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22/03/2012 - 12:02

Corinthians investe no polo à cavalo para atingir classe A

Com investimento previsto de R$ 3,5 milhões, projeto prevê receitas com a comercialização de produtos relacionados à equipe; grife premium Doc Dog fecha contrato para fornecimento de material esportivo.

Apesar de ser reconhecido como o time do povo, o Sport Club Corinthians Paulista, em parceria com o empresário Felipe Rodrigues, inova ao criar sua equipe profissional de polo, o Corinthians Polo Team. Com a iniciativa, a intenção do clube paulista é atender a demanda da torcida classe A e possibilitar a difusão da modalidade no Brasil. “Hoje, o polo ainda carece de maior visibilidade, mesmo já tendo conquistado resultados expressivos, como o vice-campeonato no último campeonato mundial realizado na Argentina, em 2011”, afirma Rodrigues.

Para acontecer todo esse desenvolvimento no esporte, o novo projeto nasce com uma gestão profissional. Com investimento previsto de R$ 3,5 milhões por temporada, o Corinthians Polo Team terá licença de três anos para explorar a imagem do clube de Parque São Jorge com as receitas sendo divididas entre as duas partes. O time terá todas as partidas transmitidas pela TV Corinthians e também está em vias de finalizar a negociação com outra emissora esportiva da TV fechada. Já as receitas deverão partir da cota do patrocínio master da camisa, que se encontra em estágio avançado de negociações, e a arrecadação com a comercialização de produtos relacionados a nova equipe.

“Dados internos do clube revelam que o maior contingente de torcida de classe A no Brasil, cerca de 20%, são corintianos. São aproximadamente seis milhões de torcedores com alto potencial de consumo. Para atingir esse nicho e, paralelamente, difundir o esporte e a marca Corinthians no Brasil e também internacionalmente, decidimos por em prática esse projeto”, argumenta Felipe Rodrigues, que acumulará a função de jogador e coordenador do projeto.

Com fornecimento de material esportivo a cargo da grife premium Doc Dog, o projeto pretende comercializar itens como camisas de jogos, calças, botas, joelheiras, tacos, bolas, capacetes e óculos de proteção nas lojas oficiais do clube e pontos de venda no segmento equestre nacional. No futuro, a intenção é que os artigos esportivos do time de polo também sejam vendidos na Argentina, país com maior tradição no esporte e uns dos principais mercados no segmento, conta Rodrigues. “A fiel torcida é muito ávida por consumir produtos do Corinthians. Vamos disponibilizar ao torcedor corinthiano a oportunidade de ter mais itens com o símbolo de sua equipe, garantindo a divulgação do esporte, a iniciação de novos adeptos e principalmente a popularização da modalidade por meio dos diversos veículos de comunicação disponibilizados pelo clube”, complementa.

O empresário explica que, além dos itens de jogos, também será desenvolvido uma coleção de roupas voltada para o público feminino e infantil, que estará disponível para comercialização a partir do segundo semestre de 2012. “Esta coleção retratará todos os momentos dos jogadores, sejam em práticas esportivas ou casuais”, afirma.

A equipe, que já nasce estruturada no mais alto nível de profissionalismo dentro da modalidade no País, focará neste ano sua participação em campeonatos de diversas categorias do calendário nacional, que é disputado entre os meses de abril e outubro. A partir de 2013, o plano é ingressar também em torneios internacionais, revela Felipe Rodrigues. “Esperamos superar as expectativas do Corinthians e dos patrocinadores com os resultados dentro e fora de campo. A nossa ideia, inclusive, teve como espelho outros tradicionais times populares de futebol, casos de Boca Juniors e Barcelona, que também tiveram a mesma iniciativa e formaram projetos semelhantes no polo. Já estamos com conversas adiantadas para realizar amistosos internacionais com os ambos os clubes ainda em 2012”.

Para garantir o nível de competitividade e fortalecer tecnicamente a base do Corinthians Polo Team, os mentores do projeto Luis Paulo Rosenberg, atual vice-presidente do Corinthians, e Felipe Rodrigues, finalizaram recentemente a contratação do atleta profissional e técnico da seleção brasileira de polo Calão Mello, que vai acumular a função de manager e jogador. Com experiência de mais de 15 anos nos gramados nacionais e internacionais, inclusive sendo capitão da seleção brasileira em três campeonatos mundiais, além de seu desempenho e experiência como técnico na última edição do mundial, deverá garantir a formação de uma base sólida para os diversos campeonatos que o time de Parque São Jorge participará. ”Sinto-me honrado pelo Corinthians ter depositado confiança em mim e possibilitar a execução de um grande trabalho. Será um grande desafio em minha vida desportiva comandar esse time dentro de campo e auxiliar sua diretoria nas decisões relacionadas ao esporte e à estruturação desse projeto visionário”, garante Calão.

