Economista alerta para o risco de a Selic ficar abaixo do equilíbrio entre oferta e demanda de títulos da divida interna

O economista Ivo Barbiero, presidente da proScore, Bureau de Informação e Análise de Crédito, faz uma análise da queda da taxa Selic para 9,75%:

“O efeito imediato e direto da queda da taxa básica de juros é a redução do custo dos juros da dívida interna. A redução também desestimula o ingresso de recursos meramente especulativos. Algo para o qual é preciso ficar atento é para o caso de a taxa Selic ficara baixo do equilíbrio entre oferta e demanda no mercado de títulos da dívida interna. Podem ocorrer duas situações: ágio sobre a Selic para equilibrar forças, ou o governo usar o instrumento do compulsório.

A nova taxa não deve impulsionar de imediato a economia nacional. Seus efeitos devem ocorrer entre três e quatro meses. Os investimentos na infraestrutura básica só serão de grande magnitude se houver vontade política de reformas estruturais (fiscais/tributárias), critérios rígidos e de longo prazo nos gastos públicos e fortes investimento em educação e saúde”.