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22/03/2012 - 11:48

Focus: mercado aposta em Selic a 9,0% já em abril

Segundo a pesquisa Focus, a expectativa mediana para o IPCA de 2012 se manteve em 5,27% na semana passada. A projeção mediana para 2013 também permaneceu estável, em 5,50%.

Foram mantidas também as medianas para o IPCA das instituições Top 5 de curto e médio prazo, ambas em 5,30%.

A mediana suavizada das projeções para o IPCA nos próximos 12 meses, por sua vez, subiu de 5,36% para 5,37% nesta última leitura do Focus. Foi a 4ª semana consecutiva de alta. As projeções para os IGPs também subiram: a mediana do IGP-DI avançou de 5,07% para 5,31%, enquanto a do IGP-M subiu de 5,30% para 5,32%.

A mediana das expectativas para o crescimento do PIB ficou estável tanto para 2012 (3,30%), como para 2013 (4,20%). Já as projeções para a produção industrial recuaram uma vez mais: para 2012, de 2,27% para 2,03%; e para 2013, de 4,20% para 4,05%.

A mediana das projeções para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 1,75 para 2012, mas subiu para R$ 1,80 para 2013 (ante R$ 1,75 na semana passada).

No tocante aos próximos passos da política monetária, o mercado projeta mais um corte de 75 pb do juro básico. A expectativa mediana indica que a taxa Selic deverá recuar para 9,00% no encerramento deste ano. Para 2013, a expectativa mediana é que o BC terá que tornar a subir o juro básico em 100 p.b., para 10,00%. As projeções mensais apontam para mais um corte derradeiro de 75 p.b. na próxima reunião de abril e, a partir do início de 2013, um ajuste gradual da taxa básica, com uma elevação de 50 p.b. e duas de 25 p.b. (até 10,00%). Antes da reunião do Copom da semana passada, o mercado contava com a manutenção do ritmo de cortes da Selic em 50 pb.

Na ata do ultimo Copom, o BC não poderia ter sido mais explícito: foi praticamente anunciado onde acaba o ciclo de afrouxamento monetário em curso. A aceleração no ritmo de cortes da Selic foi justificada como uma “redistribuição temporal do ajuste total das condições monetárias”. Ou seja, indica que o Copom não mudou sua avaliação quanto ao ajuste total a ser implementado na taxa básica de juros, mas julgou conveniente implementá-lo com maior rapidez.

A desaceleração da economia brasileira, “maior do que se antecipava” e a situação externa ainda delicada foram os principais motivos apontados para essa mudança na velocidade de implementação do ajuste monetário. Além disso, o Copom afirma no parágrafo 35 que atribui “elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando”.

O mínimo histórico da Selic foi de 8,75%, atingido durante a crise global de 2008. Ou seja, a autoridade parece indicar claramente que considera como ajuste total a redução do juro básico para 9% ao ano. A ata do Copom, portanto, reforça o nosso prognóstico de que o ajuste monetário será interrompido quando a Selic chegar a 9% ao ano.

A LCA continua a avaliar que o ajuste restante será promovido com dois cortes adicionais: um de 50 pontos-base, em 18 de abril; e outro de 25 pontos-base, em 30 de maio. Não se deve descartar totalmente, porém, a possibilidade de o ajuste remanescente ser realizado de uma só vez, através de um derradeiro corte de 75 pontos-base, já na próxima reunião do Copom (agendada para 18 de abril).

Os modelos de inflação do Banco Central apontam estimativas do IPCA em elevação e acima do centro da meta para 2013. Isso sugere que são relevantes as chances de que uma parte do ajuste monetário em curso possa ser revertida mais adiante – embora a LCA continue a avaliar que, caso julgue necessário apertar as condições monetárias mais à frente, o BC privilegiará a adoção de medidas alternativas ao aumento do juro básico.

LCA -Presente no mercado há 16 anos, a LCA é uma das mais respeitadas e atuantes consultorias econômicas do país. Com uma equipe de mais de 70 especialistas em economia, conta com ampla experiência em inteligência de mercados, economia do direito, investimentos e finanças corporativas, análises macroeconômicas e políticas. Além da expressiva atuação nacional, hoje a LCA atende clientes internacionais e já exportou sua tecnologia e produtos para mais de dez países da Europa, Américas e Ásia.

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