Gestão e planejamento são primordiais na profissionalização da mão de obra brasileira

A educação – em sua forma mais abrangente – é o que realmente distingue uma grande e desenvolvida nação de um país que ainda luta para crescer.

No Brasil, país cuja importância cresce dia a dia no mundo, o dinamismo da economia exige uma presença muito forte da mão de obra especializada em praticamente todos os setores. Por este motivo, é importante reconhecer e parabenizar os setenta anos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) que, fundado em 1942, durante sete décadas vem capacitando gerações em todo o país.

Referência mundial em educação profissionalizante, forma mão de obra altamente especializada para 28 setores da indústria. Conforme dados divulgados pela própria instituição, entre as 55 milhões de pessoas capacitadas pelo Senai em suas 797 unidades espalhadas pelo Brasil estão o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro cosmonauta brasileiro, Marcos Pontes, e o tricampeão de Fórmula 1, Nelson Piquet.

O Senai surgiu num momento histórico em que a indústria brasileira enfrentava novos desafios gerados pela II Guerra Mundial. A necessidade de produzir bens que não podiam ser importados, e mesmo de material bélico, tornou mais agudo o já crônico problema de escassez de mão de obra especializada no país.

Na indústria gráfica, em particular, a formação de mão de obra qualificada é essencial. Hoje em dia, o concorrente não está na mesma cidade; com a globalização, ele pode estar do outro lado do planeta. O mercado mundial vive um momento de lançamentos de altíssima tecnologia que devem ser acompanhados do aprimoramento de seus profissionais. Nesse sentido, para nós é um orgulho que o país tenha um centro de formação em artes gráficas tão qualificado como a Escola Senai Theobaldo De Nigris, que acaba de completar 40 anos.

Hoje, a Theobaldo De Nigris vive uma fase ativa para se adaptar às demandas do setor e às novas tecnologias. O projeto de reestruturação começou em 2006, envolvendo reforma predial, aquisição de novos equipamentos, atualização, ampliação e criação de novos cursos, que somam mais R$?30 milhões. Os investimentos são feitos de modo planejado, permitindo a segurança e a continuidade que só uma eficiente gestão - pensando no longo prazo e não nos resultados imediatos – pode proporcionar.

Nos anos 90, muitas empresas gráficas foram instaladas na região de Barueri, tornando premente a formação de mão de obra especializada para este segmento em especial. Um grupo de empresários mobilizou-se, então, para a criação de um centro do ensino gráfico na região.

Em 29 de maio de 2009, a Escola SENAI José Ephim MIndlin foi inaugurada e trouxe a excelência no ensino de artes gráficas ao município. Desde então, as vagas têm sido intensamente disputadas por alunos que sabem que, ao sair da instituição, seu aprendizado será valorizado pelo mercado.

Mais do que a expansão quantitativa, importante neste momento vivido pela economia brasileira, as escolas SENAI Theobaldo De Nigris e José Ephim MIndlin , graças à sua excelente gestão, estão organizadas para continuar seu papel primordial no desenvolvimento da indústria gráfica brasileira.

. Por: Dieter Brandt, presidente da Heidelberg América do Sul.