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04/04/2012 - 09:03

Sabor da Semana Santa com mais segurança

Desde a escolha à mesa, o consumidor deve ter cuidado com os alimentos do almoço de Páscoa.

Data de reunir a família, a Semana Santa é a época em que o grande banquete volta a ser a atração. Porém, cada quitute da celebração deve ser pensado com cautela para evitar a contaminação ou a deterioração dos alimentos.

E, para isso, a médica veterinária especializada em bacteriologia Cynthia Rubião dá orientações que devem ser seguidas pelo consumidor em etapas que vão desde a escolha dos produtos ao aproveitamento das chamadas “sobras”. “Um peixe mal conservado (numa temperatura inadequadamente alta) pode ter a produção de histamina, substância que causa até choque anafilático na pessoa que consumir”, ressalta Cynthia, que é diretora técnica da consultoria em Segurança de Alimentos BioSafe.

Além dos frutos do mar, o arroz e macarrão também requerem cuidados. “Depois de preparados, não se pode deixar esses alimentos (feitos a base de cereais) fora da geladeira por um longo tempo (de um dia para o outro, por exemplo), porque há risco de desenvolvimento de microrganismos e de produção de toxinas prejudiciais à saúde”, alerta a veterinária.

Outro erro muito comum, segundo a especialista da BioSafe, é aproveitar as chamadas “sobras”, em especial, de pratos que já foram à mesa. “O ideal é servir em recipientes compatíveis com a demanda de pessoas que vão comer, pois isto evita que o alimento seja contaminado ou se deteriore”, recomenda.

E, na hora da compra, seguir dicas básicas é fundamental para um almoço seguro e sem problemas de indisposição estomacal entre os familiares. Como regra geral, o consumidor deve ir do local das compras direto à casa. “Se possível, transporte os frutos do mar em isopor com gelo. É o mais seguro”, indica Cynthia Rubião.

Itens refrigerados ou congelados devem ser comprados por último no supermercado e devem ser os primeiros a serem guardados no frio em casa. E o consumidor deve estar atento para a conservação no mercado. Os frutos do mar, por exemplo, devem estar imersos no gelo.

Na hora de escolher para compra, atenção aos detalhes: no caso dos camarões, você deve comprar aqueles que estão as cascas bem presas à carne, quando crus, e com bons aspectos sensoriais (como cheiro e cor). As ostras também devem estar bem aderidas à concha e com cheiro de mar.

Já os peixes necessitam de uma análise das escamas, para excluir do carrinho os pescados que soltem resíduos ao pressionar a superfície. Opte por peças inteiras, para a cabeça e vísceras dos pescados serem retiradas em casa. “Quanto menos fatiado for o peixe, menor exposição do produto à contaminação e mais fácil será sua análise. Não esquecer de reparar se os olhos têm brilho e não há pontos esbranquiçados”, reforça.

Já em casa, a organização da mesa também conta para auxiliar no trabalho de prevenção. E, no caso dos frutos do mar, que são uns dos itens que mais causam alergias (que podem até levar à morte), sinalize os ingredientes da receita para evitar problemas de intoxicação. Os pegadores também não podem ser esquecidos. Cada prato servido deve ter o seu próprio pegador exclusivo, não podendo ser usado em outros alimentos para evitar o fluxo de agentes contaminantes de um alimento a outro.

.Especialização no assunto: Para orientar profissionais da área de gastronomia e produção de alimentos, a BioSafe promove, em maio, o curso "Segurança do Alimento Pescado", que terá aulas ministradas pelas professoras e médicas veterinárias Eliana Mesquita e Flávia Calixto. Para mais informações, a empresa disponibiliza o telefone (21) 3153-2020.

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