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14/03/2012 - 11:16

Focus: mercado torna a ajustar Selic para baixo e IPCA para cima

Segundo a pesquisa Focus, a expectativa mediana para o IPCA em 2012 avançou de 5,24% para 5,27% na semana passada (o maior patamar desde o início de fevereiro), ao passo que a projeção mediana para 2013 continuou em alta, passando de 5,20% para 5,30%.

No mesmo sentido, avançaram as medianas para o IPCA das instituições Top 5 de curto prazo (de 5,19% para 5,30%) e de médio prazo (de 5,12% para 5,30%).

A mediana suavizada das projeções para o IPCA nos próximos 12 meses, por sua vez, subiu de 5,31% para 5,36% nesta última leitura do Focus. As projeções para os IGPs também aumentaram: a mediana do IGP-DI avançou para 5,07% (ante 5,02% na semana passada), enquanto que a do IGP-M subiu de 5,17% para 5,30%.

A mediana das expectativas para o crescimento do PIB ficou estável em 3,30% para 2012, mas subiu de 4,15% para 4,20% para 2013. Já as projeções para a produção industrial recuaram em 0,5 ponto percentual para 2012 (de 2,77% para 2,27%) e ficaram estáveis em 4,20% para 2013. Os números mais recentes da indústria revelam que o setor continuará a apresentar desempenho fraco no primeiro trimestre, em razão dos estoques elevados em alguns segmentos. Tal comportamento também fez a LCA revisar para baixo a projeção para o crescimento da produção industrial em 2012, que passou de 2,50% para 2,00%.

Para a taxa de câmbio, as projeções ficaram estáveis em R$ 1,75 para 2012 e 2013.

No tocante aos próximos passos da política monetária, após a última decisão do Copom, o mercado passou a projetar queda maior do juro básico. A expectativa mediana indica agora que a taxa Selic deverá recuar para 9,00% no encerramento deste ano (50 pontos-base a menos do que o projetado na semana passada). A curva para 2013 também foi ajustada para baixo em 50 p.b., mas ainda sugere que o BC terá que tornar a apertar as condições monetárias e subir o juro básico em 100 p.b., para 10,00%. As projeções mensais apontam para mais dois cortes de 50 p.b. nas próximas reuniões de abril e maio e, a partir do início de 2013, um ajuste gradual da taxa básica, com uma elevação de 50 p.b. e duas de 25 p.b. (até 10,00%).

Na reunião da última 4ª-feira, dia 07, o Copom intensificou o ritmo de cortes da taxa Selic, ao reduzi-la em 75 pontos-base, para 9,75% ao ano. Embora diferente da projeção da LCA, que era de manutenção do ritmo de corte em 50 pontos-base, a decisão não chegou a surpreender a LCA (e tampouco o mercado), pois a determinação de conter o fluxo de divisas e, a reboque, a apreciação cambial parece explicar uma redução mais rápida da taxa básica de juros.

O corte mais agressivo é respaldado, principalmente (i) pela desaceleração da inflação corrente, (ii) pelo fraco desempenho dos mercados de crédito no começo do ano, (iii) pela aguda retração da atividade industrial nos últimos meses e (iv) pela moderação nas expectativas de reativação da economia chinesa.

A LCA continua, por ora, a avaliar que a Selic será reduzida para 9% ao ano até a reunião do Copom de 30 de maio – o que significa que a LCA antevê mais dois cortes do juro básico, em razão decrescente: um corte de 50 pontos-base em 18 de abril e outro de 25 pontos-base em 30 de maio.

Essa projeção de um ritmo decrescente de corte da Selic daqui por diante está amparada na perspectiva de que a atividade doméstica ganhará algum fôlego a partir do 2º trimestre, em contexto de gradativa diluição dos focos de incerteza externa.

Evidentemente, o risco de que esta melhora das expectativas (externa e doméstica) venha a se frustrar ainda é relevante – de forma que, vistas de hoje, as chances de a Selic ser reduzida para abaixo dos 9% (que ora a LCA projeta no cenário base) são claramente maiores que as chances de o ajuste monetário ser abreviado.

LCA -Presente no mercado há 16 anos, a LCA é uma das mais respeitadas e atuantes consultorias econômicas do país. Com uma equipe de mais de 70 especialistas em economia, conta com ampla experiência em inteligência de mercados, economia do direito, investimentos e finanças corporativas, análises macroeconômicas e políticas. Além da expressiva atuação nacional, hoje a LCA atende clientes internacionais e já exportou sua tecnologia e produtos para mais de dez países da Europa, Américas e Ásia.

Entre os clientes da LCA estão empresas líderes de bens de consumo e de produção, players de destaque nos serviços e no varejo, os principais escritórios de advocacia, bancos, instituições financeiras e grandes investidores em infraestrutura.

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