Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

16/03/2012 - 07:50

O mesotelioma de peritôneo

O mesotelioma é um câncer originário na camada do mesotélio. Essa camada existe nas cavidades do corpo. No pulmão, é chamada de pleura. No coração, de pericárdio. No abdome, denomina-se de peritôneo.

É um câncer raro, especialmente na cavidade abdominal. A incidência do mesotelioma maligno nos Estados Unidos, por exemplo, é de apenas 2,2 casos por um milhão de pessoas. Desses, apenas 20 a 40% são de origem peritoneal.

As causas -São multifatoriais, geralmente com componente genético e externo. A causa externa mais conhecida é a exposição ao asbesto (amianto), que está relacionada com mais de 80% dos casos de mesotelioma, especialmente na pleura. O tempo entre a exposição e o surgimento da doença é de 3 a 4 décadas.

Sintomas -Os pacientes com mesotelioma peritoneal podem ter dor abdominal e sinais relacionados à obstrução do trânsito intestinal. Pode haver perda repentina de peso. A formação de líquido na cavidade abdominal (ascite) também pode ocorrer.

Diagnóstico -Exames radiológicos (como tomografia computadorizada e ressonância magnética) são importantes para quantificar o tamanho da doença, mas o diagnóstico de certeza demanda a realização de biópsia (retirada de um fragmento a ser analisado pelo médico patologista). Testes de imunohistoquímica na peça biopsiada são frequentemente necessárias.

Tratamento - Devido à raridade da doença, não existem grandes estudos publicados que comparem as diferentes modalidades terapêuticas. Sabe-se que o mesotelioma apresenta resistência a vários medicamentos e a quimioterapia convencional traz pouco resultado. Algumas drogas, como pemetrexed, têm alguma ação e são usadas no manejo da doença.

Atualmente, uma das condutas terapêutica mais sofisticadas é a associação da peritonectomia (cirurgia de retirada da maior quantidade de peritôneo) com quimioterapia intraoperatória (dentro da cavidade). Pois, na maioria das vezes, o mesoteioma maligno do peritôneo é descoberto em sua fase já avançada, dificultando a sua retirada completa.

A quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (usando medicamentos aquecidos em 41 a 42°C) aumenta o acesso de algumas drogas no tumor, evitando os efeitos colaterais do tratamento venoso.

Uma das características da doença é seu padrão recidivante. Cada vez que a doença retorna, o plano terapêutico é reavaliado no sentido de identificar a melhor alternativa em cada cenário.

Perfil-Stephen Doral Stefani é oncologista clínico do Instituto do Câncer Mãe de Deus. Graduado em 1994 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com residência médica em Clínica Médica e em Oncologia Clínica (Hospital de Clínicas de Porto Alegre). Dr. Stephen fez parte de seu treinamento na University of California San Francisco (UCSF) em um programa conjunto com Stanford. No Instituto do Câncer Mãe de Deus, exerce atividades assistenciais, de ensino e pesquisa. Uma de suas áreas de mais publicações é em farmacoeconomia e estudos de desfechos. É presidente do capítulo Brasil da International Society of Phamacoeconomics ans Putcome Research (ISPOR) e chair do comitê latinoamericano de políticas de saúde. Membro ativo da American Society of Clinical Oncology (ASCO).

O Instituto do Câncer Mãe de Deus -O Instituto do Câncer Mãe de Deus foi criado em 2004, com a intenção de expandir a cultura e a tradição oncológica para outras áreas fundamentais como a radioterapia, a cirurgia oncológica, a hematologia, o banco de sangue, a psicologia, a enfermagem, a farmácia, a nutrição, a fisioterapia e todas as outras áreas que fazem parte da complexa estrutura necessária para oferecer um atendimento de ponta e abranger todas as necessidades do paciente e de sua família.

A história mais recente do ICMD revela a inclusão de um qualificado grupo de cirurgiões oncológicos, em 2005, e do Centro de Oncologia Radioterápica, em 2007, além da aquisição do único aparelho PET-CT (Position Emission Tomography) do Estado, equipamento que une os recursos diagnósticos da Medicina Nuclear (PET) e da Radiologia (CT). Essas medidas implantadas pelo Instituto visam atender todas as três áreas básicas na abordagem terapêutica do câncer e oferecem o melhor tratamento e acompanhamento disponível atualmente no que se refere a essa patologia. [www.institutodocancer.com.br ].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira