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10/03/2012 - 11:07

Bancos reduzem o uso de papel

Segundo novo relatório encomendado pela Microsoft, as instituições financeiras estão entre os setores que mais devem aderir a informação nas nuvens.

A computação em nuvens (cloud computing) vai absorver bilhões de documentos em breve. As instituições financeiras, em especial bancos e seguradoras, preparam-se para migrar a gestão de seus documentos para o novo sistema de armazenamento de informações. A partir de qualquer computador pode-se acessar informações, arquivos e programas num sistema único, independentemente de plataforma. Com a digitalização, o prazo para liberar uma operação, como cheques em conta corrente, cai drasticamente, para menos de duas horas.

Somente o Santander armazena, segundo informa Valmir Nunes, responsável pela área de gestão de arquivos e contratos (guarda), mais de 50 milhões de documentos em cerca de dois milhões de caixas. Há cinco anos, a centralização dos arquivos - com parte sendo migrada do papel para o meio digital - já foi um desafio enorme, lembra o executivo.

- Quando o Santander comprou alguns bancos – Real e Banespa – um dos grandes desafios foi trabalhar a resistência de alguns administradores de arquivos descentralizados, pois a cultura era de posse das caixas e documentos. São meus filhos, diziam alguns. Hoje o ambiente está mais amigável, a partir da digitalização das imagens. Todos podem acessar as informações e recuperar um documento rapidamente. Ganhamos velocidade. A imagem é uma aliada. Quando precisávamos de um documento original para fazer algum aditamento de contrato, por exemplo, o resgate não era tão fácil e com a digitalização tudo ficou mais rápido e fácil, observa Nunes.

Também na Marítima Seguradora a nuvem trouxe enormes benefícios. "Hoje a emissão de uma apólice pode ser automática a partir de documentos enviados pelos corretores por meio da internet. O uso de imagens é mais rápido e econômico. O papel é um desconforto, somente aqueles exigidos por lei é que devem ser obtidos no formato papel. Só usamos os documentos exigidos por lei", diz Marcelo Bartilotti, responsável pela área de Tecnologia da Informação da seguradora.

O crescimento da computação em nuvem deve gerar a criação de 13,8 milhões de empregos até 2015, de acordo com relatório divulgado da IDC encomendado pela Microsoft. Até esse ano, o Brasil terá 414,1 mil postos de trabalho relacionados à nuvem e se tornará, assim, a quinta potência mundial em empregos produzidos no espaço online. A migração desses serviços representa uma redução de custos para as companhias, uma economia que, segundo o estudo, se transformará em investimento e inovação que requereria mais pessoal tanto para pequenas como para grandes empresas. Mais de um terço das vagas de emprego geradas pela nuvem serão abertas nos setores de comunicação, nos bancos e na produção em pequena escala. "O custo menor de armazenagem com a computação em nuvem, em conjunto com a utilização de softwares de serviços, será um convite para o empresário aderir ao gerenciamento completo da informação, para ter tudo em tempo real, em qualquer lugar, 24h por dia”, diz Eduardo Coppola, presidente da Keepers Brasil, uma das líderes no setor de gestão de informação.

Todo esse potencial de crescimento promete gerar 85 mil vagas somente esse ano no Brasil, segundo o relatório encomendado pela Microsoft. Mas para o presidente da Keepers, essa expansão precisa ser acompanhada de um pouco de cautela. "Acredito que a grande chave do sucesso para isso seja o constante aperfeiçoamento da segurança da informação que será armazenada nos servidores compartilhados. Segurança aliada a alta disponibilidade das informações", observa Eduardo.

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