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10/03/2012 - 10:00

Técnica moderna de cirurgia cardíaca pode beneficiar pacientes idosos

Método reduz risco de distúrbios cognitivos e tempo de internação.

Pacientes idosos que precisam de cirurgias cardíacas podem se beneficiar com uma técnica moderna: a cirurgia cardíaca sem circulação extracorpórea. O método, difundido em todo o mundo, permite que a cirurgia seja realizada com o coração batendo, sem a necessidade de ligar o paciente em um equipamento que substitui o coração e o pulmão durante o procedimento. Por diminuir o trauma cirúrgico, a técnica é indicada principalmente a pessoas idosas, cujas condições clínicas e doenças associadas podem aumentar o risco de complicações caso o coração seja operado com a circulação extracorporal.

Segundo estudos, a cirurgia cardíaca sem circulação extracorpórea reduz o tempo de internação dos pacientes e o risco de danos renais, AVC (acidente vascular cerebral) e mortalidade. De acordo com o Dr. Darteson Gutierrez, cirurgião cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e da clínica Fluxo Hemodinâmica, em Macaé, “além de reduzir a ocorrência de alterações cognitivas, a cirurgia cardíaca sem circulação extracorpórea permite que o paciente tenha uma reação inflamatória menor e se recupere mais rápido, porém cabe ao cirurgião avaliar a técnica mais indicada a cada paciente”, explica.

A partir do advento da nova técnica foram desenvolvidos aparelhos utilizados para estabilizar o tecido do coração ao redor do local da artéria coronária a ser revascularizada, o que possibilitou a redução dos movimentos do batimento cardíaco, permitindo uma incisão mais precisa. A tecnologia trouxe então maior eficácia para a realização da cirurgia cardíaca sem circulação extracorpórea e tornou possível a aplicação do novo método em um número maior de pacientes.

Pesquisas apontam que na década de 80 a cirurgia cardíaca sem circulação extracorpórea tinha uma aplicabilidade de 20%, mas atualmente os dados demonstram que é possível realizar o procedimento em pelo menos 50% dos pacientes operados. Outra constatação é que uma boa porcentagem dos doentes submetidos a esse procedimento não necessita de transfusão de sangue. Contudo, segundo o Dr. Darteson, a técnica não é aplicável a todos os pacientes. “Em casos mais graves, quando a revascularização é mais complexa, recomendamos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea para que a intervenção seja realizada com maior eficácia oferecendo melhor benefício ao paciente”, afirma.

A cirurgia cardíaca sem uso da circulação extracorpórea é uma técnica bastante aplicada em diversos países e constitui a base dos procedimentos minimamente invasivos, hoje largamente conhecidos e praticados pela comunidade médica global.

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