Parceria FHM-PUC reforça gestão em qualidade no setor marítimo

A Fundação Homem do Mar e (FHM) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) firmaram parceria para a realização do Curso de Pós-Graduação em Sistema de Gestão de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde (QSMS). Desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Industrial da PUC-Rio, em parceria com o Sindmar e a FHM, o curso é direcionado especificamente aos oficiais da Marinha Mercante e ao pessoal que atua no transporte marítimo, profissionais indispensáveis aos setores de petróleo e gás.

A Fundação Homem do Mar é vinculada ao Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), e administra o Centro de Simulação Aquaviária (CSA). O CSA é um dos mais modernos centros no gênero no mundo, responsável pela capacitação de profissionais que atuam no segmento marítimo e pela certificação de terminais portuários e equipamentos em todo o país.

A parceria é resultado do interesse do Sindmar, por intermédio da Fundação, em oferecer oportunidade de aprimoramento técnico de alto nível aos oficiais mercantes. O curso foi especialmente pensado na categoria, levando em conta as distâncias geográficas e o cronograma difícil e diferenciado, que caracteriza os profissionais do mar. Por isso, o ensino a distância atende às necessidades dessa categoria profissional.

“Não nos interessa apenas oferecer um curso. Queremos oferecer um curso com excelência acadêmica e contribuir com qualidade para aprimorar nossa realidade socioeconômica, o meio ambiente, a navegação, os equipamentos”, afirma Severino Almeida, presidente do Sindmar.

O curso tem duração de 15 meses e o objetivo de formar especialistas para atuar nas diferentes etapas e funções do processo de planejamento, implantação, operação e certificação de Sistemas de Gestão Integrados (SGI). Mais informações: [http://www.ucm.org.br].

Perfil do profissional -Os oficiais de Marinha Mercante, categoria que o Sindmar/FHM representa, são formados por dois centros/escolas mantidos pela Marinha: o Centro de Instrução Almirante Graça Aranha - Ciaga (Rio de Janeiro) e Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar – Ciaba (Belém/Pará). Tratam-se hoje de profissionais indispensáveis ao desenvolvimento do segmento de petróleo e gás.

O ingresso nessas escolas de formação é feito por meio de concurso público seletivo que obedece ao preceito constitucional de igualdade de sexos. O percentual de mulheres vem aumentando desde 2000, ano da primeira turma feminina, e hoje elas já representam 40% dos alunos.

O curso tem duração de quatro anos e o oficial mercante formado recebe o título de bacharel em ciências náuticas. Esses profissionais, depois de formados, também passam a integrar a Reserva da Marinha de Guerra. O vencimento básico inicial (segundo oficial, que é a primeira patente) é de cerca de R$ 3 mil. A ascensão ao posto máximo de comandante leva cerca de 10/12 anos, com vencimentos que chegam a R$ 12 mil.

O regime de trabalho em geral é de três meses embarcado para um de repouso nos navios petroleiros (e também nos gaseiros e quimiqueiros); e de até cinco meses de embarque e um de folga nos navios de granéis e porta conteineres. Já no segmento offshore, onde a rotina operacional é mais intensa, os tripulantes permanecem até 43 dias embarcados para um mês de descanso em terra. As jornadas duram de 8 horas (granéis, petroleiros, porta contêineres) a 12 horas (off shore). O Sindmar, que tem índice de sindicalização de 90% entre a categoria, mantém acordos coletivos com mais de 40 empresas de navegação, contribuindo para a melhoria das condições de trabalho.

Para driblar a saudade de casa, os navios mercantes oferecem aos tripulantes hoje uma gama de atividades que vão desde o acesso à Internet e salas de jogos até a improvisação de jogos de futebol e vôlei a bordo. Assim, a rotina inclui a criatividade brasileira, mesmo em águas internacionais e portos distantes da costa brasileira.