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10/03/2012 - 09:26

O urânio nas águas de Caetité ocorre naturalmente

A mineração não aumenta presença do minério, constata pesquisa.

O estudo foi realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe, em parceria com a Universidade de São Paulo, que investigou, durante dois anos, as causas da presença de urânio nas águas da região de Caetité. Orientadas pela professora Susana Lalic, com o apoio de Roseli Gennari da USP, as pesquisadoras Geângela Almeida e Simara Campos analisaram amostras de água e solo em uma área de 100 km no entorno da unidade de mineração e beneficiamento de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil e concluíram: “O solo de Caetité é muito rico em urânio, portanto, o que ocorre nas águas e no solo é um processo natural e não um processo de contaminação devido à exploração de urânio”, afirmou a equipe.

Simara Campos explica que o urânio é um dos elementos que compõem naturalmente o solo de todo planeta, sendo encontrado em maior quantidade em localidades como Caetité. “Um das causas para se encontrar o minério nas águas é que ele pode ser arrastado pela chuva ou pelos córregos, poços e rios”, informou a pesquisadora.

Foi em decorrência de denúncias feitas por grupos ambientalistas, que as pesquisadoras decidiram estudar detalhadamente o que de fato acontece nas águas dessa região; elas coletaram amostras em poços localizados na zona rural, em residências e praças das cidades. E em apenas duas das amostras analisadas as concentrações de urânio chegaram ao limite definido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 0,02 miligramas de urânio por litro. As duas amostras foram coletadas em poços localizados no município de Lagoa Real, onde existe uma grande reserva de urânio ainda não explorada.

Para se certificar dos resultados das pesquisas feitas na Bahia, o grupo decidiu também investigar amostras de água da região de Santa Quitéria (CE), onde não há atividade de exploração de urânio, para verificar se o mesmo fenômeno acontece no sertão cearense. “Na dúvida, buscamos avaliar amostras de água da região de Santa Quitéria, onde se encontra uma reserva maior do que a de Caetité, e os resultados encontrados são muito próximos. Com isto, concluímos que se trata de um processo natural”, afirmou à física Simara Campos em entrevista para a INB. [www.inb.gov.br].

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