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07/03/2012 - 11:30

Brasil é o país dos BRICS mais bem preparado para evitar problema com excedente de produção de veículos, aponta análise da KPMG

Diante da realidade já vivida pelos mercados mais maduros, gestão eficaz da produção passará a ser também exigida das montadoras nos países emergentes; montadoras na China precisam gerenciar produção para evitar problemas.

O excesso na produção não é mais um problema enfrentado apenas pelas montadoras de mercados automotivos maduros, de acordo com uma recente análise da produção automotiva global feita com base no estudo Global Automotive Executive Survey 2012, publicado em janeiro deste ano pela KPMG International. Indústrias presentes em mercados de alto crescimento, como os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China, além da recentemente agregada África do Sul), precisam se preparar para gerenciar o excesso iminente de produção apesar do crescimento da demanda por veículos nos últimos anos. Dos mercados dos BRICS, o Brasil é o que está mais bem preparado para balancear uma oferta flexível e baixos custos fixos.

Brasil em destaque -A análise da produção global da KPMG revelou que a expectativa é que as evoluções mais positivas nesse sentido tenham origem no Brasil. Na realidade, as projeções do mercado brasileiro demonstram um cenário bem equilibrado: além do aumento da capacidade de produção para mais de um milhão de veículos até 2016, o nível de aproveitamento dessa produção é projetado para ser superior a 90%.

Charles Krieck, sócio-líder de Industrial Markets da KPMG no Brasil, atribui as expectativas positivas ao vasto histórico do País como um mercado muito instável. “As montadoras brasileiras estão acostumadas a lidar com os fortes altos e baixos da economia, enquanto as montadoras da China ou Índia conhecem somente os altos da economia”, avalia. “A experiência adquirida no Brasil ao longo das últimas décadas poderia ser muito valiosa para as montadoras em outros mercados emergentes que ainda não tenham enfrentado fortes desastres econômicos”, acrescenta Krieck.

Desafios para a China -Nos próximos anos, muitas montadoras de automóveis surgirão em países emergentes no setor automobilístico, estimuladas pelo rápido crescimento dos mercados internos e por planos de incentivos oferecidos pelos governos locais.

Segundo análise sobre os dados da Global Automotive Executive Survey, a China já apresenta o maior excesso de produção entre os BRICS. Até 2016, as montadoras chinesas atingirão uma produção ainda maior do que a atual e, apesar das previsões de crescimento, é muito provável que a oferta não seja inteiramente consumida em decorrência de uma demanda insuficiente. Análise da KPMG em relação à produção, com base nas previsões da LMC Automotive, revela que, nos próximos cinco anos, cerca de 30% da capacidade de produção chinesa provavelmente não será aproveitada.

De acordo com Mathieu Meyer, diretor global da Prática Automotiva da KPMG, “é necessário ter certo nível de excesso de produção, pois a instabilidade da maioria dos mercados automobilísticos exige das montadoras a máxima flexibilidade no intuito de aproveitar aumentos imprevistos na demanda. Apesar disso, quase um terço da produção não aproveitado representa um volume muito alto”.

As montadoras que operam na China devem considerar os riscos deste excesso inevitável de produção e tentar evitar gargalos na produção, a fim de defender suas posições competitivas e de mercado neste segmento estrategicamente importante, comentou Meyer. “Considerando que a demanda de veículos na China sofreu recentemente uma redução, a gestão eficaz da produção se fará necessária mais cedo do que o esperado para as montadoras em mercados emergentes, caso queiram manter seus custos fixos reduzidos, além de margens de lucro saudáveis”, avisa.

Para assegurar que o aumento na produção não resulte somente em despesas, mas também em lucro e crescimento, as montadoras chinesas deverão intensificar seus esforços de exportação. “Até 2014, no máximo, mais de um milhão de carros produzidos em solo chinês deverão encontrar seu lugar no mercado mundial — e este número aumentará rapidamente”, afirmou Meyer, referindo-se aos resultados da pesquisa da KPMG.

Tal fato gera fortes implicações para países exportadores, como a Alemanha e o Japão. Até agora, estas nações venderam com sucesso, fora de seus mercados internos, uma quantia significativa de sua produção interna de veículos. Entretanto, o alto nível de capitalização dos países exportadores não pode ser mantido em razão da crescente capacidade de produção dos mercados emergentes.

.[www.kpmg.com/Global/en/IssuesAndInsights/ArticlesPublications/global-automotive-survey-2012/Documents/global-automotive-survey-2012.pdf ].

Perfil - A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory presente em 152 países, com 145.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. As firmas-membro da rede KPMG são independentes entre si e afiliadas à KPMG International Cooperative ("KPMG International"), uma entidade suíça. Cada firma-membro é uma entidade legal independente e separada e descreve-se como tal.

No Brasil, a empresa tem aproximadamente 4 mil profissionais distribuídos em 21 cidades de 12 Estados e Distrito Federal.

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