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07/03/2012 - 11:37

Novo diretor executivo demonstra otimismo e compromisso com setor cafeeiro em sua primeira reunião no comando da OIC

- Robério Silva apresentou cenário de mercado positivo e reafirmou compromisso em trabalhar para a construção de um mercado sustentável.

Foi uma estreia marcante a do brasileiro Robério Silva no comando da Organização Internacional do Café (OIC). Após dez anos, o cargo executivo máximo do principal fórum mundial para desenvolvimento da cafeicultura voltou a ser ocupado por um brasileiro.

Em seu discurso inicial, Robério destacou o papel da OIC na busca de um mercado global economicamente sustentável, a fim de ajudar a combater a pobreza no mundo. O diretor também lembrou como a acentuada volatilidade do mercado tem prejudicado os produtores no mundo inteiro nos últimos anos.

Em sua análise mercadológica, destacou que, apesar da produção recorde que o Brasil deve colher na próxima safra, o impacto negativo do volume previsto sobre os preços será limitado, devido às promissoras perspectivas para o consumo mundial. Em relação aos fundamentos do mercado, Robério destacou:

Estoques Mundiais em janeiro de 2012 -O volume armazenado em países produtores está nos níveis mais baixos que se tem registro, com aproximadamente 17,4 milhões de sacas de 60 kg. Por outro lado, apesar dos estoques dos importadores terem se elevado recentemente a 22,3 milhões de sacas, aliviando um pouco as preocupações com a oferta limitada de certas origens, ainda se apresentam em níveis desconfortáveis.

Produção e Consumo Mundial -No ano safra 2011/12, a produção total está estimada em 128,5 milhões de sacas, com uma queda de 4,3% em relação ao período anterior. No tocante à temporada 2012/13, somente o Brasil forneceu suas primeiras estimativas, sendo, portanto, cedo para se prever o volume mundial que deverá ser colhido.

Entre os principais produtores, um dos destaques foi a Etiópia, que produziu, em 2011, 8,3 milhões de sacas, registrando crescimento de 10,8% sobre o ano anterior. Por outro lado, na América Central, praticamente todos os países tiveram redução em suas produções, como El Salvador (-28,5%), Guatemala (-12,7%) e México (-7,2%). Já na América do Sul, o Brasil apresentou quebra de 9,6% e a Colômbia de 0,3%. Na Ásia, após vários anos consecutivos de aumento em sua produção, o Vietnã apurou recuo de 10,1%, para um total de 17,5 milhões de sacas.

Com relação ao consumo, Robério Silva destacou o aumento contínuo há mais de quatro décadas, a uma taxa anual composta de 1,6% ao ano, o que deve levar, no fechamento do ano civil 2010, ao registro de 135 milhões de sacas consumidas, volume que implica evolução de 2,4% frente ao ano anterior. Indicações iniciais apontam que esta taxa de crescimento se manteve em 2011.

Perspectivas até 2020 -No final de sua análise, o diretor-executivo da OIC apresentou uma perspectiva de consumo nos próximos anos, com três cenários potenciais, cujos números, em 2020, seriam: demanda baixa, com 157 milhões de sacas; média, com 165 milhões; e alta, apresentando um montante de 173 milhões de sacas consumidas.

Nos três casos, o consumo deve suplantar a produção. Como elemento negativo, Robério destacou a fraqueza do dólar em relação às moedas dos principais países produtores, fato que deverá produzir um impacto negativo sobre suas receitas.

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