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14/03/2012 - 12:20

Anfape discorre sobre estudo que traduz o relacionamento do reparador com a montadora

Associação enfatiza a importância da atuação das independentes, frente às necessidades dos consumidores.

É fato, o reparador exerce grande influência na venda de carros, formação de preços e mercado de usados. Além disso, a maior parte dos proprietários, cerca de 80%, prefere o mecânico de confiança no momento da manutenção. Com base nesses dados, a CINAU – Central de Inteligência Automotiva – realiza há dez anos pesquisa que mensura a percepção dos profissionais das oficinas independentes sobre os fabricantes e seus produtos.

Recentemente foi publicada a última edição do estudo de mercado “Imagem das Montadoras”, resultante da coleta de dados realizada em novembro e dezembro de 2011. Foram consultados 1,5 mil reparadores de oficinas independentes do país. O objetivo foi avaliar a relação dessas oficinas com as montadoras, levando em conta a percepção desses profissionais sobre o veículo do cliente e a empresa em questão.

Segundo o sindipeças – sindicato nacional da indústria de componentes para veículos automotores – os clientes das independentes somam 80% da frota circulante, ou seja, 25.993.912 veículos de passeio e utilitários leves para uma população estimada em 32.492.390 veículos.

“É comum, basicamente clichê, os clientes consultarem reparadores de confiança para obterem informações sobre o carro. Obviamente, esses profissionais cumprem um papel determinante no momento da compra”, diz Roberto Monteiro, diretor executivo da Anfape – Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças. Segundo o executivo, essa relação se dá mais pela qualidade do atendimento prestado, do que pelo preço oferecido ao cliente.

O estudo aponta que o veículo mais recomendado, com menor desvalorização, é o Celta, da GM. Já o menos recomendado, com maior desvalorização, é o Ford Fiesta, da montadora FORD. “Um dos fatores da desvalorização é a grave situação do desabastecimento no país. As montadoras perdem mercado quando há dificuldade em encontrar peças de reposição”, explica Monteiro.

Desta explicação ressalta-se também a preferência dos donos de veículos por oficinas independentes. De acordo com a pesquisa, as montadoras FIAT, FORD e Volkswagen – que buscam eliminar a concorrência no mercado, com ação junto a Anfape – possuem cerca de 70% da frota frequentando o mercado independente.

A FIAT lidera o ranking. São 2.985.408 carros atendidos por ano pelas oficinas independentes. A Volskwagen contabiliza 2.466.816, seguida pela FORD, com 1.261.440. “Agora, imagine, todos esses consumidores sem direito de escolha, tendo que, obrigatoriamente, se dirigir as concessionárias para aquisição de peças de reposição. Certamente, seria o caos e o desabastecimento agravado, pois as empresas independentes sustentam a sobrevivência desses veículos”, pontua Monteiro.

Há muitos fabricantes independentes sérios, que atuam neste mercado há mais de 40 anos, possuem qualidade, marca própria, garantia e seguem rigorosos padrões de excelência, o que é muito diferente da imagem que as montadoras tentam propagar sobre essas empresas.

Perfil da Anfape [www.anfape.org.br] -A Anfape – Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças - surgiu com o intuito de representar e fortalecer o setor de reposição independente de autopeças no Brasil. Desde a sua constituição, em 2007. A entidade tem buscado reverter às ações de algumas grandes montadoras de automóveis que se valem do expediente de registrar os componentes visuais de seus veículos (capôs, para-lamas, para-choques, faróis, retrovisores etc.) como desenhos industriais com o propósito de inibir a atuação dos independentes no segmento de reposição, o que se dá por meio da proibição da produção e da comercialização das peças.

No início de 2007, a Anfape formulou uma representação junto ao Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência – CADE denunciando a conduta das montadoras FIAT, FORD e Volkswagen. Tal iniciativa teve como objetivo assegurar às empresas do mercado independente de autopeças o direito de produzirem e comercializarem itens visuais dos veículos. A Associação considera que as montadoras utilizam seus registros de desenhos industriais de peças automotivas de forma abusiva, o que configura conduta contrária à ordem econômica brasileira.

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