Felipe Rodrigues, que deu os seus primeiros passos no esporte com três anos de idade, quando começou a equitação em uma fazenda da família, espera honrar a camisa corinthiana e, assim, realizar um sonho desde criança. “Faço parte daqueles torcedores que acompanham desde pequeno os jogos de seu time do coração. Sempre tive o sonho de alguma forma fazer parte da história do clube. A oportunidade surgiu e agora quero fazer de tudo para conquistar títulos para o Corinthians por meio do polo”, conclui.

Perfil-O polo a cavalo é um esporte onde a disputa se faz dentro de um campo de grama, de aproximadamente 275 por 150 metros, com dois gols de 7,5 metros, posicionados em cada extremidade. São duas equipes de quatro jogadores cada, dois juízes montados que acompanham o jogo dentro do campo e um terceiro arbitro fora do campo, para decidir sobre qualquer penalidade discordada entre os dois juízes em campo.

O objetivo é marcar gols, golpeando uma bola de plástico inflado de aproximadamente 8 cm de diâmetro com um taco que varia de 50 à 53 polegadas de cumprimento, composto de uma alça, uma empunhadura, uma cana de bambu e um charuto de madeira na extremidade, com um peso total variando de 420 à 580 gramas.

Uma partida de polo é composta por seis tempos, também conhecido como chukker, com duração de sete minutos e intervalo de três minutos entre eles. Cada chukker é jogado com um animal diferente, sendo assim, cada jogador utiliza de seis animais por partida, contando sempre com dois outros que ficam de reserva que podem entrar nas partidas em casos de algum cavalo apresentar sinais de cansaço ou qualquer tipo de lesão.

O cavalo de polo possui uma estatura que varia de 1,50 à 1,60 metros, medido da sernelha ao chão. A partir das dimensões do animal, decide-se o tamanho do taco a ser usado.

Geralmente a raça utilizada para a prática do polo a cavalo é o puro sangue inglês, que garante a resistência e velocidade. Muitas vezes, o puro sangue inglês é cruzado com animais da raça quarto de milha e/ou crioulos, que proporcionam maior versatilidade e rusticidade. O cruzamento possibilita o uso de animais com maior agilidade em jogadas que exigem desacelerações imediatas e viradas rápidas, casos de disputas pela posse de bola e marcação corpo a corpo.

Os jogadores são classificados por Handicap. O Handicap é uma nota de -1 à 10, julgada por uma comissão que avaliará o desempenho do atleta durante toda uma temporada. O jogador iniciante, por não obter histórico em torneios, participará de com o handicap -1 e, no final do ano, será avaliado.

História do polo-A origem da prática do polo ainda não é bem definida, apesar de as evidências apontarem que tenha sido praticado primeiramente na Ásia. Existem relatos de que cavaleiros da China e Ásia Central, nações oriundas de séculos antes de Cristo, também se dedicavam a prática de pólo bem rudimentar, que seria um passatempo entre nobres, califas, sultões e imperadores.

Outros relatos apontam que o polo teria sido introduzido no Egito, Grécia e Índia pelos persas. Os campos eram chamados de maidan, tinham 500 metros de extensão, as traves eram pedras e as bolas, esferas de osso.

Os primeiros ocidentais a praticarem o polo foram os soldados e civis ingleses, que se encontravam na Índia no período de sua colonização. Em 1859 foi criado o primeiro clube de polo, o The Retreat at Silchar, formado pelo capitão Robert Stewart, conhecido como o pai do polo moderno. Por volta de 1870, o esporte já era muito praticado na Índia britânica, para o qual utilizavam pequenos pôneis que não mediam mais do que 1,27 metros. A notícia não demorou a chegar à Inglaterra e os oficiais britânicos começaram a praticar a modalidade, apelidando-a de hóquei a cavalo.

Em 1873, acontece a primeira partida oficial na Inglaterra, contendo também o primeiro clube de polo, o Hurlingham. Foi este clube que estabeleceu o Regulamento Mundial de Polo.

A modalidade foi tornando-se cada vez mais popular ao redor do planeta, principalmente na Argentina, onde conquistou muitos adeptos devido às condições topográficas e climáticas para a sua prática. Hoje, o país é a maior potência do esporte, onde se produz os melhores cavalos e encontram-se os melhores jogadores do mundo. Atualmente o polo também é praticado com regularidade em mais de 80 países.

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