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07/03/2012 - 10:01

No mês da mulher, médico faz alerta sobre doenças cardíacas entre população feminina

Segundo o cardiologista do Hospital VITA Batel, Dr. Luiz Fernando Kubrusly, infarto com ausência de sintomas ocorre mais em mulheres do que em homens .

No dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Além de celebrar as conquistas realizadas, as mulheres devem atentar para as doenças do coração, já que estas estão listadas entre as principais causas de morte feminina. Informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que problemas cardíacos respondem por um terço (ou 8,5 bilhões) dos óbitos entre mulheres de todo o mundo. O cirurgião cardiovascular e diretor clínico do Hospital VITA Batel, Dr. Luiz Fernando Kubrusly, alerta que, para o sexo feminino, detectar ataques do coração pode ser uma tarefa difícil, pois nem sempre o grupo apresenta sintomas claros.

"Mortes súbitas [sem sintomas], por doenças do coração, são mais comuns em mulheres do que em homens nos Estados Unidos", afirma. De acordo com informações da American Heart Association, esse tipo de morte ocorre em 65% da população feminina que sofre de doenças cardíacas, contra 50% da masculina. "Inclusive, uma pesquisa americana recente mostrou que o número de pessoas que não sentiu dor no peito enquanto sofria um ataque cardíaco foi bem superior entre as mulheres", informa o especialista. Isso aumentaria a incidência de mortes entre o sexo feminino, pois grande parte não procura socorro a tempo.

Prevenção é a melhor saída - Para evitar problemas que afetam o coração, como infarto, hipertensão e derrame, Kubrusly recomenda a prática regular de exercícios. Realizados por 180 minutos por semana divididos da forma que mais se adapte as necessidades da vida de cada um, os exercícios podem diminuir em mais de 30% o risco de infarto. Uma dieta balanceada, rica em frutas, fibras e vegetais e com pouca gordura saturada, também é essencial. "Essas dicas também valem para o controle do peso, glicose, colesterol e pressão arterial, fatores de risco para as doenças coronarianas", explica o cardiologista, que ressalta que, de acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de obesidade é maior entre as mulheres (13,6%) do que em homens (12,4%), no Brasil.

Outro fator de risco é o consumo de cigarros. Kubrusly alerta que o tabagismo aumenta o depósito de gordura e de coágulos nos vasos sanguíneos, o que faz com que cresça o risco de problema cardiovascular. Já o consumo de álcool, geralmente associado à ocorrência de infarto e insuficiência cardíaca, pode ter efeito benéfico ao coração, se ingerido moderadamente. "Um cálice de vinho seco ao dia pode favorecer a relação entre colesterol bom e ruim, como demonstraram algumas pesquisas", cita o cardiologista.

Exames em dia - O nível de colesterol pode ser um medidor da saúde do coração. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 50% dos ataques cardíacos podem ser evitados com o controle do colesterol. "Para adultos saudáveis, o ideal é que a taxa seja menor que 200 mg/dl" para o Colesterol Total e abaixo de 100 mg/dl para o cholesterol ruim ( LDL), explica Kubrusly. Segundo o médico, vale o alerta que, caso haja histórico familiar de doenças coronarianas, o índice deve estar ainda mais baixo que estes valores. Verificar a glicose também é importante. "Mulheres diabéticas correm um risco de três a sete vezes maior de desenvolver uma doença do coração". O especialista explica que uma taxa normal está situada abaixo de 100 mg/dl, em jejum.

Outro tipo de cuidado importante é a aferição da pressão arterial - 140/90 mmHg, ou 14 por 9, são medidas consideradas elevadas pelo cardiologista. A hipertensão atingia 25,5% das mulheres no país, em 2008 - cerca de cinco pontos percentuais acima da taxa entre os homens, conforme dados do Ministério da Saúde. "O acompanhamento médico é essencial, junto com a realização de exames periódicos, nesse combate", ressalta Kubrusly.

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