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21/09/2007 - 10:00

Norte conhece vencedores do Prêmio FINEP

Em cerimônia de premiação realizada nesta terça-feira, 18 de setembro, em Porto Velho, Rondônia, foram anunciados os vencedores da etapa norte do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2007. Ao todo, 84 propostas concorreram nas categorias Produto, Processo, Instituição de C&T, Pequena Empresa, Média/Grande Empresa e Inovação Social. Somente os primeiros colocados em cada uma delas concorrem à etapa nacional, que acontece em novembro, em Brasília.

Segundo Carlos Ganem, Superintendente da Área de Articulação Institucional da FINEP, o Prêmio conseguiu apresentar um raro panorama de uma região que apenas recentemente adotou a inovação como catalisadora de desenvolvimento. “Todos os estados estiveram representados com projetos impregnados de cor local. É preciso quebrar o paradigma Sul-Sudeste e mostrar a inovação pelo País inteiro”, afirma Ganem.

Em sua 10ª edição, o Prêmio FINEP visa estimular os esforços inovadores de empresas, cooperativas e instituições de ciência e tecnologia que geram resultados positivos para a sociedade brasileira. Surgiu em 1998, na região Sul, com 48 projetos inscritos. No ano de 2000 foi lançado em todas as regiões do País, com 279 inscrições. Agora, em 2007, atingiu o número de 732 propostas.

Os vencedores: Grande Empresa: Gramazon - Granitos da Amazônia -Qualidade e tonalidades exclusivas tornam granito mais competitivo: A Gramazon – Granitos da Amazônia tem como diferencial a capacidade tecnológica para tornar suas rochas um produto final de alta qualidade. Além disso, três novos tipos de granito, de cores diferenciadas, serão postos no mercado ainda este ano. Em 2008, está previsto o lançamento de um piso de granito com espessura de um centímetro, semelhante à da cerâmica. Para a produção do material, inédito no País, a empresa, com sede em Rondônia, investiu R$ 1,4 milhão em um equipamento italiano para o corte das pedras.

As rochas da Gramazon absorvem pouca água, por isso são mais duráveis e rígidas, com menor capacidade de desgaste e perda de brilho. Todas recebem certificado de qualidade do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) e seguem o padrão exigido pelo mercado internacional. Rochas produzidas na empresa foram usadas na reforma do Aeroporto Internacional de Guarulhos e na construção do memorial às vítimas do atentado às Torres Gêmeas, em Nova Iorque.

Anualmente, a Gramazon extrai 210 mil metros quadrados de granito, o equivalente a 140 campos de futebol, produzindo hoje dez tonalidades exclusivas. A empresa está presente em todo o Brasil e exporta para mais de 15 países, com quase 2.800 clientes atendidos.

Produto: Oxigênio da Amazônia -Usina hospitalar monitorada pela internet produz oxigênio mais barato - A empresa Oxigênio da Amazônia, de Rondônia, foi premiada por suas “usinas concentradoras de oxigênio”. Monitoradas eletronicamente, podem ser instaladas em unidades hospitalares de qualquer porte. Qualquer falha operacional é detectada e corrigida pela internet.

O equipamento produz cerca de oito metros cúbicos de oxigênio por hora, já no estado gasoso. O volume é suficiente para o consumo de até 13 pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva ao mesmo tempo, por exemplo.

No Brasil, as multinacionais concentram a distribuição de oxigênio para os hospitais, vendendo o produto no estado líquido a R$ 13 o litro. Chegando ao hospital, ele é armazenado e transformado em oxigênio gasoso para o consumo. O mesmo volume de oxigênio – já no estado gasoso – produzido pela usina da Oxigênio da Amazônia equivale a um gasto com energia cerca de 96% menor. Cinco unidades foram comercializadas para hospitais de Rondônia e do Acre. Clientes do Peru, Bolívia e Colômbia já mostraram interesse em adquirir o produto.

Pequena Empresa: Central Laminações - Empresa investe 15% do faturamento em P&D - A Central Laminações, de Rondônia, faturou, somente em agosto deste ano, mais de R$ 200 mil. Em 2006, investiu 15% de seu faturamento em P&D. Com cinco patentes depositadas, em 2007 o faturamento da empresa deve chegar a R$ 1,2 milhão.

