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14/03/2012 - 10:36

Conviva com a incontinência urinária

Hospital São Luiz conta com centro específico para tratar da doença que afeta principalmente mulheres.

Os dados do International Continency Society (ICS) confirmam que 20% da população mundial sofrem de incontinência urinária, e depois da menopausa esse número chega aos 40%. Apesar dos casos aumentarem à medida que a mulher envelhece, pela presença de fragilidade tecidual, a doença pode ser revertida, desde que haja acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada por ginecologista, urologista, fisioterapeuta e psicólogo.

A incontinência é um problema que causa desconforto. Tosse, espirro e atividade física são sinônimos de insegurança para mulheres que sofrem dessa doença, pois mesmo pequenos esforços podem causar perda urinária, ainda que em pequenas quantidades. “A incontinência é condição frequente e suas consequências são devastadoras na vida da paciente e de seus familiares”, diz a ginecologista do Control - Centro de Controle dos Distúrbios Urinários e Fecais da unidade Itaim do Hospital São Luiz, dra. Ivani Kehdi.

Explica a médica que o primeiro passo para enfrentá-la é ter a consciência de que a incontinência não é algo normal, mesmo que a mulher tenha idade avançada. O diagnóstico deve ser feito por meio da avaliação das queixas e dos sintomas da paciente, de exame clínico e de teste urodinâmico. Este exame permite, através de sensores colocados na bexiga, registrar em um software as pressões de perda urinária e a atividade do músculo detrusor (músculo da bexiga), bem como acompanhar a fase de esvaziamento da bexiga. Após a realização deste exame, somando-se os dados trazidos pela paciente e o exame clínico, é realizado diagnóstico definitivo e a correta indicação do tratamento.

Tratamentos disponíveis -Há muitos tratamentos eficazes para a incontinência urinária. Os mais conservadores, como a fisioterapia especializada, apresentam 70% de bons resultados. “Este deve ser sempre o primeiro tratamento, exceto para casos mais graves de incontinência urinária ou com prolapsos (queda de órgãos genitais) onde a cirurgia é obrigatória”, completa Ivani. Nos demais casos a fisioterapia pode ser utilizada, com exercícios perineais, estímulos elétricos (eletroestimulação) ou treinamento muscular (biofeedback).

Com objetivo de tratar a Incontinência urinária, fecal e prolapsos genitais como um todo, o Hospital e São Luiz Unidade Itaim montou o primeiro Centro de Controle dos Distúrbios Urinários e Fecais – o Control. A área fica na Unidade Itaim e é coordenada por Dra. Ivani Kehdi, a qual chefia uma equipe multidisciplinar, composta por uroginecologistas, proctologistas, fisioterapeutas e psicólogos.

Outro diferencial do Control é dedicar uma equipe feminina e parte de seu espaço, exclusivamente, para o atendimento às mulheres, sexo que reúne a maior incidência destes tipos de distúrbio e tem certo constrangimento em dividi-lo com os homens.

“É impossível separar estes distúrbios uma vez que todos são causados por problemas no assoalho pélvico”, diz a médica. As estruturas musculares (assoalho pélvico) sobre as quais repousam órgãos como bexiga, uretra, reto e útero podem sofrer agressões e traumas por diversos fatores, levando ao deslocamento e roturas de tecidos que são responsáveis pela continência de urina e/ou fezes.

A incontinência urinária e a queda de órgãos genitais afetam, na maioria das vezes, o sexo feminino em decorrência da maior fragilidade do assoalho pélvico, além de no parto haver a possibilidade de traumatismos na região gerando, assim, o deslocamento dos órgãos. No entanto, medidas simples são grandes aliadas para a prevenção desse problema.

Cinco dicas da especialista para prevenir a incontinência urinária: .Evitar o ganho de peso em excesso para não pressionar e sobrecarregar a região do assoalho pélvico | .Procurar orientação de um fisioterapeuta especializado em assoalho pélvico antes de iniciar esporte ou atividade física de impacto |.Não exagerar no peso de determinados tipos de exercício na academia, como leg press, agachamento e abdominal com grande número de repetições e inclinação |.Antes de engravidar, realizar treinamento perineal com fisioterapeuta, com a finalidade de prevenir possíveis lesões no parto e ajudar na recuperação após dar à luz |.Mulheres com tosse crônica devem deixar de fumar, evitando chance de descida do útero e da bexiga.

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