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31/03/2012 - 14:47

Com nova estratégia, acionistas aportam R$ 163 milhões no CTC

Com mais de 40 anos de contribuição ao desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar no Brasil, o Centro de Tecnologia Canavieira – CTC – acaba de assumir um novo e audacioso objetivo estratégico: transformar-se no principal centro mundial de desenvolvimento e integração de tecnologias disruptivas da indústria sucroenergética, com o objetivo de acelerar processos de inovação tecnológica que deverão resultar em ganhos relevantes de competitividade na produção de cana-de-açúcar, açúcar, etanol e energia.

O novo plano estratégico foi aprovado pelos acionistas em assembleia realizada no dia 29 de março (quinta-feira). Os sócios decidiram também aumentar o capital do CTC, com o aporte de R$ 163 milhões, destinados a alavancar o novo modelo de negócio. Compõe o CTC os 154 maiores produtores de açúcar, etanol e cana-de-açúcar do País, que juntos correspondem a 60% da produção nacional.

O desafio assumido no novo desenho estratégico do CTC, que funciona como uma sociedade anônima desde o início de 2011, é dobrar, de maneira economicamente sustentável, a taxa de inovação aportada à indústria sucroenergética, com dois focos claros de atuação. O primeiro, concentra-se no desenvolvimento de novas variedades de cana-de-açúcar, tanto através de técnicas de melhoramento tradicional, como pela intensificação do uso de biotecnologia, a partir de banco de germoplasma de cana-de-açúcar de sua propriedade, que contém cerca de 5000 variedades e se configura como o maior e mais completo do mundo. Em paralelo, o segundo foco de atuação refere-se à inovação na área de processo e produtos da indústria, com destaque para o projeto de etanol de segunda geração, obtido a partir da celulose contida no bagaço e na palha da cana, que tendo superado a fase de planta piloto, adentra neste ano o estágio de planta de demonstração.

“A contribuição histórica do CTC à indústria de açúcar e etanol resultou em ganhos incrementais de produtividade superiores a 200% desde a sua origem. Nos últimos anos os ganhos de produtividade disponibilizados pela inovação tecnológica se revelaram marginais, da ordem 1,5% ao ano. O objetivo agora estabelecido é de buscar inovações disruptivas, criando novos parâmetros de produtividade para o negócio da cana-de-açúcar, em linha com os ganhos de escala verificados em outras culturas agrícolas”, afirma Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho de Administração do CTC.

Neste novo contexto prevalecerá na atuação do CTC papel de integrador de tecnologias aplicáveis na cadeia de produção agrícola e industrial da indústria sucroenergética. O profundo conhecimento do CTC do canavial implantado e da indústria instalada é fundamental para a aceleração de processos de inovação tecnológica, abreviando rotas de desenvolvimento, o que se caracteriza como importante vantagem competitiva do CTC. Na mesma linha, as parcerias serão fundamentais para o projeto. Pogetti destaca que não cabe imobilizar recursos em esforços concorrentes de desenvolvimento, mas se faz mandatória postura de construção de alianças que representem conjunção de forças para romper paradigmas tecnológicos e fronteiras de produtividade.

A sustentabilidade econômica do processo de desenvolvimento se apresenta também como aspecto fundamental do novo modelo de negócio. A remuneração do CTC no processo de inovação estará alinhada com o resultado da oferta de maior produtividade para o setor, explica Gustavo Leite, diretor superintendente do CTC. O objetivo é a criação de um círculo virtuoso, através da partilha de resultados entre o CTC e os produtores e usinas, usuários da tecnologia, que possibilite maior investimento em pesquisa e, consequentemente, acelere o processo de inovação. Quanto maior e mais rápido o ganho de produtividade proporcionado, maior será a competitividade da indústria sucroenergética e maior será a capacidade econômica e financeira do CTC para aplicar em processos de inovação tecnológica .

“Nos últimos 15 anos, a produtividade do milho e da beterraba, culturas usadas na produção de açúcar e etanol, nos Estados Unidos e na Europa, respectivamente, cresceu cerca de 3 vezes mais rapidamente que a da cana. Isso é fruto de um investimento substancial em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, especialmente a biotecnologia. Nosso objetivo, com o novo plano de negócio, é dobrar a taxa média de ganho de produtividade, reduzindo o tempo de lançamento e o custo de desenvolvimento de novas tecnologias e variedades de cana-de-açúcar entre 30% e 50%”, afirma o diretor-superintendente do CTC, Gustavo Leite.

“O CTC tem um histórico de inovações que contribuiu com cerca de R$ 500 bilhões para a indústria sucroenergética brasileira, e prepara-se agora para lançá-la a um novo patamar, fortalecendo sua condição competitiva de mais avançada indústria de açúcar, etanol e energia do mundo”, conclui Pogetti.

CTC – Centro de Tecnologia Canavieira-Situado no município paulista de Piracicaba e com unidades regionais em pontos estratégicos das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o CTC foi criado pela Copersucar em 1969. Em 2004, passou a atuar como uma entidade de caráter setorial mantida por unidades associadas produtoras de açúcar, etanol e energia. No início deste ano, o centro de pesquisas foi convertido numa Sociedade Anônima, com o objetivo de aumentar sua competitividade no cenário sucroenergético nacional e internacional.

Atualmente, o CTC conta, entre seus acionistas com 154 empresas produtoras de açúcar, etanol e cana-de-açúcar que, juntas, respondem por cerca de 60% da moagem de cana no Brasil.

O CTC desenvolve pesquisas nas áreas de melhoramento genético e desenvolvimento de novas variedades de cana-de-açúcar, bem como de tecnologias industriais de segunda geração.

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