Selic cai 0,75% e expectativa é de dinamismo econômico

O Comitê de Política Monetária do Banco Central, Copom, reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 0,75%. Diferente dos últimos cortes da taxa de juros que vinham ocorrendo, sempre de 0,5 pontos percentuais, desta vez o Copom acelerou o ritmo e levou a taxa de juros brasileira aos 9,75%, chegando pela segunda vez na história ao patamar de um dígito (abaixo dos 10%).

Para a Fecomércio o cenário foi propício para a queda na Selic. A crise financeira internacional e a desaceleração gerada por ela na atividade econômica global, aliada à redução do preço das commodities, conseguiram dissipar as pressões inflacionárias que a queda dos juros poderia trazer.

A política monetária dos Estados Unidos e União Europeia também pressionou o Banco Central a acelerar o corte dos juros. A queda estipulada pelo Copom visa minimizar as consequências da constante entrada de dólares na economia brasileira em busca de ganhos financeiros, já que as diferenças entre as taxas de juros desses países e a do Brasil acabam sobrevalorizando o câmbio. Ainda dentre os motivos que influenciaram a decisão de eliminar 0,75 pontos percentuais da Selic, está o fraco resultado do PIB brasileiro em 2011, que cresceu apenas 2,7%.

Na avaliação da Fecomércio, a queda de 0,75% na taxa de juros é acertada, já que atende as reais necessidades da economia brasileira, uma vez que o fraco crescimento do PIB em 2011 está associado ao ciclo de aumento dos juros vivido no primeiro semestre daquele ano. Assim, a atual queda dos juros tende a fazer de 2012 um ano mais promissor para o Brasil. A expectativa, após este corte, é de que já no segundo trimestre deste ano o crescimento do PIB brasileiro volte a acelerar, dinamizando a economia nacional e a geração de emprego e renda. |MaxPR.