Há 23 anos a empresa presta assistência para melhorar a performance de ferramentas utilizadas pela indústria moveleira. Uma das suas inovações é a aplicação da widia, material à base de tungstênio, às plainas usadas para trabalhos com madeira. Com rigidez semelhante à do diamante e resistência maior ao atrito, a widia otimiza o funcionamento dessas máquinas.

A empresa produz, também, o cabeçote antiderrapante regulável, usado para tornar a madeira própria para ambientes com neve. Montada na plaina, a ferramenta corta frisos que aumentam o atrito, dificultando a derrapagem.

Outra inovação é o aprimoramento do desempenho da serra de fita com o uso do stellit, material à base de cobalto. Com grande quantidade de silício, a madeira da região Norte desgasta rapidamente as máquinas, que perdem o poder de corte em poucos minutos de trabalho. O stellit dá mais resistência à máquina.

Processo: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) - Gengibre inibe crescimento de células cancerígenas - O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus, foi premiado com o desenvolvimento de um novo processo de obtenção de zerumbona pura a partir da raiz de gengibre. Esta substância vem se mostrando bastante eficaz no tratamento do câncer.

Depois de quase 12 anos de pesquisas com a espécie de gengibre Zingiber Zerumbet, pesquisadores do INPA conseguiram obter 99,95% de zerumbona pura. A substância inibe o crescimento de células cancerígenas que atacam principalmente o fígado, o cólon e a pele, diminuindo a proliferação e auxiliando no tratamento da doença, sem alterar as células normais. O efeito da zerumbona no tratamento da leucemia já está sendo pesquisado na Ásia.

No Brasil, essa espécie de gengibre é de fácil cultivo. É usada como planta ornamental, pela beleza de suas flores. Atualmente, o processo de extração e produção da zerumbona no Amazonas é estimado em aproximadamente quatro toneladas, volume suficiente para atender à demanda interna. A substância é utilizada também na confecção de sabonetes e loções que combatem doenças causadas por bactérias e fungos.

Inovação Social: Pólo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais - Técnica indígena gera renda para seringueiros - O Pólo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais desenvolveu uma série de produtos denominados “encauchados de vegetais”. Porta-lápis, embalagens, toalhas, bolsas, tapetes e capas para celular são alguns dos itens produzidos a partir do processo de pré-vulcanização acelerada do látex. Os encauchados de vegetais eram fabricados pelos indígenas antes da chegada do homem branco à Amazônia. O nome vem do termo indígena cauctchu, a árvore que chora, alusivo ao látex que escorre da casca da seringueira. Até telhas de borracha e tijolos para a construção de casas populares são produzidos a partir desta técnica.

O projeto foi implementado em 2005 nas aldeias indígenas Kaxinawá e Shanenawa, localizadas no município acreano de Feijó. Figuras e kenês – mais de 30 tipos de desenhos criados por índios para identificar situações rotineiras – podem ser aplicados artesanalmente à borracha, agregando valor aos produtos e garantindo a manutenção da cultura local.

Existem 16 unidades produtivas de encauchados em funcionamento no Acre. Cada uma incorpora 50 pessoas e gera uma renda bruta mensal de cerca de R$ 30 mil, com renda mínima de R$ 600 para cada seringueiro.

Instituição de C&T - Instituto Genius: Instituto Genius produz tecnologias únicas no País - Criado sem fins lucrativos pela iniciativa privada em 1999, o Instituto Genius, de Manaus, desenvolve projetos e plataformas tecnológicas de acordo com as necessidades de seus clientes. É a única instituição do País a produzir um sistema próprio de reconhecimento de fala baseado no mais completo banco de fonemas da língua portuguesa e espanhola. Este é um dos 18 pedidos de patentes depositados pela instituição nos últimos três anos.

O Genius valoriza práticas de gestão voltadas para garantir o desenvolvimento de seus funcionários. Plano de carreira baseado em competências, pesquisa de clima organizacional e aprendizagem, horário de trabalho flexível e treinamentos comportamentais de liderança são algumas das ações usufruídas pelos seus 150 funcionários.| www.finep.gov.br

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