África do Sul participará pela segunda vez da Cúpula dos BRICS em Nova Delhi

Joanesburgo– A África do Sul enviará uma equipe poderosa, composta por ministros de governo e líderes empresariais, à 4ª Cúpula dos BRICS, realizada em Nova Delhi, Índia, entre os dias 28-29 de março de 2012 (quarta e quinta-feira). A equipe será liderada pelo presidente do país, Jacob Zuma.

O grupo BRICS de potências emergentes integra o Brasil, Rússia, Índia, China e a África do Sul, que se juntou ao grupo em 2011. O tema da Cúpula deste ano será "Parceria BRICS para Estabilidade, Segurança e Crescimento" e ela proporcionará aos países membros uma oportunidade de debater e chegar a um acordo sobre questões de interesse e preocupação mútua.

Os líderes empresariais dos cinco países participarão de debates de alto nível, abordando temas como: aumento da conectividade financeira através da melhoria dos serviços bancários com o objetivo de apoiar o comércio e o investimento entre os países BRICS; cooperação para conquistar a segurança energética, com foco em energia verde renovável; fortalecimento da cooperação no setor de inovação tecnológica para acelerar o crescimento; cooperação no setor de ciências da vida para melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida das populações; e garantia da segurança alimentar através do compartilhamento de pesquisas científicas e transferência de tecnologia.

Miller Matola, CEO da Brand South Africa, explicou que a crescente importância da cúpula é devida ao declínio relativo do poder político e econômico tradicionalmente exercido pelo Ocidente, que coincidiu com o crescimento global das nações emergentes. "O grupo BRICS é o exemplo mais concreto – e o que vem evoluindo mais rapidamente – deste fenômeno. Em apenas quatro anos, a agenda oficial de cooperação foi ampliada de forma dramática para abranger pautas como política, comércio e negócios, ciências e interações acadêmicas e culturais”.

Matola foi além e disse: "naturalmente, os países BRICS não vão sempre concordar entre si – em algumas áreas somos até concorrentes. Entretanto, adotamos muitas posições iguais, como aconteceu recentemente no encontro do G20 no México, onde os ministros de finanças dos BRICS concordaram que o cargo de presidente do Banco Mundial deveria ser aberto a todos e não restrito a candidatos americanos. Os Estados Unidos nomearam um candidato de fora do país recentemente, o que sugere que esse tipo de visão está ganhando força. Da mesma forma, a África do Sul ganhou o apoio dos BRICS em questões que o país colocou na mesa, como a reforma dos sistemas de governança global – como as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial – para torná-los mais sensíveis às necessidades do mundo em desenvolvimento e da África”.

Uma cooperação mais estreita entre as nações BRICS também promete gerar enormes oportunidades para o comércio e investimento dentro e entre os cinco países. No ano passado, sete bolsas de valores dos países BRICS anunciaram planos de realizar o ‘crosslisting’ dos seus índices, além de parcerias para o desenvolvimento de novos produtos até junho de 2012. As sete bolsas de valores possuem uma capitalização bursátil [soma do valor dos papeis listados] combinada de mais de USD 9 trilhões e 9481 empresas listadas.

Matola disse que a Cúpula dos BRICS oferece uma oportunidade fantástica não apenas para a África do Sul, mas para promover as oportunidades extraordinárias que existem no continente africano. O FMI estima que o continente abrigará sete das 10 economias que mais crescerão entre 2010 e 2015.

"Acreditamos que a África do Sul seja parte integrante da África. O país trabalha para aumentar a sua estabilidade, união, prosperidade e influência internacional. Estamos empenhando esforços de forma ativa para realizar a integração regional da África, incluindo o desenvolvimento do sistema ferroviário e rodoviário continental Norte-Sul, expandindo portos e a nossa capacidade energética, com treinamento de pessoal. Simultaneamente, 26 países africanos concordaram em criar uma zona única de livre comércio até meados de 2014. A área abrangerá a África Austral, Central e Oriental. A zona de livre comércio, estimada em USD 1 trilhão, ampliará o mercado da África do Sul para incluir 600 milhões de pessoas – o número atual é 50 milhões – e colocará o país na mesma categoria, em termos de volume de mercado, que os parceiros BRICS”.

A Cúpula dos BRICS de 2013 será realizada na África do Sul.

A Brand South Africa, anteriormente conhecida como International Marketing Council of South Africa, mudou oficialmente o seu nome para estar mais bem alinhada ao seu mandato de desenvolver a reputação da marca nação África do Sul, buscando melhorar a competitividade global do país. [www.brandsouthafrica.com].