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22/03/2012 - 11:09

Tratamento antecipado das enfermidades cardíacas permite uma maior qualidade de vida para portadores da Síndrome de Down

Maria Laura teve uma gestação normal e os exames indicavam que Laura Stefany era uma criança saudável. Somente após o parto, durante uma consulta de rotina, Maria Laura soube que a filha apresentava problemas no coração e que era portadora da Síndrome de Down. Foi o início da rotina de exames, e internações. Hoje, aos 8 meses de vida, a menina foi submetida a uma cirurgia cardíaca.

“Podemos dizer que a Laura é um milagre. Ela já teve duas pneumonias e algumas internações e recentemente foi operada. Nossa filha é pequena, mas é muito forte. O que queremos é que nossa filha possa levar uma vida feliz”, disse a mãe. A criança ainda não tem previsão de alta médica, pois precisa ganhar peso e voltar a se alimentar de leite materno.

Cerca de 45% dos portadores de Síndrome de Down nascem com cardiopatias desabilitantes. Desde 2009, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) vem dando a muitas crianças brasileiras a chance de ter um futuro mais saudável, com menos limitações, graças a um programa de atenção que dá prioridade cirúrgica aos portadores da Síndrome, preferencialmente no primeiro ano de vida. Foi o caso da pequena Laura.

Com o programa, os pequenos pacientes que necessitam de cirurgias cardíacas ficam em um leito reservado onde aguardam uma brecha para ter prioridade na cirurgia. Em caso de um imprevisto em qualquer outra operação marcada - como uma infecção, alteração vascular, falta de sangue compatível - o portador da Síndrome é imediatamente encaixado no lugar.

Quem tem problema cardíaco por causa da Síndrome de Down precisa passar pela cirurgia entre seis meses e um ano de idade porque as enfermidades do coração podem causar insuficiência cardíaca, desnutrição pela própria cardiopatia, entre outros problemas que poderm ser evitados com intervenção precoce.

“A identificação e o tratamento antecipado das enfermidades cardíacas permitem uma maior qualidade de vida, além da possibilidade de maior convívio social. Essa é uma ação importante para eles, para suas famílias e para a sociedade”, exalta o chefe do serviço de Cardiologia da Criança e do Adolescente do INC, Luiz Carlos Simões. “O programa permitiu aos profissionais que fazem atenção à criança cardíaca identificar e desenvolver ações que nos permitam atender hoje com mais qualidade ainda este grupo especial de pacientes. Aprendemos todos os dias as saborosas vitórias de ajudar uma criança com Síndrome de Down”.

Dentre as crianças operadas no INC nos últimos anos, o problema cardíaco mais observado foi o Defeito do Septo Atrioventricular (DSAV), uma má-formação congênita do coração que se apresenta nas categorias parcial, intermediária ou total. O sangue oxigenado das câmeras cardíacas esquerdas passa para as câmeras direitas misturando o sangue rico em oxigênio com o sangue pobre que vai para os pulmões. Isso gera um aumento na quantidade de sangue para os pulmões e, como parte dele é ejetado pelo coração, retorna inadequadamente e acaba por sobrecarregar o coração.

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