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17/03/2012 - 07:22

Desoneração do IPI eleva vendas do varejo nos três primeiros meses de 2012

De acordo com o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), a expectativa é que as vendas de março cresçam 6,5%, impulsionadas, principalmente, pela desoneração do IPI para os produtos de linha branca, que auxiliou muitas das redes varejistas a um crescimento global de vendas.

O mercado varejista estima que as vendas em março tenham uma alta de 6,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esta é a projeção do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), que já havia previsto e, posteriormente, constatou altas de 6,5% e 7,4% nas vendas de janeiro e fevereiro, respectivamente. Um dos fatores que influenciaram fortemente este crescimento foi a desoneração do IPI para os eletrodomésticos de linha branca, implantada pelo governo em dezembro do ano passado.

Ainda de acordo com o estudo, as vendas de abril e maio estão indicando uma redução da taxa de crescimento em relação aos meses anteriores, o que preocupa o IDV, pois, em geral, são períodos considerados bons para o varejo. O IAV-IDV aponta que o crescimento das vendas em abril será de 6,2% e em maio, de 5,6%. “Por isto, é fundamental que o governo mantenha essa desoneração do IPI para os eletrodomésticos de linha branca por mais seis ou 12 meses, uma vez que este decreto deixará de vigorar após 31 de março. O IDV está justamente demonstrando junto ao governo a necessidade de que ele seja renovado”, explica o presidente do instituto, Fernando de Castro. “Seria importantíssimo que essa medida pudesse ser estendida para outros setores de bens duráveis, que são fortes alavancadores de vendas e de atividade econômica em geral, tais como móveis, materiais de construção e artigos eletrônicos”, completa Castro.

Um dos setores mais otimistas é o de bens duráveis, em particular o de equipamentos de informática, com projeção de crescimento de 9,5% em março, em relação ao mesmo período do ano passado. “Este segmento foi o destaque em 2011 e deve continuar em alta, mais uma vez, impulsionado pelo bom momento do mercado de trabalho, baixo nível de desemprego, o menor desde 2002, crescimento da massa salarial, forte expansão do crédito e, finalmente, pela alta confiança do consumidor”, analisa o economista do IDV Rodolfo Manfredini. As projeções de crescimento deste segmento para abril e maio são de 9% e 9,3%, respectivamente.

Com o baixo crescimento do PIB em 2011, que cresceu 2,7%, e a meta do governo era atingir pelo menos 3%, Manfredini defende que sejam lançadas diversas medidas de estímulo ao consumo. “A tendência é que a taxa Selic, que hoje está em 9,75%, continue caindo para alavancar o investimento e o consumo. Além disso, a crise europeia de 2011 trouxe muitas incertezas para os agentes econômicos, mas agora tudo parece estar se acertando. Portanto, deveriam ser tomadas medidas pelo governo para que este ano seja melhor do que o último e, assim, permitir que o varejo continue auxiliando o crescimento acelerado do PIB, ou seja, crescendo acima da média e impulsionando-o pelo nono ano consecutivo”, comenta Manfredini.

De acordo com o IAV-IDV, o crescimento dos bens não-duráveis, como supermercados, hipermercados, farmácias, drogarias, perfumarias e alimentação fora do lar, deverá apresentar uma desaceleração no início deste ano, passando de 8,7% em fevereiro para 4,7% em março, como reflexo de uma ligeira queda da taxa de crescimento do PIB e o descolamento do período do carnaval deste ano em relação a 2011. Para os próximos dois meses, a expectativa é de que a taxa de crescimento se reduza ainda mais para 3,1% e 2,6%, respectivamente, em relação aos mesmos períodos do ano passado.

O IAV-IDV ainda apontou que o setor de bens semiduráveis (vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos) começou o ano bem melhor do que 2011. A expectativa de crescimento para março é de 7,3%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Para abril e maio, as projeções de crescimento nas vendas são de 10,2% e 8,2%, respectivamente.

Os resultados da economia brasileira em 2011 demonstraram que o varejo faturou R$ 776 bilhões, excluindo veículos e peças automotivas, e que em 2012 trabalhará para ultrapassar a marca dos R$ 800 bilhões. Além disso, pelo oitavo ano consecutivo, as despesas de consumo das famílias brasileiras aumentaram. O crescimento deste setor foi de 4,1%, superando o do PIB, o que reforça estas expectativas do varejo.

“O varejo teve um papel fundamental no crescimento do PIB, pois expandiu sua rede de atendimento para viabilizar a incorporação da nova classe média emergente ao mercado de consumo, permitindo, rapidamente, a incorporação dessas classes ao mercado e também realizando grandes investimentos em novas lojas, equipamentos, estoques de produtos, inovação e tecnologia. Além disso, as redes varejistas reduziram os preços dos produtos, levando a estes consumidores os bens que tanto aspiravam ao preço que tinham condições de pagar, e desenvolveram e criaram novos produtos, adaptados ao gosto deste público. O varejo tornou-se o modernizador dos hábitos de consumo desta nova classe. Muitos fatores contribuíram para este crescimento do varejo acima da média registrada pelo PIB. Um deles é que as empresas varejistas se prepararam para atender a esta demanda de consumo, o que acabou, por consequência, sendo elemento importante na geração de empregos. Em 2011, o comércio criou 460 mil novos postos de trabalho”, conclui Castro.

IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas) -Criado em outubro de 2007, o IAV-IDV é um índice que consolida a evolução das vendas efetivamente realizadas pelos associados do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), com o intuito de projetar expectativas para os próximos meses e, assim, servir de base de informação para a tomada de decisão dos executivos do varejo.

Para se chegar aos números apresentados pelo IAV-IDV, as empresas associadas reportam seus próprios resultados e suas expectativas sobre vendas no futuro. Em seguida, estas respostas são ponderadas de acordo com o respectivo porte de cada empresa, para que se alcance indicadores como o volume de vendas e o faturamento nominal. Os dados extraídos pelo indicador têm permitido uma visualização mais ampla do comportamento do mercado para um período futuro de até três meses.

Perfil - O IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) representa 35 empresas varejistas de diferentes setores, como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados. Atuante em todo o território nacional, o IDV tem como principal objetivo contribuir para o crescimento sustentável da economia brasileira, além do desenvolvimento do varejo ético e formal.

As empresas associadas: Bob´s, BR Home Centers, C&A, C&C Casa e Construção, Decathlon, DPaschoal, Drogasil, Droga Raia, Fnac, Fototica, Grupo Dimed-Panvel, Grupo Pão de Açúcar, Insinuante, Itapuã Calçados, Kalunga, Leo Madeiras, Leroy Merlin, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Lojas Cem, Lojas Leader, Lojas Renner, Lojas Riachuelo, Lojas Marisa, Magazine Luiza, mmartan, O Boticário, Pernambucanas, Polishop, Quero-Quero Casa e Construção, Ráscal, Telhanorte, Tok&Stok, Walmart e GS&MD- Gouvêa de Souza.

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