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14/03/2012 - 10:25

SOFTEX projeta US$ 60 milhões em negócios imediatos para a CeBIT 2012

Participação histórica brasileira envolveu um investimento total de € 2,5 milhões.

Hanover – Países expoentes em seus respectivos continentes, Brasil e Alemanha nunca estiveram tão próximos como na semana de 6 a 10 de março, quando a cidade de Hanover foi palco da 26ª edição da CeBIT, que contou em sua cerimônia de abertura com as presenças da presidenta Dilma Rousseff e da chanceler alemã Angela Merkel, além dos ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Antonio de Aguiar Patriota das Relações Exteriores; Paulo Bernardo, das Comunicações; Marco Antonio Raupp, da Ciência, Tecnologia & Inovação; além dos Governadores Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, e Jaques Wagner, da Bahia.

Sexta maior economia do mundo e atravessando um período de prosperidade, o Brasil, vem realizando contínuos e expressivos investimentos em TICs e compareceu ao evento com o status de país parceiro e uma delegação histórica: 130 organizações entre empresas e instituições privadas e governamentais.

“Foi um marco na consolidação da imagem da indústria brasileira de TI no exterior. Podemos dividir a projeção global de nossa indústria antes e depois da CeBIT 2012. Além de fomentar negócios e parcerias para as nossas companhias, a participação na condição de país parceiro nos ajudou a reforçar o conceito do Brasil como um provedor de tecnologias consistentes, avançadas, inovadoras e de alcance global nos mais diversos segmentos”, avalia Arnaldo Bacha, vice-presidente executivo da SOFTEX (www.softex.br), entidade que organizou e coordenou a presença brasileira no evento.

Bacha destaca que o Brasil e a Alemanha, maior mercado europeu de TICs, têm um largo histórico de relações comerciais. “Nós o entendemos também como um hub estratégico para as companhias interessadas em alcançar outros mercados no continente”, explica o vice-presidente executivo da SOFTEX.

“Empresas que estão iniciando seu processo de internacionalização ou as que já atuam além das fronteiras nacionais têm na CeBIT uma oportunidade única para fazer novos contatos com clientes potenciais, conhecer de perto as principais tendências e as inovações do segmento em que atuam e observar as iniciativas dos principais players”, avalia Djalma Petit, diretor de Mercado da SOFTEX.

Empresas brasileiras fecham acordos internacionais - Resultado de um investimento de € 2,5 milhões, o projeto de participação brasileira envolveu a instalação de seis pavilhões (1.200 m²) distribuídos pelas quatro áreas temáticas da mostra.

Os expositores nacionais, apresentando-se sob a marca Brasil IT+, que identifica a indústria de tecnologia no exterior, puderam constatar o crescente interesse despertado pelo Brasil e registraram um expressivo número de visitantes dos mais diversos países atraídos tanto pelo momento favorável da economia brasileira como pelos dois grandes eventos internacionais que o País sediará nos próximos anos: a Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Ainda durante a feira, foram registrados os primeiros negócios. Com a tecnologia TAXIpró (www.taxipro.com.br), a ClaritySoft (www.claritysoft.com.br) fechou, durante a CeBIT 2012, uma parceria técnico-comercial com a empresa AROBS da Romênia. Sua solução de automatização de envio de corridas de táxi do cliente para o motorista por meio da Internet deverá ser utilizada por cerca de 10 mil táxis em alguns países do Leste Europeu. Cada veículo pagará U$10 por mês para usar a tecnologia.

Nas próximas semanas, a empresa de Curitiba, que participou pela primeira vez de um evento internacional, firmará o contrato de confidencialidade e traduzirá o software para o idioma do seu novo parceiro. A AROBS representará a ClaritySoft nos países em que ela atua o mais breve possível.

Segundo seu diretor, Edgar Coronato, a ClaritySoft estava buscando justamente uma parceria com uma companhia europeia para disseminar a tecnologia no continente, mas, de acordo com ele, a rapidez na conquista foi surpreendente. “Estabelecer essa parceria é conquistar um ótimo cartão de visitas, pois poderemos explorar com mais credibilidade outros países da Europa”, declarou.

A paulista Comprova.com (www.comprova.com) fechou contrato com a Datenschutz Für Deutschland, empresa que atua no mercado de segurança e privacidade para a oferta de sua solução “Carteira de Contratos”, destinada para assinatura desses documentos digitalmente, além de fazer importantes contatos com parceiros potenciais em mercados estratégicos como Alemanha, Espanha, Itália, Polônia, Hungria, França, Suíça e Portugal.

O Brasil está liderando as inovações neste segmento, e das cerca de 80 empresas com as quais os principais executivos da empresa conversaram, 18 mostraram-se extremamente interessadas em levar o portfólio para os seus respectivos países. A Comprova.com é especializada em soluções de validação jurídica de documentos usando o meio digital.

“Confiança digital foi referência na CeBIT 2012 e o principal tema deste que é um dos maiores evento de tecnologia do mundo”, afirma Marcos Nader, CEO da Comprova.com. “O Brasil tem uma legislação desde 2001 que permite às empresas e pessoas se relacionarem na Internet com confiança e valor jurídico, por meio da certificação digital ICP-Brasil. Desde 2003 estamos habilitando bancos, seguradoras e até pequenas empresas a assinarem contratos digitais e enviarem emails com valor jurídico”, explica o executivo.

A também paulista STA Holding (www.staholding.com) fechou um contrato no valor de U$ 250 mil com a espanhola BTG. A empresa, que participa pela terceira vez da CeBIT, comercializou a plataforma SAT (Sales Administration Tool), ferramenta que consolida análises financeiras.

“Nas outras edições estivemos na CeBIT com o objetivo de expor nossa empresa institucionalmente. Não havia pretensões de negócios, mas o saldo de nossas participações foram sempre muito positivos”, relata Luiz Pimental, presidente da STA Holding. Em 2010 e 2011, a empresa deixou a Alemanha com contratos fechados com companhias brasileiras.

Pimentel aponta o fator presencial proporcionado pelas feiras internacionais como a melhor estratégia para fomentar negócios. “É extraordinário. Aqui tenho a oportunidade de encontrar com diretores de grandes empresas e iniciar ótimos relacionamentos que podem gerar futuras parcerias”, destaca.

A estreia da gaúcha Ibrowse Consultoria (www.ibrowse.com.br) em eventos intencionais rendeu para a companhia o acordo com uma empresa da República Dominicana de uma prova de conceito de sua tecnologia. A gaúcha, que integra a delegação brasileira na CeBIT 2012, trabalhará na validação da ferramenta e testará a sua capacidade de entrega ainda no mês de março.

Com a aprovação da concessão do sistema de missão crítica em Oracle Forms para o ambiente Java, a empresa brasileira deve faturar em torno de US$ 2,5 milhões. “O mercado europeu é promissor e durante a feira isso ficou mais evidente, pois interagimos fortemente com países como a Arábia Saudita, França, Portugal e Espanha”, comemora Paulo Justino, chief security officer (CSO) da Ibrowse.

Também estreando na CeBIT, a carioca Kali Software (www.kalisoftware.com), especializada em consultoria e desenvolvimento de software, firmou um projeto-piloto com a consultoria alemã Epcot. O objetivo é testar e ajustar processos e tecnologias e alinhar metodologias de qualidade e avaliar a capacidade da Kali de atender as demandas dos clientes da Epcot. “A ideia é que passemos a atuar como fábrica de software a partir do Brasil”, resume seu chief executive officer, Marcos Kalinowski.

No esforço para divulgação do atual estágio de desenvolvimento da indústria brasileira de TI, o País participou de dois eventos paralelos à CeBIT 2012 promovidos em conjunto pela SOFTEX, Brasscom e Bitkom, associação alemã de empresas de TI: o German-Brazilian ICT-Summit e o German-Brazilian Workshop.

“Nossas expectativas para a CeBIT 2012 foram superadas. O número de contatos internacionais foi alto e qualificado. Embora o ciclo de venda de soluções de software seja longo, podendo superar até um ano, projetamos um volume de negócios da ordem de US$ 60 milhões para a nossa delegação nos próximos 18 meses”, conclui Djalma Petit.

O projeto de participação do Brasil na CeBIT, este ano pela primeira vez com o status de país parceiro, é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério das Comunicações (MinCom), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e Embratur. A coordenação e organização da presença nacional foi delegada pelo Governo Federal à SOFTEX.

A CeBIT - Organizada pela Deutsche Messe AG, que tem a Hannover Fairs do Brasil como sua subsidiária no País, e combinando feira, conferências, palestras, encontros corporativos e salas de negócios, a CeBIT foi idealizada como um evento único. No ano passado, a mostra recebeu 4.200 empresas, de 70 países, e foi visitada por mais de 330 mil profissionais.

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