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13/03/2012 - 11:17

Melhoramento genético para cavalaria militar do Estado de São Paulo


Programa da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo é um dos pilares no desenvolvimento da raça equina Brasileiro de Hipismo.

Um trabalho de destaque da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), instituição ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), vem ajudando a Polícia Militar na seleção de animais de qualidade para a cavaria militar, com investimentos em estudos de melhoramento genético.

Realizadas na unidade Polo Alta Mogiana/APTA, na cidade de Colina, com animais da raça Brasileira de Hipismo (BH), as pesquisas de melhoramento genético por reprodução, sanidade, sistema de criação e nutrição, desenvolvem equinos mais resistentes, fortes, altos e dóceis, características que os qualificam tanto para fins militares quanto para o esporte. Em avaliações feitas pela Polícia, o índice de rejeição desses equinos para uso na cavalaria paulista é praticamente nulo. “O BH se caracteriza por ser um cavalo de sela, com grande facilidade para adestramento, salto, concurso completo de equitação e do esporte hípico enduro. Além disso, seu porte e temperamento os tornam aptos a serem treinados para fins de policiamento”, explica José Victor de Oliveira, pesquisador da APTA.

A unidade de Colina possui, há cerca de 25 anos, convênio com o Regimento de Cavalaria “9 de Julho”, órgão subordinado à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, para o fornecimento de cavalos BH. São cerca de 20 animais disponibilizados anualmente e mais de 600 ao longo dos anos de parceria. “Os cavalos apresentam desempenho elevado mesmo em situação de pressão, barulho e movimentação intensa, permanecendo praticamente inalterados, sem demonstrar excesso de nervosismo. Eles são usados em aglomerações sem causar danos a pessoas ou bens”, explica a pesquisadora Anita Schmidek.

Em geral, os animais vão para a Polícia Militar entre três e sete anos de idade, para serem treinados. A doma e o adestramento são desenvolvidos pela própria PM. “Antes dessa idade o cavalo está em fase de crescimento. Por isso, não se pode sobrecarregar sua estrutura óssea para não comprometer a sua vida útil, que é de até 20 anos”, explica Oliveira.

O cavalo BH tem, no programa desenvolvido pela Secretaria de Agricultura, por meio da APTA, um dos seus pilares de formação, desenvolvimento, melhoramento, difusão e fomento. O corpo técnico da Secretaria também esteve envolvido na fundação da Associação do Cavalo Brasileiro de Hipismo, na década de 70.

Reconhecidos como sinônimo de qualidade, os cavalos despertam interesse nacional tanto de criadores como para uso de policiamento em cavalaria de outros Estados, como Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo. “Todos os animais que produzimos pela APTA, como Jumento Brasileiro, Muares e equinos da raça Bretão, são muito bem avaliados no Brasil. Criadores e Polícias nos procuram porque sabem que temos equinos com qualidade superior”, explica Schmidek.

Desempenho esportivo - Além da utilização para fins militares, os cavalos da raça BH são também usados em competições esportivas, como jogos olímpicos e o Pan-Americano. Em 1995, por exemplo, no Pan da cidade de Mar Del Plata, na Argentina, o cavalo campeão foi um BH oriundo da APTA de Colina.

O Brasil tem se destacado de forma intensa no setor de equinos. É o 4º maior do mundo, com 10% do rebanho do globo. Atualmente o setor movimenta cerca de R$ 7,4 bilhões por ano e gera aproximadamente 3,2 milhões de empregos.

De acordo com os pesquisadores da APTA, para atingir esses resultados há o envolvimento de indústria, feiras agropecuárias, hípicas, prestação de serviços, além do comércio de animais e produtores. “Neste contexto, o papel da Secretaria de Agricultura do Estado é importante para o fomento, geração de conhecimento e difusão de tecnologias e animais que atendam a demanda do setor, colaborando ativamente nesta cadeia do agronegócio”, afirma Schmidek. |saacomunica.

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