Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

08/03/2012 - 10:26

Mulheres contra a violência doméstica

No Dia Internacional da Mulher, médica faz um alerta sobre os números de casos de violência no Brasil.

Com a proximidade das comemorações do Dia Internacional da Mulher [08/03], mais uma vez a sociedade deve refletir e discutir sobre a violência contra o sexo feminino. Isso porque, mesmo com a sanção da Lei Maria da Penha, os números ainda são alarmantes no Brasil.

Segundo estatística, mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência. E essa é a maior causa de invalidez feminina entre 16 e 44 anos e mais de dez mulheres morrem por dia no país em decorrência da violência doméstica. Enquanto você lê este texto, a casa 15 segundos, uma mulher é agredida e os agressores são 70% seus namorados, maridos, companheiros ou ex-companheiros.

Desde a criação da Lei Maria da Penha, em 2006, até março de 2011, foram distribuídos 331.796 processos por agressões a mulheres em todo o Brasil. Sentenciados 110.998 processos; designadas 20.999 audiências, 9.715 prisões em flagrante decretadas e 1.577 prisões preventivas, dentro da atual legislação.

“Mesmo com o aumento das denúncias, muitas mulheres ainda não delatam seus agressores. Isso se deve ao medo da impunidade, do amor a este homem, da proteção aos filhos e vergonha. Outras tantas mulheres após denunciar voltam a se relacionar com o agressor pelos mesmos motivos”, diz a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho.

Consequências -Além das marcas deixadas pelo corpo, quem agride deixa marcas sérias no psicológico da vítima. De acordo com a psicanalista, as mulheres agredidas podem apresentar alguns sintomas psicossomáticos como estresse pós-traumático, destruição da autoestima, apatia, depressão, ansiedade, distúrbios sexuais, distúrbios do sono, pânico, abuso na ingestão de substâncias, ansiedade generalizada, fobia, entre outras.

“As marcas do corpo são curadas, mas as psicológicas são difíceis de cicatrizar. Além disso, não somente a mulher agredida sofre, mas também todos que convivem com ela. O apoio e a solidariedade de familiares, filhos, amigos e vizinhos é um grande aliado neste momento”, afirma Soraya.

Vamos denunciar -A vítima pode ligar para o número 180, Central de Atendimento à Mulher, serviço que pertence à Secretaria Nacional de Política para as Mulheres, ou procurar delegacias e outros órgãos especializados em atendimento ao público feminino. Não é preciso se identificar e o serviço funciona 24h. Em casos mais urgentes, os denunciantes são orientados a ligar diretamente para a Polícia Militar, no número 190.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira