Ovários policisticos pode prejudicar a maternidade

Menstruação irregular, ganho de peso, acne e excesso de pelos podem ser sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). De acordo com pesquisas da Organização Mundial da Saúde, entre 20 e 30% das mulheres podem apresentar cistos nos ovários, uma disfunção feminina comum, que quando associada a alterações metabólicas encontradas na SOP, deve ser controlada para não desencadear em consequências ruins para o organismo. Nesse percentual apresentado pela OMS, 10% refere-se às mulheres em idade reprodutiva, o que exige tratamento eficaz para não acarretar em dificuldades para engravidar e até mesmo a infertilidade.

Às futuras mamães, o diagnóstico deve ser realizado o quanto antes, pois a SOP geralmente está associada a anovulação, e pode levar as mulher recorrerem a tratamentos de fertilização. A SOP não significa que a mulher não poderá engravidar, mas pela falta de ovulação as chances de uma gestação em cada mês são reduzidas, o que muitas vezes leva o casal a procurar tratamento especializado.

A SOP constitui em uma alteração metabólica caracterizada pelo surgimento de pequenos cistos nos ovários, falta de ovulação e aumento dos valores dos hormônios androgênicos, que leva a todos os sintomas típicos. Também está associada a maior risco de desenvolvimento de Diabetes, a até mesmo de Câncer de endométrio.

De acordo com a Ginecologista e Obstetra Dra. Denise Gomes, Diretora Médica da Plena Clínica, a ausência da ovulação não só prejudica as mulheres que querem engravidar, como o sexo feminino em geral.

“Sem produzir o hormônio progesterona, responsável por proteger o útero, as mulheres ficam vulneráveis ao câncer no útero”, explica a médica. Além dos sintomas fisiológicos, as mulheres portadoras de SOP podem apresentar quadros de depressão e ansiedade, por causar das alterações hormonais causadas pela doença. “As mulheres têm a autoestima abalada por conta do aparecimento de pelos e dos quilos a mais gerados na Síndrome e essas questões de estética podem desencadear problemas psicológicos”, explica a ginecologista.

Os cistos no ovário podem, ou não, alterar o metabolismo e criar empecilhos para uma gravidez saudável. A resposta para o quadro só poderá ser dada através do ultrassom e da análise clinica de especialistas. Não existe cura para essa doença crônica que atinge as mulheres da puberdade até a menopausa. O que pode ser feito é o controle dos sintomas para bloquear riscos de saúde mais graves e melhorar a qualidade de vida das portadoras.