43% foram homens e 47,56% mulheres.

Para a maioria das mulheres o infarto é quase assintomático. As mulheres de 45 anos correm 30% mais riscos que os homens da mesma idade de ter um infarto, sem dor no peito. Esse índice cai para 25% na faixa entre 45 e 65 anos e a diferença só vai desaparecer após os 75 anos, segundo estudo publicado pela Associação Médica Americana.

O presidente do Departamento de Cardiologia de Mulher da SBC, Orlando Otávio de Medeiros, lembra que a doença cardiovascular – DCV é a principal causa de mortes nos Estados Unidos. “Em 2009, 53% morreram de DCV, enquanto o câncer de mama vitimou 4% das americanas. A incidência por aqui deve ser bastante semelhante e provavelmente as brasileiras nem saibam disso. Nos Estados Unidos, foi feita uma pesquisa e constatou-se que apenas 36% tinham consciência que a DCV é a principal causa de mortes”, diz Medeiros.

Nas últimas décadas as mulheres adquiriram hábitos não saudáveis, como tabagismo e alcoolismo; ao entrar para o mercado de trabalho passaram a sofrer mais com o estresse, em virtude de duplas e até triplas jornadas; e, assim como os homens, ficaram mais sedentárias e obesas. “Esse contexto praticamente colocou as mulheres em igualdade com os homens nas doenças cardiovasculares. É preciso mudar hábitos e buscar uma vida mais saudável, para reverter esses números e evitar que sejam campeãs de mortes por doenças cardiovasculares. Título que ninguém quer”, finaliza Medeiros.

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